quinta-feira, dezembro 31, 2015

Para o ano novo, livre-se dos maus relacionamentos

Para o novo ano, livre-se dos maus relacionamentos

- Livre-se dos "amigos" e "namoradas" que não integram você às suas vidas. Só são amigos no trabalho ou só namoram nos fins de semana! Essas pessoas não querem um relacionamento de verdade com você!
- Daquelas que escondem informações básicas de você. Uma mundança de emprego, por exemplo. Essas pessoas não confiam em você e em ninguém! Paranoia!
- Daquelas que nunca assumem você. Só assumem a conta gotas e sob pressão. Comprometer-se é a base de um bom relacionamento! Não se comprometem porque querem deixar um bom espaço para manobras escusas!
- Daquelas que nunca foram capazes de desenvolver um bom relacionamento amoroso. São pessoas psicologicamente limitadas.
- Daquelas que namoram você, mas mantêm outros relacionamentos secretos. Essas "namoradas" são desonestas!
- Daquelas que persistem em seus erros e continuam com suas percepções distorcidas. Não aprendem nada com os revezes da vida! Nunca terão um relacionamento de verdade! Melhor ser amigo ou namorar uma walking dead.
- Daquelas que nunca mostram afetividade espontânea. Rarissimamente enviarão uma mensagem afetiva, por exemplo. Nada têm a oferecer. Melhor ser amigo ou namorar uma walking dead!
NÃO PERCA TEMPO. LIVRE-SE DELES. SÓ BANHO DE SAL GROSSO NÃO ADIANTA! RS.
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Publicado originalmente no meu Facebook: Ailton Amélio

sábado, dezembro 26, 2015

Faltou assunto? Veja como proceder!

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Faltou assunto? Veja como proceder!
A conversa é a principal forma de relacionamento humano. Embora a conversa tenha essa importância, não recebemos nenhuma instrução formal sobre como conversar bem.
Um dos principais fatores que contribuem para uma boa conversa é a eficiência para encontrar e induzir assuntos motivadores para conversar. Não adianta muito ter uma lista fixa de bons assuntos ou estar informado sobre as últimas novidades. Os assuntos que interessam variam de um momento para outro. Se está acontecendo algo importante conosco, esse é o assunto que mais interessa naquele momento.
Também não adianta muito repetir assuntos que fizeram sucesso anteriormente (a não ser que este assunto seja um “assunto predileto” do interlocutor). Um assunto que fez sucesso ontem pode não ter a menor energia hoje.
Neste artigo vamos examinar alguns procedimentos que ajudam a identificar bons assuntos para conversar.
ESTABELECER CONVERSA CONTATO
A conversa contato é uma conversa onde são abordados assuntos leves e convencionais. Ela geralmente aparece enquanto os interlocutores ainda não se envolveram em assuntos mais motivadores ou quando falta assunto, mas o silêncio é desconfortável.
A conversa contato bem conduzida cria condições favoráveis para a conversa propriamente dita (desliga interlocutores de assuntos anteriores, esquenta a conversa e assuntos, induz emoções, provoca autoexposições, assuntos isca, links, indutores – perguntas, etc.) e serve como oportunidade para descobrir assuntos que já estão ativados para o interlocutor (já estão na sua cabeça), assuntos em andamento para o interlocutor (acontecimentos importantes para ele que ocorreram, estão ocorrendo ou vão ocorrer proximamente) e para induzir novos assuntos.
PROPOR DIRETAMENTE ASSUNTOS
A maneira mais simples de introduzir um assunto na conversa é começá-lo e verificar se o interlocutor se interessa por ele: um ou ambos interlocutores propõem, direta ou indiretamente, assuntos. Quando é o nosso interlocutor que propõe, ficamos mais tranquilos porque é provável que o assunto que ele propôs o motiva.
Quando somos nós que propomos assuntos, temos que monitorar as reações do interlocutor para verificar se ele está envolvido com o tema que propusemos.
Maneiras espontâneas de propor assuntos
- Propor diretamente assuntos
- Apresentar informações gratuitas (informações não solicitadas pelo interlocutor) sobre assuntos que queremos abordar.
- Apresentar informações sintéticas sobre o assunto e esperar que o interlocutor peça para expandi-las.
- Apresentar perguntas retóricas para introduzir o que quer falar (Por exemplo, dizer: “Você não sabe o que me aconteceu!”).
- Apresentar assuntos preparatórios para o assunto de interesse. Por exemplo, perguntar: “E ai, como está o final de ano? Muitas festas? Para mim está feio....”
- Perguntar se o interlocutor se interessa pelo tema que pretende introduzir (“Você gosta de política internacional?”).
PROPOR ASSUNTOS ISCA
- Mencionar vários assuntos de interesse de quem menciona para verificar se o interlocutor manifesta interesse por algum deles.
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sábado, dezembro 19, 2015

Você é realmente um bom ouvinte? Confira!

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"VOCÊ É REALMENTE UM BOM OUVINTE? CONFIRA!"

Ouvir bem é muito mais do que ser capaz repetir o que o interlocutor disse, embora esta capacidade já seja um bom passo. Vamos examinar aqui as principais tarefas que um bom ouvinte desempenha na conversa.



Funções das ações de um bom ouvinte

Para funcionar como bom ouvinte é necessário:

1- Apresentar sinais que está disponível e disposto para conversar

São sinais que indicam que tem tempo e está motivado para conversar. Por exemplo:

- Dizer que tem tempo para conversar

- Convidar o interlocutor para conversar

- Acomodar-se para conversar por longo tempo: encostar-se a uma superfície, convidar para sentar, colocar a pasta ou a bolsa que está portando sobre a mesa.

- Interromper claramente o que estiver fazendo para dar atenção ao interlocutor (desligar a tevê, desligar o computador);

- Preparar o ambiente para garantir uma boa conversa: fechar a porta para evitar interrupções; pedir para secretária não interromper.

2- Posicionar-se corporalmente para conversar

Este tipo de posicionamento proporciona as condições para que a conversa físicas aconteça de forma eficiente.

Os principais posicionamentos corporais apropriados para conversar são os seguintes:

- Assumir distância propícia para conversar.

Não ficar nem muito longe nem muito perto do seu interlocutor. Quando ambos estão em pé, deixar o interlocutor estabelecer a distância entre vocês que ele prefere. Depois que ele fizer isso, caso você queira “esquentar” um pouco a conversa, se aproxime dele mais um pouquinho (puxe a sua cadeira para mais perto ou dê um passinho na sua direção, mas não exagere). Caso queira “esfriar” um pouco a conversa, se afaste um pouquinho dele.

- Evitar barreiras físicas ente si e o interlocutor.

Barreira física é a presença de um obstáculo físico entre os interlocutores.

Evitar barreiras físicas contribui para que a conversa fique mais pessoal e calorosa.

Existem dois tipos de barreiras:

(1) Corporal. Uma ou mais partes do corpo é interposta entre os interlocutores. Por exemplo, as pernas cruzadas de um interlocutor estão interpostas entre ele e o outro.

(2) Material: interposição de um objeto entre os interlocutores. Por exemplo, interpor uma mesa ou um balcão entre os interlocutores. É comum colocar uma pasta ou bolsa entre si e outra pessoa, quando ambas sentam-se em um mesmo sofá. Também é comum segurar uma pasta ou uma bolsa contra o peito, de modo que ela fique entre si e o interlocutor.

- Assumir posições semelhantes às do interlocutor.

Exemplos:

- Os dois interlocutores permanecem sentados ou os dois ficam em pé. Assumir posições diferentes daquela adotada pelo interlocutor contribui para quebrar o clima positivo da conversa. Por exemplo, quando um está sentado e o outro em pé, isso contribui para esfriar a conversa. É importante manter os olhos na mesma altura dos olhos do interlocutor.

- Ambos encostam-se a uma parede.

- Orientar a frente do corpo na direção do interlocutor

Voltar toda a frente do corpo (rosto, peito, púbis, joelhos e ponta dos pés) na direção do interlocutor.

A orientação totalmente frontal de todas as partes do corpo pode ser desconfortável devido ao excesso de intimidade que ela produz. Caso a orientação totalmente frontal fique desconfortável, mantenha um pequeno ângulo entre a frente das partes do seu corpo e o interlocutor.

- Olhar atentamente para o rosto do interlocutor. Por exemplo, olhar para seus olhos, testa ou boca enquanto ele fala ou para observar como ele está reagindo ao que você está falando. O ouvinte geralmente olha mais para o falante do que vice versa.

- Não dar muita atenção a outros acontecimentos que estão ocorrendo ao redor. Por exemplo, não ficar olhando demais para outras pessoas que estão passando próximo do local onde você está conversando. Quando a conversa absorve a nossa atenção, deixamos de prestar atenção ao que está acontecendo ao redor.

- Inclinar o tronco na direção do interlocutor

Quando os interlocutores estão sentados, o tronco do bom ouvinte deve ser ligeiramente inclinado na direção do interlocutor (inclinado para frente ou para a lateral, quando o interlocutor está ao lado ou à frente, respectivamente).

3- Ajudar a administrar o fluxo da fala

Apresentar sinais que contribuam para regular o fluxo da fala. Por exemplo:

- Apresentar sinais que indicam que está acompanhando a comunicação do interlocutor: anuir com a cabeça nas horas certas; emitir vocalizações que indicam que está acompanhando o que está sendo dito (hã!, hã!,)

- Apresentar sinais de compreensão/incompreensão daquilo que o interlocutor está dizendo: anuir com a cabeça, emitir vocalizações breves e condizentes com o que ele disse.

- Ajudar o falante a gerenciar a sua fala. Apresentar mensagens do tipo: fale mais, fale menos, apresente mais detalhe, explique melhor.

 Neste aspecto, muitas vezes, o ouvinte é mais ativo/dominante do que o falante. O ouvinte pode funcionar como uma espécie de regente de orquestra: o regente não toca nenhum instrumento enquanto rege, mas determina o que os músicos estão tocando. O ouvinte ativo influencia os comportamentos dos falantes.

- Indicar que quer continuar a ouvir ou que quer a palavra

4- Ajudar o falante a desenvolver a sua comunicação

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sábado, dezembro 12, 2015

A polidez é um lubrificante social

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"A polidez é um lubrificante das relações sociais"

A palavra polidez geralmente é usada em dois sentidos: (1) etiqueta: modo “elegante” de se comportar em ocasiões sociais (por exemplo, exibir boas maneiras à mesa; enviar mensagens de cumprimentos). Muitas pessoas consideradas “polidas”, neste primeiro sentido, são extremamente grosseiras e sem tato nos seus relacionamentos sociais. (2) Tato: maneira delicada de lidar com outras pessoas.
A polidez, neste segundo sentido, tanto pode ser manifestada através de ações que não estão diretamente relacionadas com a conversa (segurar a porta do elevador para a outra pessoa entrar, levantar-se para cumprimentar, colocar uma tarefa de lado para dar atenção para uma visita) como através da forma de conversar. Vamos tratar aqui desse último caso.
A polidez na conversa é constituída por procedimentos que são adotados para torná-la mais agradável, para evitar que ela fique desagradável e para amenizar coisas desagradáveis que tenham de ser comunicadas.

A polidez é um “lubrificante social”
Já faz um bom tempo que os linguistas perceberam que as comunicações incluem mensagens que não estão muito relacionadas com as mensagens principais que as pessoas pretendem passar. Por exemplo, as comunicações geralmente incluem parênteses, anexos e inserções cujas funções não eram claras e, que, aparentemente, prejudicam a clareza das mensagens principais. Mais recentemente, eles descobriram que muitos desses anexos têm a importante função de “lubrificar” as comunicações sociais: são medidas de polidez.

As medidas de polidez não deve reduzir desnecessariamente a eficácia da mensagem. O emissor deve enviar, da forma mais nítida e clara possível, a mensagem principal e, ao mesmo tempo, mostrar consideração pelos seus interlocutores.
Os atos de polidez, ao invés de atrapalhar a comunicação, aumentam a eficácia das mensagens principais porque reduzem o atrito que essas mensagens poderiam produzir no interlocutor, caso fossem apresentadas sem os devidos cuidados com sua sensibilidade deste: a forma polida de comunicar evita desconfortos para o interlocutor, reduz ou desfoca os seus desconfortos e ressalta as boas características deste.

Respeitar a sensibilidade do interlocutor é uma medida de polidez
O ser humano é muito sensível ao tratamento que recebe dos seus interlocutores. Este tratamento pode ter efeitos que variam desde um extremo totalmente negativo até o outro, extremamente positivo. Esse tratamento pode, por um lado, provocar danos, angústia e inibições e, por outro lado, proporcionar benefícios e prazeres, confirmar a autoimagem, provocar bons sentimentos e motivar.
Uma das motivações mais poderosas das nossas ações são os efeitos que elas provocam em outras pessoas. Por exemplo, ficamos muito satisfeitos quando a nossa conversa envolve e provoca admiração em nossos interlocutores.
Os efeitos da polidez ou da impolidez apresentadas em uma conversa podem sobrepujar os efeitos do conteúdo daquilo que está sendo dito. Por exemplo, muitas brigas entre casais ocorrem porque eles usaram formas impolidas de tratamento e não porque apresentem discordâncias de opiniões ou discordâncias na maneira de conduzir suas vidas.

Ameaças à autoestima do interlocutor são inevitáveis e devem ser atenuadas
Toda comunicação, por definição, implica em algum grau de exercício de poder e, por isso, em algum grau de ameaça para si e para o interlocutor. Cada um dos interlocutores, em cada instante da conversa, corre riscos como desagradar, ser desautorizado e fazer uma intervenção que seja considerada depreciativa para o outro interlocutor. Para evitar ou diminuir estes tipos de ameaça, cada interlocutor pode tomar as seguintes medidas: abster-se de fazer tudo o que quer; policiar-se para não afetar, além da conta, seu interlocutor; acolher discordâncias; ouvir coisas que afetem razoavelmente a sua autoestima e corrigir a sua percepção sobre aquilo que afirmou e que não foi bem recebido pelo outro interlocutor.
O exercício do poder, as imposições, as invasões de intimidade, as exposições de fatos que o interlocutor estava tentando ocultar porque afetariam negativamente a sua autoimagem exigem o uso de amenizadores para que se tornem menos ofensivo.

Consequências da falta de polidez
O caso de Inês, relatado em seguida, ilustra as consequências da falta de polidez.
Inês: muitas qualidades e pouca polidez
Inês era linda, elegante e tinha uma boa condição financeira. Havia estudado nas melhores escolas e era muito viajada. Estava sempre em dia com as novidades. Aparentemente tinha tudo para fazer sucesso no campo amoroso. Logo na primeira sessão de terapia, ela revelou que realmente tinha muita facilidade para iniciar esse tipo de relacionamento, mas, acrescentou, tinha muita dificuldade para mantê-los. Os motivos desta dificuldade logo ficaram claros. Conversar com ela era frustrante e ofensivo. Ela dizia tudo que lhe passava pela cabeça, sem se preocupar com a escolha das palavras e com a forma de se expressar. Por exemplo, não poupava o interlocutor. Impacientava-se quando ele não era direto. Gabava-se de ser “transparente” – leia-se “não tinha papas na língua”. Em resumo, ela não era nada polida e tinha muitos problemas por isso.
Aquelas pessoas que rebaixam a autoestima dos seus interlocutores ou que não os respeitam estão cometendo um erro gravíssimo, uma vez que estas são duas necessidades básicas da nossa espécie. Quem age desta forma causa um grave desconforto em seus interlocutores, o que gera dificuldades para iniciar, desenvolver e manter relacionamentos com eles.
A autoestima é muito afetável tanto pelo conteúdo como pela forma da conversa, principalmente pela polidez ou falta de polidez por parte do interlocutor.

A forma de conduzir a conversa pode ser tão ou mais importante do que o seu conteúdo
A forma de conduzir a conversa pode ser tão importante do que aquilo que é dito durante o seu transcurso. A forma de conversar é um dos principais critérios utilizado para avaliar se ela é agradável ou desagradável e pode contribuir muito para que o seu sucesso ou fracasso.
Uma pesquisa mostrou que as habilidades para conversar eram as melhores preditoras do sucesso profissional posterior. Neste estudo, diversos tipos de características dos estudantes foram avaliados durante a época que estavam cursando a faculdade (desempenho escolar, QI, traços de personalidade, habilidades verbais, etc.). Os graus de sucesso profissional desses estudantes foram avaliados diversos anos após suas formaturas.
Os graus de sucesso foram comparados com as avaliações das diversas características obtidas na época da faculdade. A única característica pessoal que mostrou relação com o sucesso profissional posterior foi a capacidade verbal dos estudantes: aqueles que tinham mais habilidades verbais tinham mais chance de se saíram melhor na área profissional.

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domingo, dezembro 06, 2015

Por que as mulheres ainda se liberaram pouco para o sexo casual?

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"Por que as mulheres ainda se liberaram pouco para o sexo casual?"

Cada vez mais, as mulheres estão praticando sexo casual ou, pelo menos, diminuíram muito os requisitos para começar a fazer sexo com um novo parceiro.
Os motivos mais óbvios para essa mudança que está ocorrendo são as mudanças culturais que estão levando a uma diminuição dos preconceitos contra as mulheres que se liberam nessa área.
No entanto, por mais que esses preconceitos sejam eliminados, ainda assim, creio, homens e mulheres não se tornarão iguais frente ao sexo casual porque existem diferenças genéticas entre eles.
Os fatores culturais e o combate aos preconceitos foram e continuam sendo objeto de inúmeras publicações. Por isso, nesse artigo, vou tratar apenas das influências genéticas que provavelmente contribuam para que homens e mulheres encarem de forma diferente o sexo.
Na história evolutiva da nossa espécie, o sexo teve mais consequências para as mulheres
            A teoria do investimento parental diferencial é uma das teorias mais modernas sobre a sexualidade humana. Segundo esta teoria, os padrões sexuais dos homens e mulheres são fortemente influenciados pela genética (os proponentes desta teoria não negam que as características da nossa sexualidade também são determinadas pelas experiências passadas durante a vida).
            As características genéticas do ser humano foram moldadas durante a evolução das espécies das quais originamos e da nossa própria espécie em particular, durante milhões de anos.
Esta evolução aconteceu através de mudanças genéticas aleatórias e da seleção daquelas mudanças mais adaptativas ao meio em que nossos antepassados viveram (teoria darwiniana da evolução). Portanto, para entendermos as características do ser humano atual, temos que pensar nas condições onde nossos antepassados viveram, uma vez que foram essas condições que selecionaram as nossas características genéticas atuais.
            A teoria do investimento parental diferencial, apresentada aqui de uma forma simplificada, afirma que os padrões sexuais dos homens diferem dos padrões das mulheres em diversos aspectos. A principal razão dessas diferenças são as diferenças nas consequências das relações sexuais para os homens e mulheres. As diferenças nessas consequências acontecem por uma razão simples: as mulheres podem engravidar (Antigamente, a associação entre relação sexual e gravidez era do que hoje. Antigamente não havia anticoncepcionais eficientes e, talvez, nem mesmo qualquer preocupação em evitar filhos).
As diferenças nos padrões sexuais de homens e a mulheres se devem, principalmente, à quantidade mínima de investimento que cada sexo pode fazer para procriar com sucesso (gerar e cuidar dos filhos até que esses também possam procriar). Quando se trata da quantidade de investimento médio que ambos os sexos investem na reprodução, essas diferenças podem ser menores.

Consequências da gravidez
            A gravidez produz uma grande quantidade de consequências. Algumas delas são as seguintes:
            - Uma gravidez implica em riscos para a saúde da mulher. A gravidez e o parto produzem podem apresentar complicações e até colocar em risco a vida da mulher. Estes riscos eram maiores na época que a medicina ainda não havia sido desenvolvida e, portanto, não havia cesarianas, medicamentos eficazes e hospitais.
            - A capacidade produtiva e defensiva da mulher diminui no final de gestação, durante e logo após o parto e durante a época da amamentação diminui, por razões óbvias.
            - Durante milhares de anos, as mulheres também ficaram mais sujeitas aos predadores no final da gravidez, durante e logo após o parto e durante toda a época que elas tinham que amamentar, transportar e cuidar da criança.
            - Uma gravidez implica no investimento de energia para gestar, amamentar e cuidar da criança até que ela atinja a sua independência. O ser humano é o animal que requer mais investimentos antes que se torne independente. Nós nascemos completamente desprotegidos e dependentes. Este estado de dependência é o mais prolongado de todos os animais, quando se leva em conta as durações de suas vidas (um ser humano não teria condições de sobreviver sozinho antes dos 11 ou 12 anos nas condições originais onde a nossa espécie evoluiu).

Decorrências da quantidade maior de investimentos na procriação por parte das mulheres
            Tendo como critério as diferentes consequências da gravidez para homens e mulheres, vamos examinar dois possíveis padrões que podem ser adotados para as relações sexuais: (1) aceitação de sexo sem compromisso e sem envolvimento emocional e (2) exigência de evidências de compromisso e envolvimento emocional como requisitos para que o sexo aconteça.

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domingo, novembro 29, 2015

Contatos físicos: motivos para tocar e ser tocado

Contatos físicos: motivos para tocar e ser tocado

O contato físico tem efeitos poderosos e fáceis de constatar. Ele é capaz de provocar fortes reações positivas e negativas. As interpretações e as reações ao contato físico são extremamente dependentes de outros fatores tais como: a natureza do toque, área do corpo tocada, duração do toque, frequência do toque, contexto do toque (circunstâncias onde o toque aconteceu), quem toca e quem é tocado (sexo de quem é tocado e de quem toca, natureza do relacionamento entre quem toca e quem é tocado, em tipo e estágio do desenvolvimento do relacionamento).
É provável que existam propensões inatas que ajudam a determinar os efeitos de boa dos contatos físicos. Por exemplo, os contatos físicos sexuais tem forte impacto em quase todas as culturas. Uma das coisas que distingue as culturas é a quantidade de toques. Em todas estranhas se tocam menos do que conhecidos, casais em início de relacionamento se tocam mais do que pessoas não relacionadas; todas as crianças precisam de contato físico para ter um desenvolvimento psicológico saudável.
O contato físico pode ter efeitos negativos muito fortes. Para lembrar-se disso, basta imaginar como você sentiria caso fosse tocado de uma forma íntima, sem nenhuma justificativa, por estranhos.  Caso você seja uma mulher e o estranho seja um homem, estes efeitos serão ainda mais poderosos. O contato físico pode ter um forte      impacto mesmo ele que tenha sido não intencional ou acidental.
FUNÇÕES DOS CONTATOS FÍSICOS
A classificação dos contatos físicos apresentada aqui é baseada no livro Comunicação Não-verbal na Interação, de Humana Mark L. Knapp e Judith A. Hall, Editora Jsn, 1999.
1- Contato físico expressivo
Quando as pessoas estão sentindo fortes emoções (alegria, tristeza, medo, etc.) ou afetos (pesar, amor, romantismo, ternura, comoção, etc.) é mais provável que elas toquem os seus interlocutores ou sejam tocadas por eles.
Exemplos:
- Abraçar o parceiro em um momento de grande alegria ou tristeza.
- Começar a tocar o parceiro em várias partes do corpo durante um envolvimento sexual
- Fazer um carinho no parceiro quando este se faz de criancinha ou de coitadinho.
- Tocar o parceiro quando este está passando por um momento difícil.
2- Contato físico como marcador da fala.
Este tipo de contato é usado pelo falante para pontuar, enfatizar/desenfatizar ou demonstrar o que está dizendo.
- Pontuar o que está dizendo. Por exemplo, o falante “batuca” com os dedos sobre uma mão do ouvinte, seguindo o ritmo do que está dizendo.  Outro exemplo: o falante toca a mão do ouvinte, de tal forma que estes toques ocorram naqueles momentos da sua da fala nos quais, na linguagem escrita, seriam utilizadas as vírgulas, os pontos finais ou as exclamações.
- Enfatizar/desenfatizar o que está sendo dito. Por exemplo, o falante segura um braço do ouvinte. A pressão da sua mão neste braço varia de acordo com a ênfase que ele dá ao que ele está dizendo: esta pressão é maior quando a fala se torna mais enfática e menor quando ela se torna menos enfática.
- Toque demonstrativo. Por exemplo, o falante diz “Ela me pegou assim no braço” e, ao mesmo tempo em que diz isso, pega no braço do ouvinte para demonstrar como foi pego.
3- Contato físico como regulador do fluxo da conversa
Este tipo de toque pode ser executado tanto pelo falante como pelo ouvinte. A sua função é solicitar a atenção ou negar a palavra, quando executado pelo falante, e solicitar palavra ou manter o falante falando, quando executado pelo ouvinte.
Exemplos
- Solicitar a atenção. Pedro queria que André prestasse toda a atenção no que ele ia dizer. Este, no entanto, estava olhando para uma moça bonita na mesa ao lado. Pedro pegou no braço de André e disse: “Presta atenção no que eu vou te dizer”. Este tipo de contato é muito eficiente para obter a atenção de alguém.
- Negar a palavra. Uma pessoa está com a palavra. Uma segunda pessoa começa a falar ao mesmo tempo que ela. A primeira pessoa não quer ceder a palavra. Para reforçar esta negação, segura no braço da segunda, a encara, e continua a falar. A segunda pessoa silencia e ouve o que está sendo dito.
- Manter a outra pessoa falando. Maria está falando algo muito difícil. André, seu marido, segura firmemente a sua mão para que ela se sinta apoiada e continue a falar. Este gesto funciona como se o marido dissesse firmemente: “Força, continue!! Você tem todo o meu apoio!! Estou com você!!”.

sábado, novembro 21, 2015

Quando é melhor ser irrealista do que realista perante a vida

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"Quando é melhor ser irrealista do que realista perante a vida"

“Eu possa me dizer do amor (que tive): /Que não seja imortal, posto que é chama/ Mas que seja infinito enquanto dure.” (Vinícius de Moraes, Soneto de Fidelidade).

“Que seja infinito enquanto dure.” Nesta frase, o Poeta afirma que vale a pena viver o amor como se ele durasse eternamente.
Os “realistas”, ao contrário do que o Poeta propõe, estragam o imenso prazer de viver plenamente tudo que o amor oferece no presente porque não conseguem esquecer que boa parte da magia que ele produz é causada pela idealização do parceiro e que tudo isso vai passar.
Vou defender neste artigo que vale a pena viver irrealisticamente em vários setores de nossas vidas.

Benefícios do irrealismo
Os ganhos do irrealismo são bem maiores do que seus custos em várias áreas de nossas vidas. Por exemplo, vale a pena viver acreditando que somos mais importantes para os outros do que realmente somos, que vamos viver para sempre, que não teremos doenças graves, que aquelas pessoas que gostamos são melhores do que as que não gostamos.
Outro exemplo: em certas áreas sociais, as avaliações dos méritos e deméritos pessoais são muito subjetivas e, por isso, as pessoas tendem a aceitar aquilo que cada um acha dele próprio. Nessas áreas, as pessoas confiantes impressionam muito mais que as inseguras e conseguem melhores resultados.

Até que ponto vale a pena estragar o presente para prevenir problemas futuros?
Corre por ai, uma charge que mostra uma pessoa bastante depauperada (de pijama, doente, tomando oxigênio, etc.) dizendo algo assim: “Agora vou começar a aproveitar todo o dinheiro que economizei a vida toda para me preparar para a velhice”!

O realismo psicológico sobre o futuro pode desmotivar o presente
Uma pessoa “realista” sabe que, depois de certa idade, vai começar a perder, gradualmente, muitas capacidades orgânicas e psicológicas e que será acometida por doenças próprias da idade. Aquelas pessoas que mantêm isso em suas mentes se tornam menos otimistas e correm o risco de estragar aqueles anos nos quais ainda estão funcionando perfeitamente. Ou seja, problemas futuros estram seus presentes.

Uma maneira de não estragar o presente é negar que o futuro será ruim
Um dos motivos que levam pessoa que têm sérios problemas de saúde a se comportar “irresponsavelmente” é que essa forma de agir garante alguma qualidade de vida no presente. Por exemplo, certas pessoas imediatamente depois do diagnóstico de um problema grave de saúde levam um susto e passam a agir de modo a reverter ou não agravar o problema. Pouco tempo depois, voltam aos maus hábitos e passam a agir como se não tivessem nada: voltam a comer errado, fumar, deixam de praticar exercícios. Ou seja, elas voltam a agir como se cressem, irrealisticamente, que não têm aquele problema.

Quando a autopercepção otimista é benéfica
Vejamos alguns exemplos que ilustram a afirmação acima.
Uma percepção otimista de nossa capacidade para um empreendimento incentiva para que tentemos um pouco mais do que faríamos se realistas ou pessimistas. Esse esforço adicional aumenta as chances de sucesso

Quem tem boa autoestima é ligeiramente otimista sobre os próprios méritos.
As pessoas com baixa autoestima são pessimistas ou realistas sobre os próprios méritos.

Quem tem boa autoestima se casa com parceiros mais qualificados.
Um estudo mostrou que pessoas com melhores autoestimas tinham parceiros amorosos mais qualificados do que pessoas assemelhadas que tinham piores autoestimas.

A visão otimista sobre a superioridade do relacionamento amoroso contribui para a sua manutenção

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domingo, novembro 15, 2015

A importância do comprometimento para o sucesso do relacionamento amoroso

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"A importância do comprometimento para o sucesso do relacionamento amoroso"

O pleno comprometimento com o parceiro é um dos pilares do relacionamento amoroso. Sem que esse pilar esteja sólido, o relacionamento fica instável, permanece superficial e tem alta chance de terminar.
Como podemos aprofundar e manter o relacionamento com uma pessoa quando não sabemos por quanto tempo ela estará conosco, quão extenso e profundo são os seus compromissos conosco e quanto ela vai cuidar para que esse relacionamento tenha boa qualidade?
Uma vez que nos comprometamos, as consequências desse compromisso nos motivam para que cuidemos do relacionamento: “Já que entramos na canoa, temos que fazer o possível para que ela não afunde e navegue bem”. A pessoa com quem nos comprometemos também fica mais segura e motivada para se comprometer conosco.

Dimensões do comprometimento

O comprometimento tem pelo menos duas dimensões importantes:
1- Comprometimento para permanecer no relacionamento e evitar situações que possam colocar em risco essa permanência. Por exemplo, evitar colocar-se em situações que aumentem a chance de traição.
2- Comprometimento para cuidar do relacionamento e do parceiro. Para que o relacionamento dure, é necessário que ele tenha boa qualidade: os parceiros devem cuidar dele no dia a dia. Essa dimensão é muito importante. Muitas pessoas acham, equivocadamente, que para se comprometer basta não trair e não tomar iniciativas de terminar o relacionamento.
Segundo Robert J. Sternberg, autor de a Teoria Triangular do Amor (veja o meu artigo, publicado neste blog em 23/10/2014, sobre essa teoria: “Quanto de intimidade, paixão e compromisso existe entre você e seu parceiro amoroso?”) a “decisão/comprometimento” pode ser identificada pelas seguintes questões:
1- Você espera que o compromisso com o parceiro dure pelo resto da vida?
2- Quão determinada você está em se esforçar para manter esse compromisso?
3- Quão certo você está do seu amor pelo parceiro?
4- Você não consegue se imaginar fora deste relacionamento?
5- Você evita situações que poderiam por em risco o compromisso com seu parceiro?
6- Você imagina que o seu compromisso com o seu parceiro é tão forte que resistiria a grandes provas?

Sinais de evitação do comprometimento

Você está evitando estabelecer ou aumentar o grau de compromisso com o parceiro quando:
1- Você evita apresentar o parceiro para seus colegas, conhecidos e parentes. Por exemplo, você não o convida para festas da sua escola ou para conhecer o seu local de trabalho.
2- Você evita fazer planos com ele sobre a evolução do relacionamento. Por exemplo, você evita fantasiar junto com o parceiro como será a vida quando morarem juntos, casarem ou tiverem filhos.
3- Você evita expandir o relacionamento. Por exxemplo, você evita dormir na casa do parceiro ou vê-lo informalmente toda vez que surge uma oportunidade.
4- Você frequentemente ameaça ou tenta terminar o relacionamento.
5- Você mantém o relacionamento restrito a certos setores. Por exemplo, evita compartilhar com o parceiro seus planos profissionais.
6- Nas redes sociais, você evita assumir o parceiro ou mostrar que está comprometido com ele. Por exemplo, não muda o seu status no Facebook e evita postar fotos onde vocês dois apareçam de forma comprometedora (de mãos dadas, abraçados ou beijando, por exemplo).


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domingo, novembro 08, 2015

Espaço pessoal: distâncias ao redor do corpo durante interações sociais

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"Espaço pessoal: distâncias ao redor do corpo durante interações sociais"

 Eduard E. Hall, autor do livro “Dimensão Oculta”, identificou quatro faixas de distâncias entre as pessoas que estão associadas a efeitos psicológicos diferenciados. Tais distâncias são assumidas em certos tipos de relacionamentos e atividades e assumi-las aumenta as probabilidades que tais tipos de relacionamentos e atividades aconteçam.
Estes quatro tipos de distâncias interpessoais formam quatro espécies de territórios portáteis. Quanto maior a distância entre duas pessoas, menores são os efeitos de suas presenças: menor o envolvimento emocional entre elas e mais os seus relacionamentos ficam parecidos com aqueles dispensados a um objeto. Por exemplo, já ouvi dizer que em um fuzilamento é menos penoso atirar naquele que vai ser fuzilado quando este se encontra bem longe do que quando ele está mais próximo dos fuziladores. Outro exemplo, uma declaração de amor apresentada a longa distância parece bem mais fria do que a curta distância. A afirmação: “Você está tão distante de mim” tanto pode se aplicar à distância física como a psicológica entre duas pessoas.

Formatos das distâncias interpessoais
A distância pessoal é uma espécie de bolha de formato irregular ao redor de nosso corpo. Esta bolha ocupa um espaço maior na frente do corpo do que nas suas laterais e nas costas. Também é maior na região próxima ao rosto do que na região próxima de nossos pés: quando estamos frente a frente com uma pessoa, nossos pés podem ficar mais próximos dos seus pés, do que os nossos olhos dos seus olhos. Geralmente nos incomoda mais quando um desconhecido fica a uma pequena distância a nossa frente, do que quando ele está ao nosso lado. Nos cinemas, por exemplo, não nos incomodamos muito em sentar ao lado de um desconhecido, principalmente quando o cinema está cheio. No entanto, esta mesma distância seria muito mais incômoda se estivéssemos frente a frente com este mesmo desconhecido.
Em seguida, apresentaremos medidas das distâncias entre duas pessoas que estão frente a frente

Medidas das distâncias interpessoais
Hall mediu estas quatro distâncias em duplas de americanos brancos, de classe média, que estavam em pé e frente a frente entre si (orientações frontais). Cada uma destas distâncias foi subdividida por este autor em “longe” e “perto”. Estas variações dentro de cada um dos quatro tipos de distância podem ter profundos impactos no relacionamento. Por exemplo, um negócio conduzido a uma distância social próxima pode ter um caráter mais pessoal do que quando é conduzido à distância social longe. As distâncias médias observadas nestas circunstâncias foram as seguintes:

Distância íntima
Variava entre 0 e 50cm (fase próxima: 0 a 15 cm; fase afastada: 15 a 50cm).
Esta distância é utilizada durante os relacionamentos íntimos, sejam eles positivos (por exemplo, namorar ou confortar uma pessoa) ou negativos (por exemplo, briga física).

Distância pessoal
Variava entre 50 e 120cm (fase próxima: 50 a 80cm; fase afastada 80 a 120cm).
Na fase próxima desta distância uma pessoa pode segurar e agarrar a outra. A fase afastada vai de um ponto imediatamente além do qual uma pessoa pode tocar a outra com facilidade até um ponto onde as duas poderão tocar as extremidades dos dedos da outra, se ambas estenderem os seus braços.
Esta distância pode ser vista como uma espécie de bolha protetora, de formato irregular, que separa sistematicamente os animais não contato. Esta distância é usada para conversar informalmente.

Distância social consultiva
Variava entre 120 e 350 cm (fase próxima: 120 a 210 cm; fase afastada: 210 a 350 cm).
Esta distância é utilizada por pessoas que se conhecem e que estão trabalhando juntas ou por pessoas que estão tratando de negócios.

Distância pública
Variava entre (fase próxima: 350 e 750 cm;  fase afastada: 750 cm ou mais)
Esta é a distância que é mantida em torno de pessoas públicas importantes. Também é usada por palestrantes.

Podemos assumir vários tipos de distância dependendo da atividade
Tanto a natureza da tarefa que está sendo executada influencia a distância pessoal como, vice-versa, a distância pessoal influencia o desempenho da tarefa. É interessante notar que o tipo de atividade que vai ser desenvolvida em um dado momento faz com que as pessoas assumam automaticamente aquela distância mais apropriada para dentre estes quatro tipos de distância. Por exemplo, os membros de um casal amoroso aumentam a distância entre si quando tratam de negócios e a diminuem a distância quando conversam romanticamente. O inverso também é verdadeiro: quanto uma pessoa se coloca a certa distância em relação ao seu interlocutor, esta distância vai ajudar a determinar o tipo de interação que vai ser desenvolvida entre eles. Por exemplo, se uma mulher bonita ficar muito próxima de um homem isto aumenta as chances de que eles comecem a pensar em relacionamento amoroso e que este tema seja abordado nas suas conversas e ações.
Muitas vezes a distância interpessoal tem mais efeito que o conteúdo daquilo que está sendo dito. Por exemplo, quando um homem e uma mulher sentem atração mútua e estão conversando sobre um tema neutro como, por exemplo, sobre a chuva que está caindo, a distância entre seus corpos pode fazer com que a conversa que estão desenvolvendo adquira uma conotação romântica ou sexual (nesta distância uma pessoa sente o calor do corpo do outra, sente seu cheiro e suas vozes se tornam mais sussurradas).

A distância que uma pessoa fica da outra afeta o tipo de relacionamento que vai acontecer entre elas e vice-versa.

Influência recíproca entre a distância e tipo de intimidade

Vamos ver alguns exemplos que ilustram bem esta mão dupla de influências ente à distância e o tipo de atividade que está sendo desenvolvida.

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domingo, novembro 01, 2015

A importância da beleza para a escolha do parceiro amoroso

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"A importância da beleza para a escolha do parceiro amoroso"

A importância da beleza para a escolha do parceiro amoroso
A beleza tem mais importância nos inícios do que durante os relacionamentos amorosos. Ela, no entanto, é sempre importante.
Outros fatores, geralmente, são mais importantes do que a beleza para fins da escolha de um cônjuge.
A importância da beleza varia. Ela, por exemplo, é mais importante para aqueles que têm um estilo de amor erótico do que para aqueles que têm certos outros estilos de amor.
Este é o tema que vamos abordar neste artigo.

A beleza é muito importante para os eróticos
            A beleza sem dúvida é um atributo valioso. Em igualdade de condições, sempre preferimos o mais bonito dentre dois possíveis parceiros amorosos. No entanto, como tudo na vida, o grau de importância atribuído à beleza varia muito de uma pessoa para outra.
Quando se trata de um relacionamento amoroso, a beleza física é muito importante para um grande número de pessoas. Segundo John Alan Lee as pessoas que são do estilo de amor Eros dão grande importância para a aparência e sabem especificar uma enormidade de detalhes que esperam encontrar na pessoa que capaz de inspirar amor (cor de cabelos, tipo físico, cor de olhos, etc.).
Os eróticos (leia mais sobre este e outros estilos de amor no artigo “Estilo de Amor”, que publiquei neste blog em 20/08/2010) valorizam muito a aparência na hora de escolher um parceiro. Geralmente, os eróticos têm uma ideia muito precisa dos detalhes da aparência que apreciam em um parceiro.
Os eróticos têm um “mapa mental” muito bem delineado do parceiro ideal. Uma erótica que entrevistei fez as seguintes declarações:
Já me apaixonei duas vezes à primeira vista. Eu não conhecia estas duas pessoas antes do momento que me apaixonei por elas. Uma delas, eu nunca tinha visto antes. Em poucos segundos eu já estava apaixonada. Quando sabia saia para o pátio da escola onde a pessoa poderia estar, as minhas pernas tremiam, o meu estômago enjoava e doía e eu perdia a capacidade para me comportar inteligentemente. Quando vim a conhecê-la, constatei que ela era muito problemática, muito complicada. O nosso relacionamento amoroso durou pouco tempo. Mesmo depois que o relacionamento terminou, eu continuei apaixonada por ela durante quase um ano. Embora agora eu não pense nela todos os dias, os meus sentimentos por ela ainda são reativados quando a vejo.
Outro exemplo
Certa vez, durante um congresso de psicologia, eu estava com um amigo em uma mesa de um bar. Em outra mesa próxima estava um grupo de congressistas de outro estado. Neste grupo estava uma das moças mais bonitas do congresso. Só para fazer uma ideia da beleza desta moça, basta dizer que ela era facilmente relembrada por vários homens que participaram deste congresso. Bastava dizer “você notou uma loirinha linda do Rio Grande do Sul que participou do congresso?” Os homens imediatamente se punham a descrever detalhes a seu respeito que facilmente permitiam identificar que estávamos falando da mesma pessoa.
Pois bem, ao ver que meu amigo estava observando esta linda moça, iniciei com ele o seguinte diálogo:
- Pelo visto você já notou a loirinha ali da mesa
- Claro! Quem ainda não a notou?
- Interessante, não, o poder da beleza de uma mulher. No entanto, quem vê uma mulher tão bonita assim não consegue prever se ela é boa companheira, se é confiável, se é boa de cama, etc. etc.
O meu colega ficou um tempo pensativo e respondeu:
- Tudo o que você falou é verdade. Mas eu ficaria com esta loirinha mesmo sem nenhuma destas qualidades que você mencionou!
Para aqueles que têm outros estilos de amor, a aparência pesa bem menos. Os estórgicos, por exemplo, dão mais valor para a compatibilidade, capacidade de entrosamento e o sentimento de amizade com o parceiro do que para a sua aparência. Só após este sentimento de amizade ter se desenvolvido é que o amor pode nascer para aqueles que têm esse estilo. Os pragmáticos, por sua vez dão muito importância para as características do parceiro que possam ter consequências práticas nas suas vidas, do que a beleza.
Os eróticos geralmente afirmam que quando não sentem esta atração pelo parceiro logo de cara é muito improvável que venham a se apaixonar por ele posteriormente.
Os eróticos não são impressionados apenas pela beleza. Eles, de fato, são impressionados por um conjunto que envolve beleza física e um padrão de comportamentos. Um deles declarou que também adorou “um jeito de olhar”, a postura sonhadora, um jeito de sorrir, a atitude decidida, a maneira de falar com os amigos do parceiro por quem se apaixonou.

A beleza é mais importante nos primeiros encontros do que durante o relacionamento
A beleza é muito importante para chamar a atenção, principalmente nos primeiros encontros, quando ainda não são conhecidas muitas informações sobre a pessoa. A importância da beleza, em relação a outros tipos de informações, foi estudada por pesquisadores americanos através de uma pesquisa denominada "baile pelo computador". Tratava-se de um baile realizado em uma universidade no qual, segundo informações divulgadas para os possíveis participantes, os pares seriam formados por um computador programado para escolher parceiros com o maior grau de afinidade possível ente si. Antes do baile, os experimentadores obtiveram várias informações sobre os estudantes e avaliaram secretamente os seus graus de atratividades (observadores avaliaram secretamente a atratividade de cada estudante no momento da sua inscrição para o baile).
As informações pessoais fornecidas pelos estudantes não foram levadas em conta na hora de formar os pares. Os pares foram formados através de sorteios, com exceção da altura dos membros de cada par (os homens deviam ser mais altos do que as mulheres).
Durante o baile, os pesquisadores pediram as opiniões dos participantes sobre os seus pares e perguntavam se eles pretendiam se encontrar novamente com eles em outra ocasião.
Os resultados desta pesquisa mostraram que o determinante mais importante da satisfação com o par e da intenção de encontrar-se com ele novamente não era a sua personalidade, a sua inteligência ou as notas escolares, mas sim a sua atração física.
É claro que estes outros fatores vão adquirindo mais importância à medida que o par vai convivendo. No entanto, este conhecimento mais aprofundado, muitas vezes só é possível entre pessoas que se sentiram atraídas inicialmente e que, por isso, passaram a se encontrar.
A beleza é valiosa em qualquer época do relacionamento
Certas pessoas adquirem obras de arte apenas para poder tê-las ao alcance da vista. Muita gente adora ouvir música. Outros gostam de apreciar paisagens. Ora, existem aqueles que apreciam, acima de tudo, a beleza do parceiro. Estes, mais ainda do que os aficionados por outros tipos de atrações, estão dispostos a fazerem loucuras para terem acesso contínuo a beleza de um lindo parceiro (a).

Outros atributos podem ser mais importantes do que a beleza
A beleza pode pesar bastante na escolha de um parceiro quando outros requisitos mínimos já foram preenchidos. Quando esses requisitos mínimos foram preenchidos, a beleza pode despertar a admiração e atração, o que, para Stendhal, é um requisito para o nascimento do amor.

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sábado, outubro 24, 2015

Você tem boa noção da imagem que você projeta para outras pessoas?

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"Você tem boa noção da imagem que você projeta para outras pessoas?"

Muita gente não faz ideia da forma como é percebida por outras pessoas. Pior ainda, muita gente faz uma ideia completamente errônea da imagem que projeta para outras pessoas. Alguns acham que projetam uma imagem pior do que realmente acontece: são aqueles que têm baixa autoestima, se subestimam e são inibidos. Outros “se acham os tais”, mas, de fato, são muito mal avaliados e considerados presunçosos e pessoas que “comem mortadela e arrotam caviar”!

A percepção dos atributos positivos e negativos de uma pessoa influencia amplamente a própria pessoa e forma como as outras pessoas agem em relação a ela.
A autopercepção afeta profundamente a autoconfiança, a autoestima e a inibição para agir socialmente.
A percepção por parte de outras pessoas afeta profundamente como essas pessoas agem e reagem em relação ao percebido. Essa afetação acontece desde a seleção de um candidato para um emprego ou o atendimento em uma loja, até a atração amorosa e o início de um relacionamento amoroso com a pessoa cujos atributos estão sendo percebidos.

Método para identificar como as outras pessoas nos percebem
Uma das experiências pessoais mais interessantes que já tive, foi a de tentar descobrir como eu era percebido por alunos que não me conheciam anteriormente, para os quais eu tinha acabado de dar a primeira aula de um curso.
Para investigar como eu era percebido, no final dessa primeira aula, que durou cerca de duas horas, pedi que escrevessem em uma folha de papel cinco atributos positivos e cinco negativos que eu parecia ter.
Com base nesses atributos citados, construí uma lista única. Para um atributo ser incluído nesta lista, ele tinha que ter sido citado por pelos menos dois alunos.
Não era necessário que o atributo fosse citado exatamente da mesma forma para ser incluído na lista. As suas variantes também foram consideradas como suficientes para a inclusão. Por exemplo, se uma pessoa citava o adjetivo “seguro” e outra citava o adjetivo “inseguro” ou a expressão “muito seguro”, essas três citações eram consideradas como derivados do atributo raiz “segurança”. Nesta lista final só foram incluídos os atributos raiz, e não as suas variações, como as suas conotações negativas ou variações de intensidade. Por exemplo, no exemplo citado anteriormente foi incluída na lista apenas a palavra “segurança”. No total, foram incluídas na lista 27 atributos (por exemplo, segurança, simpatia, capacidade de comunicação, didática).
Em baixo de cada um dos atributos adicionei uma escala que ia desde “concordo totalmente” até “discordo totalmente”.
Exemplo:
Avalie quanto do seguinte atributo a pessoa que você está avaliando possui:
SEGURANÇA
Totalmente insegura|____|____|____|____|____|____|Totalmente segura
            -1       -2       -3        0      +1      +2      +3
Todas essas avaliações foram realizadas anonimamente para aumentar as chances que os alunos expressassem autenticamente suas percepções.
Resultados
Fiquei surpreso com muitas das avaliações: alguns dos meus atributos foram avaliados de forma muito semelhantes pelos alunos e outros, de forma diversificada.
Alguns dos atributos avaliados uniformemente me surpreenderam tanto agradável quando desagradavelmente. Não imaginava que passasse a impressão tão ruim em algumas áreas e tão boa em outras. Também não imaginava que alguns das impressões que eu passava fortemente. Outras impressões que eu imaginava que eu passava nem forma mencionadas!
Ou seja, não imaginamos muito bem a imagem que as outras pessoas fazem de nós!

Por que não conseguimos prever muito bem a imagem que outras pessoas fazem de nós?
A nossa autoavaliação muitas vezes discrepa das avaliações de outras pessoas porque existe uma regra social que manda que nossos interlocutores finjam que acreditam na imagem que queremos projetar, na ausência de fortes razoes em contrário. Por exemplo, quando queremos passar uma imagem que agimos de uma forma admirável em certa circunstância, os nossos interlocutores fingem que acreditam que agimos admiravelmente naquela circunstância. As pessoas evitam nos contradizer ou nos frustrar, a não ser que tenham fortes razões para isso!
Por isso, nunca sabemos direito que tipo de imagem pessoal estamos realmente projetando para outras pessoas.
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ÚLTIMAS VAGAS
Você está convidado para o meu curso que será iniciado no dia  29 da semana que vêm:
CHEGA DE SOLIDÃO:
Como iniciar e desenvolver relacionamentos amorosos
INFORMAÇÕES e INSCRIÇÕES:

https://goo.gl/QoTLgf

sexta-feira, outubro 23, 2015

Confira a minha citação neste artigo: Timidez: como iniciar um relacionamento amoroso


Confira este artigo onde sou citado:

ÚLTIMAS VAGAS

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CHEGA DE SOLIDÃO:
Como iniciar e desenvolver relacionamentos amorosos
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quarta-feira, outubro 21, 2015

Chega de solidão. Grupo de Estudos (últimas vagas)

ULTIMAS VAGAS!

VOCÊ ESTÁ CONVIDADO:
GRUPO DE ESTUDOS "CHEGA DE SOLIDÃO"
COMEÇA QUINTA DA SEMANA QUE VEM (29/10)

Chega de solidão!
Como iniciar e desenvolver relacionamentos amorosos

Outras informações e inscrição: https://goo.gl/QoTLgf

O curso:
Um bom relacionamento amoroso contribui fortemente para a autorrealização e para a felicidade. Certas pessoas, no entanto, têm dificuldade para iniciar, desenvolver ou manter esse tipo de relacionamento e, por isso, deixam de usufruir dos seus benefícios.
Neste curso, vamos examinar as principais dificuldades para iniciar e desenvolver relacionamentos amorosos e como superá-las.

Objetivos:
 No final deste curso, cada participante deverá ser capaz de:
 - Apontar as principais causas da sua dificuldade para iniciar, desenvolver e manter relacionamentos amorosos.
- Apontar as principais medidas para superar essas dificuldades.
- Apresentar progressos na sua capacidade para iniciar, fazer progredir e manter relacionamentos amorosos.

Público-alvo:
 Esse curso é indicado para:
 1-    Pessoas que estão com dificuldades para iniciar, desenvolver e manter relacionamentos amorosos.
2-    Psicólogos e outros profissionais que trabalham com pessoas que têm dificuldades para iniciar relacionamentos amorosos.

Duração: 10 horas – divididas em 4 encontros.

Datas: 29/10/2015 (19:30 às 22:00), 05/11/2015 (19:30 às 22:00), 12/11/2015 (19:30 às 22:00) e 19/11/2015 (19:30 às 22:00).

O Facilitador:
 Ailton Amélio é psicólogo clínico, doutor e mestre em Psicologia pela USP e professor de relacionamentos amorosos do Instituto de Psicologia da USP (1985 – 2012). Autor dos livros "Relacionamento amoroso" (Publifolha), "Para viver um grande amor" (Editora Gente) e "O mapa do amor" (Editora Gente). Em seu blog, www.ailtonamelio.blog.uol.com.br , escreve sobre relacionamentos amorosos e comunicação interpessoal.


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sábado, outubro 17, 2015

Quão atraente é o mundo que você oferece ao seu parceiro amoroso?

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"Quão atraente é o mundo que você oferece ao seu parceiro amoroso?"

Na hora de melhorar a sua atratividade como parceiro amoroso, você pensa no que? Na sua produção (vestuário, tratamento capilar, maquilagem, regime e operação plástica?). Claro! Melhorar a aparência ajuda e uma aparência muito ruim pode ser eliminatória na escolha de parceiros amorosos.
Devido à importância que as pessoas atribuem à aparência, os shoppings estão cheios, as academias de ginástica fazem sucesso e os cirurgiões plásticos ganham muito dinheiro.
Na hora de atrair parceiros amorosos, também pensamos nos comportamentos de sedução: apresentar comportamentos não verbais de flerte e ler os não verbais dos parceiros. Os cursos e os manuais de autoajuda tentam fazer crer que existem comportamentos hipnóticos que produzem conquista instantânea e que tornam irresistíveis aqueles que as dominam.
No entanto, a grande maioria dos namoros é iniciada entre pessoas que já se conhecem ou que foram apresentadas por conhecidos em comum. Quando já conhecemos um candidato a parceiro amoroso, o grau de atração que sentimos por ele é afetado por muitos outros fatores, além da sua aparência, dos seus comportamentos de flerte e dos seus comportamentos sedutores. Quando iniciamos um relacionamento amoroso com um parceiro desconhecido, posteriormente, a atração inicial que sentimos por ele vai sendo corrigida pelo conhecimento que vamos adquirindo a seu respeito.
Ou seja, a aparência e a sedução têm mais importância no início de relacionamentos entre desconhecidos. Para todos os relacionamentos amorosos, existem muitos outros fatores que contribuem para iniciar, desenvolver e manter o clima prazeroso, afetivo, romântico e erótico. Infelizmente pouca gente dá a importância devida a estes outros fatores!
Neste artigo, vamos examinar alguns dos outros fatores que tornam os possíveis parceiros amorosos atraentes, admiráveis, cativantes e sedutores.

O que podemos fazer para aumentar nossa atração como parceiros amorosos?

Saber aproveitar as coisas boas que a vida oferece
Elisa sabe aproveitar as coisas boas que São Paulo oferece. Ela se torna mais atraente por isso.
Elisa morava em São Paulo. Para ela, esta cidade era um grande parque de diversões, com muitas novidades renovadas, atividades culturais incessantes, opções gastronômicas infindáveis, etc.. Apreciava e frequentava assiduamente os inesgotáveis programas que a cidade oferecia.
Estava sempre lendo os jornais, sites e revistas que apresentavam as novidades que a cidade estava oferecendo: shows, mostras, exposições, cinemas, teatros, ofertas gastronômicas, restaurantes diferentes,...
Além disso, ela também sempre recebia convites: aniversários, eventos, cursos,
Ela estava sempre lutando para caber tantos eventos na sua agenda. Eventualmente sacrificava algumas horas de sono para comparecer a algo evento noturno durante a semana..
Bem diferente daquelas pessoas que não sabem o que fazer e acabam ficando em casa assistindo televisão ou indo ao shopping dar uma volta só para não ficar em casa.
Para ela, a vida de são Paulo era convidativa.

Eles sabiam e gostavam de conversar
Saber conversar é uma das coisas que torna a presença de alguém agradável e também pode contribuir para que tal pessoa seja vista como fascinante e proporcionadora de muitos efeitos práticos e úteis para o seu interlocutor: validador, expansor dos limites psicológicos, afetivo, construtivo, empático, etc.
O seguinte exemplo mostra um dos efeitos da conversa:
Eles sabiam fazer o papo fluir desde os primeiros instantes do encontro. Os assuntos pareciam surgir automaticamente, sem nenhum esforço. Cada assunto desaguava em outros, sem que a transição fosse percebida claramente, numa torrente sem fim. Ambos funcionavam muito bem como falantes e ouvintes.

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sábado, outubro 10, 2015

Entenda as causas e funções da sua insegurança

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"ENTENDA AS CAUSAS E FUNÇÕES DA SUA INSEGURANÇA"
Entenda as causas e as funções da sua insegurança
"I was feeling insecure; you might not love me anymore"
(“Jelous Gay”, John Lennon. Veja o link para esta música na Nota, no final deste artigo)

Muitas pessoas são inseguras e sofrem por isso. Sentir insegurança geralmente é desagradável. As pessoas inseguras geralmente são mal vistas socialmente e sofrem prejuízos por isso. Por exemplo, são desvalorizadas para diversos tipos de empregos e podem sofrer rejeições na área amorosa.
A insegurança é um elemento presente em várias características psicológicas limitantes, como na baixa autoestima, ciúme sem motivos, timidez e inassertividade.
No relacionamento amoroso, essas pessoas, boa parte do tempo, estão com aquela sensação que o parceiro pode ter perdido o interesse nelas, que o parceiro pode estar se envolvendo com outras pessoas, que, a qualquer momento, ele vai mandar uma mensagem cancelando o próximo encontro e que o relacionamento com ele não é sólido.
Os inseguros sentem que querem se envolver mais no relacionamento do que seus parceiros e que estes sempre são menos envolvidas e mais reservadas do que eles.

A insegurança aumenta porque os comportamentos são imateriais
O que acontece no relacionamento, nas ligações afetivas e no comprometimento é deduzido a partir dos tipos de comportamentos, dos padrões de comportamentos e das frequências de comportamentos.
Os comportamentos são bastante imateriais: eles só duram enquanto estão sendo apresentados. Seus significados e efeitos têm curta duração para aqueles que são inseguros.
Por isso, os inseguros precisam de renovação contínua de indícios comportamentais que indiquem que eles são queridos, amados e que as pessoas relevantes estão comprometidas com eles.
Essa renovação contínua não acontece na vida real. Por isso, os inseguros estão sempre se sentindo ameaçados pela possibilidade de perda de envolvimento por parte daquelas pessoas que lhes são relevantes.

Origens da insegurança
A insegurança crônica ou estrutural pode ter diferentes causas. Duas dessas causas mais importantes são (1) o estilo  de apego “ansioso-ambivalente” de quem cuidou do inseguro durante a sua infância e (2) quebras de confiança traumáticas.

Estilo de apego ansioso ambivalente do tomador de conta do inseguro
Uma das origens da insegurança é o estilo de apego ansioso ambivalente de quem tomou conta do inseguro quando ele era criança, geralmente a sua mãe. O tomador de conta que tem esse estilo foi inconstante com a criança: hora era presente, afetivo, cuidador e protetor e, em outras horas, era distante, pouco afetivo e ineficaz para atender as necessidades da criança. Esse tipo de instabilidade fazia que a criança nunca conseguisse saber o que esperar do cuidador em um dado momento. Por isso, ela estava sempre insegura sobre o que receberia por parte do cuidador e precisava, continuamente, perceber se ele estava, ou não, disponível para ela.
A criança, além de não ficar segura sobre o que poderia esperar do cuidador, também acabava formando uma imagem dela própria como a de alguém que não inspirava cuidados constantes por parte de outras pessoas. Ou seja, ela acabava formando um “modelo mental” que a tornaria insegura por muito tempo sobre o que poderia esperar de outras pessoas e sobre o que ela inspirava em outras pessoas.

Quebra de confiança
Certas pessoas são seguras até que sofrem uma grande decepção por parte de um parente, amigo ou parceiro amoroso. Por exemplo, pessoas que descobrem que o pai sempre levou uma vida dupla e tem outra família podem ficar muito inseguras. Algo semelhante acontece com aquelas pessoas que descobrem que estão sendo enganadas por seus melhores amigos ou que estão sendo traídas por seus parceiros amorosos em quem confiavam totalmente.

Graus de segurança
Os graus de segurança que as pessoas experimentam podem variar desde extremamente inseguro até extremamente seguro passando por todos os graus intermediários entre esses extremos.

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terça-feira, outubro 06, 2015

A insegurança é ampliada pela imaterialidade dos comportamentos que constituem os relacionamentos

A INSEGURANÇA É AMPLIADA PELA TRANSITORIALIDADE DOS COMPORTAMENTOS QUE CONSTITUEM OS RELACIONAMENTOS
O relacionamento, as ligações afetivas e o comprometimento são bastante imateriais. Esses fenômenos são deduzidos à partir de comportamentos, padrões de comportamentos e frequências de comportamentos.
Os comportamentos só duram enquanto estão sendo apresentados.
As pessoas inseguras precisam de renovação contínua de indícios que indicam que elas são queridas e amadas e que outras pessoas relevantes estão comprometidas com elas.
Elas sentem-se inseguras diante da ausência inevitável de indícios contínuos que indicam que elas são amadas e que estão conectadas com aquelas pessoas que são relevantes para elas!
Abaixo, a música de Lennon, sobre a insegurança de ser amado:
"Jelous Guy"
"I was feeling insecure, you might not love me anymore"...
John Lennon

https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=i+was+feeling+insecure+you+might+not+love+me+anymore
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sábado, outubro 03, 2015

Chega de solidão: meus pontos fortes e pontos fracos para iniciar e desenvolver relacionamentos

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"Chega de solidão: meus pontos fortes e pontos fracos para iniciar relacionamentos"

Nas minhas sessões de terapia comparecem muitos homens e mulheres que têm dificuldades para iniciar e desenvolver relacionamentos amorosos. Independente do sexo, eles apresentam reclamações semelhantes: “Iniciar um namoro é uma atividade altamente complexa”; “É necessário ser uma pessoa com qualidades excepcionais para atrair um pretendente com qualificações razoáveis”; etc.
Nada disso é verdade. Pelo contrário: sempre que pessoas compatíveis para um relacionamento amoroso estão em um mesmo local ou atividade, o interesse recíproco deveria surgir, se nada fosse feito para impedi-lo.
Os obstáculos para iniciar relacionamentos amorosos podem ser classificados como “objetivos” e psicológicos. Dentre os objetivos podemos destacar os demográficos (percentagens de disponíveis compatíveis em cada faixa etária e nos locais e atividades frequentadas), certas características pessoais que tornam uma pessoa mais ou menos atraente para os possíveis parceiros (beleza, riqueza, traços de personalidade, etc.). Alguns dos obstáculos psicológicos que atrapalham inícios e desenvolvimentos de relacionamentos mas são os seguintes: timidez, baixa autoestima, concepções erradas sobre como iniciar e manter esse tipo de relacionamento, inabilidades para conversar.
O seguinte questionário vai ajudar você a identificar alguns dos seus principais  pontos fortes e pontos fracos para iniciar e desenvolver relacionamentos amorosos.

Meus principais pontos fortes e pontos fracos para iniciar e desenvolver relacionamentos amorosos:

Quais são as minhas características mais positivas e mais negativas para atrair possíveis parceiros amorosos e para desenvolver relacionamentos amorosos com eles?
Faça seu exame e tente descobrir seus pontos positivos e negativos para fins de inícios e desenvolvimento de relacionamentos amorosos.
De uma nota de 0 a 10 para o quanto você concorda com cada uma das afirmações abaixo (coloque sua nota dentro do parêntese). Quanto mais perto do zero for a sua nota, menos você concorda com a afirmação. Quanto mais perto do 10, mais você concorda. A nota cinco significa que você concorda mediamente com a afirmação.
Questionário
(    ) 1- Tenho um grau razoável de facilidade para sentir atração, apaixonar e amar.
Geralmente, nos meus círculos sociais, existem pessoas que me atraem amorosamente. Consigo me apaixonar e amar sem muitas dificuldades.
As capacidades para sentir atração, apaixonar e amar são fundamentais para motivar quem sente e para motivar e atrair possíveis parceiros e para despertar seus sentimentos correspondentes.
A facilidade excessiva para ter esses sentimentos geralmente traz problemas amorosos.
(    ) 2- Existem diversos possíveis parceiros compatíveis comigo nos locais que frequento.
Existem pessoas compatíveis comigo para fins amorosos nos locais que costumo frequentar: trabalho, escola, clubes, etc.
(    ) 3- Existe abundância de possíveis parceiros na minha faixa etária.
Estou em uma faixa etária na qual ainda existem muitos possíveis parceiros disponíveis para fins ou que ainda não estão seriamente comprometidos: existem muitos solteiros, parceiros que estão apenas ficando, parceiros que estão iniciando namoros, etc. Esse tipo de abundância é maior antes dos trinta anos do que depois.
(    ) 4- Costumo usar os caminhos para iniciar relacionamentos.
Principais caminhos para iniciar relacionamentos amorosos: (a) durante interação com conhecidos, (b) durante interação com pessoas apresentadas por conhecidos em comum, (c) com estranhos, depois de um flerte ou abordagem, (d) durante um encontro acidental ou (e) com pessoas entrei em contato através da internet?
(    ) 5 - Quão atraente é o meu físico?
Tenho rosto e corpo bonitos.
(    ) 6- A minha produção me torna mais atraente.
Quão atraente é o meu vestuário, o tratamento que dou aos meus cabelos, os acessórios que uso, etc.?
(    ) 7- Os cuidados com meu físico me tornam mais atraente.
Faço dieta e ginástica?
Tenho muito asseio corporal?
(    ) 8- O mundo que frequento e que ofereço para a minha companhia é atraente.
Alguns exemplos desse mundo:
            - A minha situação econômica é atraente para minhas possíveis parceiras
            - O mundo social que frequento é atraente.
            - Frequento muitas atividades de lazer e culturais
            - Costumo fazer viagens interessantes
(    ) 9- O meu modo de relacionar e a minha maneira de viver contribuem para a expansão do eu de minhas companhias amorosas.
Tendemos a nos apaixonar por pessoas que contribuem para expandir os nossos limites psicológicos: pessoas que nos ajudam a crescer e a nos aperfeiçoar psicologicamente.
(    ) 10- Tenho qualidades que despertam a admiração das pessoas que me interessam amorosamente.
A admiração é um requisito para o amor. Tenho qualidades que são admiradas por várias pessoas ou, pelo menos, por quem me interessa amorosamente? Quais  são essas qualidades?
Tenho defeitos que fazem que as pessoas percam a admiração por mim? Quais são eles?

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