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"Você tem boa noção da imagem que você projeta para outras pessoas?"
Muita gente não faz ideia da forma como é percebida por outras pessoas. Pior ainda, muita gente faz uma ideia completamente errônea da imagem que projeta para outras pessoas. Alguns acham que projetam uma imagem pior do que realmente acontece: são aqueles que têm baixa autoestima, se subestimam e são inibidos. Outros “se acham os tais”, mas, de fato, são muito mal avaliados e considerados presunçosos e pessoas que “comem mortadela e arrotam caviar”!
A percepção dos atributos positivos e negativos de uma pessoa influencia amplamente a própria pessoa e forma como as outras pessoas agem em relação a ela.
A autopercepção afeta profundamente a autoconfiança, a autoestima e a inibição para agir socialmente.
A percepção por parte de outras pessoas afeta profundamente como essas pessoas agem e reagem em relação ao percebido. Essa afetação acontece desde a seleção de um candidato para um emprego ou o atendimento em uma loja, até a atração amorosa e o início de um relacionamento amoroso com a pessoa cujos atributos estão sendo percebidos.
Método para identificar como as outras pessoas nos percebem
Uma das experiências pessoais mais interessantes que já tive, foi a de tentar descobrir como eu era percebido por alunos que não me conheciam anteriormente, para os quais eu tinha acabado de dar a primeira aula de um curso.
Para investigar como eu era percebido, no final dessa primeira aula, que durou cerca de duas horas, pedi que escrevessem em uma folha de papel cinco atributos positivos e cinco negativos que eu parecia ter.
Com base nesses atributos citados, construí uma lista única. Para um atributo ser incluído nesta lista, ele tinha que ter sido citado por pelos menos dois alunos.
Não era necessário que o atributo fosse citado exatamente da mesma forma para ser incluído na lista. As suas variantes também foram consideradas como suficientes para a inclusão. Por exemplo, se uma pessoa citava o adjetivo “seguro” e outra citava o adjetivo “inseguro” ou a expressão “muito seguro”, essas três citações eram consideradas como derivados do atributo raiz “segurança”. Nesta lista final só foram incluídos os atributos raiz, e não as suas variações, como as suas conotações negativas ou variações de intensidade. Por exemplo, no exemplo citado anteriormente foi incluída na lista apenas a palavra “segurança”. No total, foram incluídas na lista 27 atributos (por exemplo, segurança, simpatia, capacidade de comunicação, didática).
Em baixo de cada um dos atributos adicionei uma escala que ia desde “concordo totalmente” até “discordo totalmente”.
Exemplo:
Avalie quanto do seguinte atributo a pessoa que você está avaliando possui:
SEGURANÇA
Totalmente insegura|____|____|____|____|____|____|Totalmente segura
-1 -2 -3 0 +1 +2 +3
Todas essas avaliações foram realizadas anonimamente para aumentar as chances que os alunos expressassem autenticamente suas percepções.
Resultados
Fiquei surpreso com muitas das avaliações: alguns dos meus atributos foram avaliados de forma muito semelhantes pelos alunos e outros, de forma diversificada.
Alguns dos atributos avaliados uniformemente me surpreenderam tanto agradável quando desagradavelmente. Não imaginava que passasse a impressão tão ruim em algumas áreas e tão boa em outras. Também não imaginava que alguns das impressões que eu passava fortemente. Outras impressões que eu imaginava que eu passava nem forma mencionadas!
Ou seja, não imaginamos muito bem a imagem que as outras pessoas fazem de nós!
Por que não conseguimos prever muito bem a imagem que outras pessoas fazem de nós?
A nossa autoavaliação muitas vezes discrepa das avaliações de outras pessoas porque existe uma regra social que manda que nossos interlocutores finjam que acreditam na imagem que queremos projetar, na ausência de fortes razoes em contrário. Por exemplo, quando queremos passar uma imagem que agimos de uma forma admirável em certa circunstância, os nossos interlocutores fingem que acreditam que agimos admiravelmente naquela circunstância. As pessoas evitam nos contradizer ou nos frustrar, a não ser que tenham fortes razões para isso!
Por isso, nunca sabemos direito que tipo de imagem pessoal estamos realmente projetando para outras pessoas.
CONTINUE A LER NO MEU BLOG: ailtonamelio.blog.uol.com.br
ÚLTIMAS VAGAS
Você está convidado para o meu curso que será iniciado no dia 29 da semana que vêm:
CHEGA DE SOLIDÃO:
Como iniciar e desenvolver relacionamentos amorosos
INFORMAÇÕES e INSCRIÇÕES:
https://goo.gl/QoTLgf
"Você tem boa noção da imagem que você projeta para outras pessoas?"
Muita gente não faz ideia da forma como é percebida por outras pessoas. Pior ainda, muita gente faz uma ideia completamente errônea da imagem que projeta para outras pessoas. Alguns acham que projetam uma imagem pior do que realmente acontece: são aqueles que têm baixa autoestima, se subestimam e são inibidos. Outros “se acham os tais”, mas, de fato, são muito mal avaliados e considerados presunçosos e pessoas que “comem mortadela e arrotam caviar”!
A percepção dos atributos positivos e negativos de uma pessoa influencia amplamente a própria pessoa e forma como as outras pessoas agem em relação a ela.
A autopercepção afeta profundamente a autoconfiança, a autoestima e a inibição para agir socialmente.
A percepção por parte de outras pessoas afeta profundamente como essas pessoas agem e reagem em relação ao percebido. Essa afetação acontece desde a seleção de um candidato para um emprego ou o atendimento em uma loja, até a atração amorosa e o início de um relacionamento amoroso com a pessoa cujos atributos estão sendo percebidos.
Método para identificar como as outras pessoas nos percebem
Uma das experiências pessoais mais interessantes que já tive, foi a de tentar descobrir como eu era percebido por alunos que não me conheciam anteriormente, para os quais eu tinha acabado de dar a primeira aula de um curso.
Para investigar como eu era percebido, no final dessa primeira aula, que durou cerca de duas horas, pedi que escrevessem em uma folha de papel cinco atributos positivos e cinco negativos que eu parecia ter.
Com base nesses atributos citados, construí uma lista única. Para um atributo ser incluído nesta lista, ele tinha que ter sido citado por pelos menos dois alunos.
Não era necessário que o atributo fosse citado exatamente da mesma forma para ser incluído na lista. As suas variantes também foram consideradas como suficientes para a inclusão. Por exemplo, se uma pessoa citava o adjetivo “seguro” e outra citava o adjetivo “inseguro” ou a expressão “muito seguro”, essas três citações eram consideradas como derivados do atributo raiz “segurança”. Nesta lista final só foram incluídos os atributos raiz, e não as suas variações, como as suas conotações negativas ou variações de intensidade. Por exemplo, no exemplo citado anteriormente foi incluída na lista apenas a palavra “segurança”. No total, foram incluídas na lista 27 atributos (por exemplo, segurança, simpatia, capacidade de comunicação, didática).
Em baixo de cada um dos atributos adicionei uma escala que ia desde “concordo totalmente” até “discordo totalmente”.
Exemplo:
Avalie quanto do seguinte atributo a pessoa que você está avaliando possui:
SEGURANÇA
Totalmente insegura|____|____|____|____|____|____|Totalmente segura
-1 -2 -3 0 +1 +2 +3
Todas essas avaliações foram realizadas anonimamente para aumentar as chances que os alunos expressassem autenticamente suas percepções.
Resultados
Fiquei surpreso com muitas das avaliações: alguns dos meus atributos foram avaliados de forma muito semelhantes pelos alunos e outros, de forma diversificada.
Alguns dos atributos avaliados uniformemente me surpreenderam tanto agradável quando desagradavelmente. Não imaginava que passasse a impressão tão ruim em algumas áreas e tão boa em outras. Também não imaginava que alguns das impressões que eu passava fortemente. Outras impressões que eu imaginava que eu passava nem forma mencionadas!
Ou seja, não imaginamos muito bem a imagem que as outras pessoas fazem de nós!
Por que não conseguimos prever muito bem a imagem que outras pessoas fazem de nós?
A nossa autoavaliação muitas vezes discrepa das avaliações de outras pessoas porque existe uma regra social que manda que nossos interlocutores finjam que acreditam na imagem que queremos projetar, na ausência de fortes razoes em contrário. Por exemplo, quando queremos passar uma imagem que agimos de uma forma admirável em certa circunstância, os nossos interlocutores fingem que acreditam que agimos admiravelmente naquela circunstância. As pessoas evitam nos contradizer ou nos frustrar, a não ser que tenham fortes razões para isso!
Por isso, nunca sabemos direito que tipo de imagem pessoal estamos realmente projetando para outras pessoas.
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