domingo, maio 28, 2017

Problemas para manter seus relacionamentos? Informe e pergunte sobre assuntos em andamento.

A manutenção de relacionamentos saudáveis exige muitas medidas e atitudes. Uma delas é a demonstração de interesse e consideração pelo parceiro.
Quando há intimidade entre os parceiros, é necessário que cada um deles mostre interesse pela evolução dos acontecimentos que estão afetando o outro.
A maneira de fazer isso é perguntar e acompanhar os acontecimentos que estão acontecendo ou previstos para acontecer com o outro. Fazer isso é mostrar que se importa com o outro. Deixar de fazer é um dos principais sinais de desconsideração e indiferença.

Principais tipos de assuntos em andamento

Assuntos em andamento são aqueles que:
1- Já ocorreram, mas seus efeitos provavelmente ainda continuam presentes nos pensamentos e sentimentos do interlocutor.  
Por exemplo, José encontra André durante uma exposição. Na última conversa, André relatou que havia levado um fora da namorada. Logo após os cumprimentos, José pergunta para André como ele estava se sentindo agora com o fora da namorada.
2- Estão programados para ocorrer proximamente
Sempre existem acontecimentos programados para acontecer. Por exemplo, quase todo mundo tem contas a pagar, exames de saúde para realizar, acontecimentos agradáveis esperados.
Exemplos de perguntas sobre assuntos em andamento
Perguntas usadas para acompanhar os acontecimentos em andamento do interlocutor:
Carlos acompanha o que se passa com Darlene antes, durante e depois do seu processo de seleção para um emprego.
Darlene está participando de um processo seletivo para um emprego. Veja as perguntas que Carlos apresentou para ela:
Antes do acontecimento: “E ai? Você está preocupada com o processo seletivo que será iniciado na próxima semana?”.
Durante o acontecimento: Como você está se saindo nas etapas da seleção de emprego que estão sendo realizadas?
Depois do acontecimento: Como você está se sentindo com os resultados da seleção que você participou?
André sempre pergunta pelos assuntos em andamento dos seus interlocutores
André é muito gentil.
Mesmo que passem meses sem ver uma pessoa, ele se lembrará daquilo que estava ocorrendo ou ia ocorrer com ela quando conversaram na última vez. Por exemplo, quando reencontra a pessoa, ele pergunta sobre os resultados do checkup que ela ia realizar quando se falaram anteriormente; sobre o primeiro encontro que ela ia ter com aquele rapaz; sobre o trabalho que ela ia apresentar na escola. Etc. Por isso, todos aqueles que se relacionam com ele sentem-se queridos e considerados.
Julieta ficou ressentida porque seu namorado não perguntou sobre seu primeiro dia no novo 

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sábado, maio 20, 2017

Quando o ciúme beneficia o relacionamento: ciúme preventivo e ciúme retaliador

A mãe, chega em casa e procura por Lola. Ela não está em lugar nenhum! Estarrecida, ela olha para a janela: lá está Lola, do lado de fora, pés no parapeito estreito, agarrada na moldura do vidro!
A mãe grita: Saia dai!!!!
Lola responde:
Você não confia em mim?
Não vou cair, não!
Estou me segurando bem!
Olha! Estou segurando com uma mão só!
Oooohhhh, aiiiiiiiiiiiiiiii”. ........
Ploffffft
Assim dizia Lola, que estava fora da janela, no décimo primeiro andar do prédio onde morava. Infelizmente, caiu...........
Ela confiava muito em si e, por isso, expunha-se demais aos riscos!
Rebelava-se contra a mãe que queria controla-la para não fazer isso!
Achava que a mãe era controladora, possessiva, insegura...
Evitar perigos pode ser necessário. Por mais confiante que sejamos, por mais que confiemos faz que nos exponhamos a outras pessoas, a situações e a substâncias podem alterar nossas percepções, nossos objetivos, nossos desejos e tudo isso aumenta as chances de que mais dia menos dia escorreguemos janela abaixo...
Por outro lado, evitar perigos demais sufoca a si próprio e ao relacionamento.

A nossa sociedade aprova certos sentimentos e condena outros

A nossa sociedade classifica os sentimentos e emoções segundo um contínuo que vai desde extremamente desejáveis até o outro extremo onde estão os sentimentos extremamente indesejáveis
Entre os sentimentos desejáveis estão a compaixão, a alegria a empatia e próximo do outro extremo, os indesejáveis, estão o ódio, a inveja e o ciúme.
“Homem não tem medo”, “Homem não chora”.
O ciúme é considerado um sentimento mostrado por aqueles que são imaturos e é um sinal de fraqueza.
A abordagem científica não classifica esses sentimentos e emoções usando termos avaliativos ou condenatórios. Pelo contrário, a atitude preponderante é de respeito e curiosidade. A curiosidade é pelas causas e funções e universalidade
Se o sentimento ou emoção é observado em todas as culturas e em espécies próximas ás nossa, a hipótese mais forte é que ele tem raízes genéticas.
Muitas expressões de emoções, por exemplo, provavelmente têm fortes influências genéticas. Elas são universais, mostradas por recém-nascidos, mesmo quando nascem cegos, reconhecidas precocemente e mostradas por espécies de animais próximos. Esse é o caso da alegria, raiva, nojo, surpresa, tristeza e medo.
Diga-se de passagem, que o ciúme é mostrado universalmente e também é mostrado por várias espécies de macacos onde os rivais são agredidos juntamente com as fêmeas que estão mostrando sinais de traição.
Muitos desses sentimentos e emoções têm funções bastante conhecidas: a nossa espécie nem sobreviveria sem eles. Este é o caso do medo por exemplo.
Medo de menos é mortal, medo demais é paralisante e mortal também.
Quem não tem medo de nada, morre em pouco tempo: atravessa na frente dos carros, dependura-se em janelas de prédios, enfrenta bandidos nas ruas.
Quem tem medo de mais, anula-se: não sai de casa por medo de assalto, não inicia namoros, não fala na frente de salas de aula. O medo útil é aquele que é proporcional aos riscos.
No caso do ciúme, os inconvenientes são mais óbvios do que os benefícios.
Ele é desagradável para todos que sentem ciúme. Também não é suportado por muitos que são objeto de ciúme (desconfiança, restrição, insegurança do ciumento). Causa fortes transtornos para o relacionamento: brigas, restrições, prejuízos a amizades, prejuízos para a carreira.
Pior de tudo é o ciúme exacerbado e baseado em medos irrealistas
No entanto, tal como o medo, a ausência de ciúme em quaisquer circunstâncias pode ser tão prejudicial como o ciúme exagerado em muitas circunstâncias.
Não ter ciúme de ninguém e em nenhuma circunstância é irrazoável e pode levar rapidamente ao final do relacionamento: os parceiros logo se envolvem com outras pessoas e desfazem o relacionamento original.
O ciúme benéfico é aquele que é proporcional aos riscos. Ele é ainda mais benéfico quando é encaminhado da forma certa.
O relacionamento pode terminar por diferentes motivos. Segundo pesquisas recentes, os principais desses motivos são o esvaziamento (os parceiros perdem o interesse um pelo outro e pelo relacionamento), brigas muito frequentes e graves e as traições.
Essas três causas são relacionadas. Por exemplo, se o relacionamento esvaziou ou se ficou desagradável devido a brigas, tudo isso aumenta as chances de traições.
Vamos abordar neste artigo apenas a última dessas causas das dissoluções de relacionamentos: as traições. O ciúme razoável ajuda a manter o relacionamento.

Prevenção e retaliação: duas medidas para diminuir as chances de traições

Nada melhor para diminuir as chances de traições do que um bom relacionamento. No entanto, abordaremos aqui dois outros mecanismos que servem para diminuir diretamente as chances de traições: medidas preventivas e medidas retaliadoras das traições.
Esses dois tipos de medidas geralmente, mas nem sempre, são motivadas pelo ciúme. Exemplo de outras motivações: interesse em manter o relacionamento que está sendo ameaçado por que ambos os parceiros estão se expondo demais a possíveis rivais.
Medidas preventivas contra traições
As prevenções a exposições ao risco são aquelas medidas que visam impedir que o parceiro se exponha demais a situações que aumentam as chances de envolvimento com possíveis rivais.
Medidas retaliadoras contra traições
As retaliações são aquelas sanções que ocorrem após a traição: terminar o relacionamento, pagar da mesma moeda, retirar privilégios, processar por danos morais e, infelizmente, agredir verbal e fisicamente, o que é completamente inadequado e intolerável.
A punição tem caráter vingativo: fazer sofre quem lhe fez sofrer. Todas as medidas legais funcionam assim: crime e castigo!
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domingo, maio 14, 2017

Como ouvir desabafos

Muita gente não sabe como se portar diante de um desabafo. Certas pessoas procuram minimizar os significados dos fatos que causaram o desconforto em quem está desabafando. Outras pessoas contam histórias pessoais semelhantes àquelas relatadas por quem desabafa, porque acreditam que a desgraça compartilhada é menor. Outras, ainda, partem para os conselhos e para as indicações de soluções para diminuir o mal que está sendo relatado.
É possível que todos estes procedimentos tenham os seus efeitos positivos. No entanto, um procedimento que, creio, é dos mais proveitosos, tem os seguintes passos:
  • Fase de entendimento do que está se passando com o outro
    • Ouvir atentamente o que está sendo relatado
    • Não apresentar opiniões
    • Empatizar com os seus sentimentos que estão sendo apresentados. Por exemplo:
            Mostrar expressões faciais das emoções correspondentes ao que quem está desabafando estaria sentindo
            Emitir vocalizações emocionais compatíveis com o que está sendo relatado (“Ah!, “Nossa!, “Terrível!”).
  • Pedir esclarecimentos que facilitem a compreensão do relato
  • Não dar conselhos não solicitados
  • Não contar casos semelhantes (deixar quem desabafa ser o centro das atenções). Esses relatos podem desviar o foco de quem desabafa e do desabafo.
  • Depois de um tempo, quando o desabafo já foi satisfatoriamente realizado, é provável que quem desabafou manifeste o desejo de ouvir o interlocutor: as regras que regem os turnos e a necessidade de feedback levarão ele a agir desta forma (geralmente não posso falar sozinho sem ouvir o outro).
  • Agora sim, aquelas coisas omitidas anteriormente podem ser bem vindas (contar casos semelhantes, colocar-se à disposição para ajudar, etc.).
  • Apresentar feedback mais amplo do que simplesmente empatizar, sem condenações e baseado naquilo que percebeu da situação do outro.
    • Usar adjetivos para classificar o que foi relatado: “Fácil”, “Difícil”, etc.
    • Relatar como percebeu os sentimentos do outro em tal situação.
    • Raciocinar com outras informações para enriquecer os comentários.
Exemplo de diálogo contendo um desabafo e sua recepção
Convenções:
D – Quem desabafa.
O – Ouvinte
Meus comentários estão entre colchetes  [  ]
            D - Estou furiosa.
            O - O que aconteceu? [Pergunta induzida pela frase acima. O ouvinte, por exemplo, não se sente à vontade para dizer “Que bonito brinco!” Mesmo que o diga (se o brinco for excepcionalmente bonito), ele se sentirá compelido a dizer, em seguida, algo do tipo “Porque você está furiosa?”]
            D- Meu ex-marido tratou pegar a nossa filha e deu cano!
O - Deu cano? [A repetição dessa parte da frase acima incentiva o interlocutor a expandi-la]
D - Sim. Ele sempre faz isso. Ele cria este tipo de expectativa para ela, não cumpre e depois ela fica chorando.
O - Que chato! [“Empatiza” – mostra sentimento semelhante ao do interlocutor]
E você como está se sentindo? [Mostra interesse pelos seus sentimentos].
            D- Revoltada! Eu ainda vou aprontar com ele.
            O - É? O que você pensa em fazer? [Pergunta para incentivar O a desenvolver o que falou na frase acima]
            D- Da próxima vez que ele se atrasar, vou sair com ela. Ele sempre foi assim, irresponsável. Ele também está com a pensão atrasada. Vou processá-lo.
O – [Apresenta cara de pesar para empatizar com os sentimentos de D] A pensão também está atrasada? [Pergunta para estimular a expansão dessa informação].
            D - Sim. É um canalha. Dá vontade de matar aquele desgraçado. [Não desenvolve a informação solicitada. Prefere expressar a sua raiva]
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domingo, maio 07, 2017

Vida sem brilho e alegria: passividade excessiva!

A mesmice, a apatia, a falta de brilho na vida são frutos ou de distúrbios orgânicos ou de maneiras equivocadas de ver a si próprio, os fatos e os acontecimentos!
Estilos de expressão de sentimentos e pensamentos
Em situações sociais, podemos expressar aquilo que sentimos e pensamos de quatro maneiras:
(1) Reagir agressivamente (agressividade)
Uma ação agressiva é aquela apresentada com o objetivo, consciente ou inconsciente, de provocar ferimento psicológico ou físico no interlocutor.
A agressão pode acontecer de diversas formas: (1) através do conteúdo daquilo que é dito (por exemplo, dizer ou escrever coisas ofensivas), (2) através da comunicação não verbal (por exemplo, apresentar expressões faciais e vocais de raiva, desprezo, nojo) e (3) através de ações físicas (por exemplo, bater, morder, atirar coisas, agir grosseiramente).
As agressões psicológicas mais graves são as seguintes: fazer acusações à personalidade, mostrar nojo ou desprezo pelo interlocutor. A expressão da raiva e críticas dirigidas a comportamentos específicos são formas mais amenas de expressar agressividade.
Um dos motivos da agressão é o revide à outra agressão. Neste caso, o agressor segue o ditado “Olho por olho, dente por dente”. A agressão motivada pela raiva  geralmente é considerada menos grave do que a agressão que é perpetrada fria e premeditadamente.
(2) Reagir passiva-agressivamente:
Agredir disfarçadamente (mistura de passividade com agressividade)
Neste caso, a pessoa agride indireta e disfarçadamente. Age indiretamente porque não consegue agir diretamente. Por isso, é um pouco passiva. Não é totalmente passiva porque agride disfarçadamente.
(3) Apresentar adequadamente os sentimentos e pensamentos (assertividade)
Uma ação assertiva é aquela expressa os sentimentos e os pensamentos do seu autor de forma adequada e na situação adequada.
As principais motivações das nossas comunicações e ações assertivas são aquilo que estamos sentindo e pensando e não os medos de ser rejeitado, de ser considerado inadequado, de perder o respeito das outras pessoas, de estar sendo inconveniente, de estar sendo aturado ou de estar usurpando um lugar ou um tempo que não é nosso.
A assertividade também acontece quando uma pessoa não se submete a um interlocutor manipulativo. Quando deseja, a pessoa assertiva limita as revelações de seus sentimentos e pensamentos (não revela só porque o interlocutor deseja que ele faça isso; só revela aquilo que deseja ou só revela na dose que deseja), não se resigna ao papel de ouvinte passivo (inerte) e se recusa a agir de maneira que não concorda só para atender o desejo do interlocutor.
(4) Omitir ou simular sentimentos e pensamentos (passividade)
A pessoa passiva omite aquilo que está sentindo e pensando, tanto nas suas comunicações quanto na sua forma de agir não comunicativamente. É a “engolidora de sapos”. Outra forma de passividade é a simulação de ações e reações para agradar o interlocutor.
Quando age passivamente, a pessoa se anula e se neutraliza como interlocutora. Esse estilo só é bem vindo quando o interlocutor é um falante compulsivo e desrespeitoso, que é capaz de falar até com a mensagem automática de uma secretária eletrônica.
Muitas vezes, o passivo não consegue ser assertivo porque teme prejudicar sua imagem pessoal, ser grosseiro, pressionar ou constranger os seus interlocutores. Na maioria das vezes, a resposta socialmente esperada contém certo grau de passividade cooperativa ou a disfarçada.
A pessoa passiva omite aquilo que está sentindo e pensando, tanto nas suas comunicações quanto na sua forma social e não comunicativa de agir (dividir uma tarefa chata, por exemplo). É a “engolidora de sapos”.
A pessoa passiva omite aquilo que está sentindo e pensando, tanto nas suas comunicações quanto na sua forma de agir. É a “engolidora de sapos”.
Quando age passivamente, a pessoa se anula e se neutraliza como interlocutora. Esse estilo só é bem vindo quando o interlocutor é um falante compulsivo e desrespeitoso, que é capaz de falar até com a mensagem automática de uma secretária eletrônica.
Muitas vezes, o passivo não consegue ser assertivo porque teme prejudicar sua imagem pessoal, ser grosseiro, pressionar ou constranger os seus interlocutores. Na maioria das vezes, a resposta socialmente esperada contém certo grau de passividade cooperativa ou a disfarçada.
A pessoa passiva omite aquilo que está sentindo e pensando, tanto nas suas comunicações quanto na sua forma social e não comunicativa de agir (dividir uma tarefa chata, por exemplo). É a “engolidora de sapos”.
Esses quatro tipos de expressões podem acontecer tanto quando sentimos e pensamos coisas positivas quanto sentimos coisas negativas. Por exemplo, podemos omitir ou expressar adequadamente a nossos sentimentos quando gostamos ou quando não gostamos das ações do nosso interlocutor.
Cada um destes estilos de ação pode ser o mais apropriado dependendo das circunstâncias. No entanto, a forma assertiva de agir geralmente é a mais apropriada do que as outras três e produz mais resultados positivos do que elas.

Três estilos de passividade

O termo “passivo” é usado aqui para nomear aqueles episódios onde os comportamentos são mais controlados pelo que os outros esperam ou desejam, ou pelo que o passivo imagina que se passa com os outros, e não pelos sentimentos e desejos da própria pessoa que é passiva.
Vamos examinar agora três estilos de passividade:
Passivo conformado
Este tipo de passivo já deixou de ter conflitos internos por não expressar o que sente e pensa. Acabou alterando ou reprimindo os sentimentos e desejo para que não conflitassem com aquilo que os outros esperam. Foi “domesticado”.
Inácio: passivo conformado
A vida de Inácio era bem morna
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terça-feira, maio 02, 2017

Polidez: habilidade para ser agradável nas conversas

 A polidez é a arte de fazer o interlocutor sentir-se melhor, evitar falar coisas desagradáveis e amenizar, o máximo possível, a comunicação de coisas desagradáveis inevitáveis.

Polidez na comunicação

Uma das principais áreas onde a polidez é necessária é na comunicação. O ser humano é muito melindroso, sensível e delicado em relação à forma como os outros se dirigem a ele. Quase tudo pode ser dito, dependendo da maneira como é dito. Dizer as coisas da forma certa pode ser tão ou mais importante do que aquilo que é dito.
Cada pensamento pode ser expresso através de muitas palavras diferentes e de muitas formas diferentes. Por exemplo, ele pode ser expresso através de diversas palavras que têm significados semelhantes, através de diversos tons de voz e de forma direta ou indireta. Muitos destes vocabulários e formas de expressão, além de comunicar as ideias, também expressam, simultaneamente, diferentes graus de polidez. Para ser polido é necessário escolher as palavras e o tom de voz que não causem desconforto e, quando for impossível, tomar outras medidas para atenuar o desconforto. Sempre que possível, devemos procurar sermos agradáveis e melhorar a estima do interlocutor.
A polidez diz respeito às palavras que são usadas, à contextualização que é criada para emoldurar adequadamente as comunicações e a comunicação não verbal que antecede, acompanha ou segue o que é dito (tom de voz suave ou ríspido, cara sorridente ou de escárnio, etc.).
Imagine, por exemplo, os diferentes efeitos na sensibilidade de quem recebe os seguintes pedidos ou ordens:
“Abra a janela.”
“Você se incomodaria de abrir a janela?”
“Está quente aqui, não é? A janela está fechada...”.
O objetivo de quem apresenta esses pedidos, insinuações ou ordens é abrir a janela. As comunicações que esta pessoa está usando para alcançar seu objetivo podem ser rudes, impositivas ou delicadas. Isso influirá tanto no sucesso dos seus objetivos quanto nos sentimentos do interlocutor que receberá essas comunicações.
A polidez na comunicação deve ser manifestada:
- Pelo ouvinte e pelo falante,
- Através da comunicação não verbal e através da comunicação verbal,
- Através da forma e através do conteúdo da comunicação.
A polidez consiste na tomada dos seguintes cuidados:
1- Contribuir para que os interlocutores se sintam melhor
Validá-los, mostrar admiração por eles, elogiá-los.
2- Evitar ações que poderão fazê-los sentirem-se desconfortáveis.
Evitar dizer que o interlocutor está errado, evitar apontar seus erros, corrigi-lo, criticá-lo, ignorá-lo, comandá-lo explicitamente.
3- Tomar medidas para amenizar desconfortos causados por intervenções inevitáveis . (Ver essas medidas abaixo).

Medidas para amenizar desconfortos causados por intervenções inevitáveis

Uso de amenizadores para amenizar o impacto negativo de comunicações desconfortáveis que devem ser apresentadas
O uso de amenizadores consiste na substituição de formulações desagradáveis e ameaçadoras por outras mais amenas. Os principais tipos de amenizadores de ameaças verbais são os seguintes (baseado em Orechionni):
1- Usar a comunicação indireta quando for dizer algo que ameace a estima do interlocutor
Exemplos
  • Substituir uma ordem (mais coercitiva) por uma pergunta (menos coercitiva):
Por exemplo: ao invés de dizer “Abra o vidro do carro”, dizer “Você poderia abrir o vidro?” ou “Está abafado aqui, não é? Você se importaria caso eu abrisse um pouquinho os vidros?”.
  • Apresentar uma pergunta que equivale a uma reprovação
Ao invés de dizer: “Não quero que você faça isso” dizer “Você não vai fazer isto de novo, vai?”.
  • Apresentar uma confissão de incompreensão que equivale a uma crítica
Ao invés de dizer: “Você não foi claro”, dizer “Realmente, não estou entendendo você”.
2- Usar desatualizadores:
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