segunda-feira, dezembro 01, 2025

As portas da percepção

 Você já teve a sensação de que já pensou tudo o que havia para pensar sobre um problema, contou a história inteira para alguém… e, mesmo assim, algo ainda parece “mal resolvido” por dentro?

Não estou me referindo ao mundo das drogas, das experiências paranormais ou do transe. Estou falando de algo muito mais simples e acessível: o que acontece quando você continua olhando para um fato mesmo depois de achar que já esgotou o assunto.

A primeira versão costuma sair fácil. É a leitura automática e oficial das coisas: o jeito habitual como você explica o que aconteceu. Ela vem cheia de atalhos, velhos argumentos, justificativas prontas e um monte de suposições que você nem percebe que está usando.

Mas é justamente quando dá um “branco” — quando você pensa “pronto, não tenho mais nada para dizer sobre isso” — que pode estar começando a parte mais interessante. Se você não abandona o fato nesse ponto e continua prestando atenção no fenômeno ou na sua representação mental, pode se abrir uma porta para algo novo.

Podemos chamar isso de exercício da segunda leitura. Ele começa quando você se pergunta, com honestidade:

  • “Como eu poderia ver esse acontecimento sob outro ângulo?”

  • “Existem outras explicações possíveis para o que aconteceu?”

  • “Que detalhes eu contei depressa demais e podem esconder suposições minhas?”

Um exemplo simples: você briga com um amigo e, na primeira leitura, a conclusão é: “Ele me desrespeitou, ponto final.” Se você fizer a segunda leitura, pode descobrir que: você já estava irritado antes da conversa, interpretou o tom dele como ataque, supôs que ele “tinha que saber” como você iria se sentir, ignorou coisas boas que ele costuma fazer. O fato é o mesmo, mas o mapa muda — e, com ele, mudam também as possibilidades de resposta.

Quando você revisita o acontecimento dessa maneira, outros mundos e outras realidades começam a aparecer atrás da primeira leitura superficial dos fatos. Você não muda a história que aconteceu, mas muda o jeito de enxergá-la — e isso pode mudar tudo: o que você sente, o que decide fazer e o tipo de vida que constrói a partir daí. Essas são as verdadeiras portas da percepção.

(Texto editado pelo ChatGPT)