domingo, julho 17, 2016

A sua vida e a do parceiro estão integradas da forma que você esperava?

Quanto e como você espera que as áreas da sua vida sejam integradas com as áreas da vida do parceiro?
Insatisfação no início do relacionamento
Martha está começando um namoro com Joel. Eles se veem nos finais de semana, mas, muito raramente durante a semana. Além disso, quase nunca trocam mensagens durante os dias da semana.
Martha, no início do relacionamento, mandava mensagens para Joel. No entanto, ela logo percebeu que era sempre ela que tomava essa iniciativa. Resolveu, então, esperar que Joel lhe mandasse a primeira mensagem do dia. Ele nunca o fez. Assim, o relacionamento ficou restrito aos finais de semana.
Ela não queria um relacionamento assim. A vida era muito curta para desperdiçá-la em um relacionamento tão minguado. Por mais que gostasse de Joel, não pretendia ter na sua vida alguém tão ausente, que empatava seu tempo, mas não apresentava um bom volume de relacionamento prazeroso. Não queria um namoro tão rarefeito. Martha resolveu, então, terminar esse relacionamento!

Expectativas de compartilhamento de áreas da vida

Quando entramos em um relacionamento, esperamos compartilhar a nossa vida interna (pensamentos, sentimentos, expectativas, objetivos, etc.) e externa (atividades profissionais, encargos e vantagens econômicas, amizades, lazer, etc.) com nosso parceiro.
Muitos conflitos entre casais acontecem, desde o início do relacionamento, quando os parceiros têm expectativas diferentes sobre quanto, em que áreas e de que forma pretendem compartilhar suas vidas com o outro.
Por exemplo, logo no início do relacionamento, os namorados podem ter expectativas diferentes sobre quantas vezes por se semana se encontrarão e sobre o quanto compartilharão seus sentimentos e pensamentos. Posteriormente, quando estão planejando o casamento, podem surgir divergências sobre o regime de comunhão de bens. Posteriormente podem surgir divergências sobre a participação na criação dos filhos, sobre a participação em atividades sociais e sobre o compartilhamento de amizades.
Uma teoria sobre esse tipo de compartilhamento é apresentada por Wendy M. Williams e Michael L Barnes, no  capítulo Love Within Life, no  livro “Pychology of Love”, de Robert Sternberg e Michael Barnes (veja a citação na Nota1, no final dessa página). Essa teoria representa essas expectativas através de dois quadrados, um dentro do outro. O quadrado maior é usado para representar a vida total dos dois parceiros. Dentro desse quadrado, há outro quadrado que representa a vida pessoal dos parceiros.
As expectativas sobre a integração das vidas podem ser diferentes entre eles. Um pode esperar que o quadrado interno seja quase do mesmo tamanho do quadrado externo (a vida pessoal seria quase inteiramente compartilhada com o outro parceiro). O outro parceiro pode esperar algo diferente: o quadrado interno seria bem menor do que o quadrado externo (a vida em comum seria bem menor do que o total da vida de cada parceiro). Quando há diferença de expectativas sobre o quanto os dois parceiros compartilharão suas atividades surgirão insatisfações e conflitos.

Exemplos de áreas onde costuma aparecer divergências sobre a integração de atividades

– Frequência dos relacionamentos: um namorado espera ver o outro várias vezes por semana e o outro só espera encontros nos finais de semana.
– Comunicação. Um parceiro espera que o casal mantenha contatos frequentes todos os dias. Por exemplo, que troquem várias mensagens. O outro só espera que comunicação aconteça no final do dia.

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