sábado, agosto 29, 2015

Entenda porque você está passando tempo demais na internet

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"Entenda porque você está passando tempo demais na internet"

“O que está acontecendo comigo? Fico cada vez mais tempo na internet. Isto está prejudicando o meu trabalho, minhas amizades, o relacionamento com minha família, o meu sono...”. No meu consultório tenho ouvido, cada vez mais, esse tipo de pergunta e pedido de ajuda.
Por que, cada vez mais, a internet está monopolizando o tempo das pessoas em detrimento de outras atividades essenciais?
Esse é o tema que vamos abordar nesse artigo.

Tipos de uso da internet
A internet pode ser usada com várias finalidades. Quatro dos tipos mais importantes de usos da internet são os seguintes:
1- Uso profissional: propaganda, contatos profissionais, etc.
2- Uso educacional: acesso a textos técnicos, realização de cursos online, etc.
3-  Uso recreacional: assistir filmes, participar de jogos, etc.
4-  Uso social: participar de bate papos, divulgar e tomar conhecimento de eventos sociais, etc.
Todos esses usos são uteis. A nossa vida foi extremamente beneficiada e facilitada com o advento da internet.  O problema acontece quando um, ou mais que um, desses usos começa a ocupar muito tempo e a prejudicar outras áreas importantes da nossa vida.
Exemplos:
Uma pessoa pode adquirir o hábito de trocar mensagens durante o jantar com a família e com os amigos. Isso implica em pouca participação no que está ocorrendo ao redor. As outras pessoas se sentem desprezadas e desprestigiadas pela falta de atenção do viciado em internet.
Algumas pessoas prejudicam suas vidas profissionais porque passam tempo demais em sites sociais e recreacionais quando deviam estar trabalhando. Certas pessoas interrompem, a todo o momento, suas tarefas para ver o que está se passando na internet.
Algumas prejudicam suas horas de sono porque ficam noite adentro na internet ou porque acordam durante a noite para checar se chegou alguma mensagem ou para fiscalizar se o parceiro amoroso está online!
Para todas essas pessoas, a internet virou uma espécie de compulsão.

Porque a internet é viciante?
Como explicar a quantidade de tempo que dedicamos à internet, mesmo quando essa dedicação causa sérios prejuízos em outras áreas importantes de nossas vidas, existem riscos inerentes à exposição pública da vida pessoal e os outros tantos custos e, por outro lado, esse tipo de participação quase nada trás de positivo?
Alguns mecanismos psicológicos que contribuem para esse tipo de vício são os seguintes:

Participar da internet pode ser muito agradável
Participar da internet pode produzir consequências que variam desde extremamente positivas até extremamente negativas. Por exemplo, praticar sexo virtual pode ser extremamente agradável para algumas pessoas. Ser rejeitado e agredido verbalmente pode ser extremamente desagradável.
Acontecimentos extremamente agradáveis ou extremamente desagradáveis são mais raros. O mais comum são os momentos ligeiramente positivos ou, seja, mornos.
Muita gente participa da internet para receber este fluxo contínuo de entretenimento e recompensas ligeiramente agradáveis e intrigantes.

Fuga de coisas desagradáveis
A mudança de uma atividade para outra mais agradável ou para outra menos desagradável que a anterior funciona como recompensa. Essa mudança produz um saldo positivo de resultados.
Muita gente foge para a internet, não porque lá aconteça algo muito agradável, mas sim, porque os momentos na internet funcionam como uma pausa em algo desagradável que estava fazendo! Essas pausas podem se tornar muito frequentes.

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quarta-feira, agosto 26, 2015

Minha entrevista para o Ig: "Amores livres: quando duas pessoas não bastam"

Leia a minha entrevista para o Ig:
"Amores livres: quando duas pessoas não bastam"

http://delas.ig.com.br/amoresexo/2015-08-26/amores-livres-poliamor.html

sábado, agosto 22, 2015

"Ghosts": por que os homens somem nos inícios de relacionamentos?

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"Ghosts": por que os  homens somem nos inícios dos relacionamentos?"


Tenho ouvido muitas reclamações sobre um tipo de desconsideração que está cada vez mais frequente nos inícios dos relacionamentos amorosos: os homens somem de repente, “Dão um perdido”, como se diz por ai, ou viram “Ghosts”, como está na moda dizer.
É claro que certas mulheres também dão perdidos nos homens. No entanto, como aparentemente são eles que agem mais frequentemente desta forma, neste artigo vou me referir somente a eles como autores desta prática lastimável.
Esse sumiço pode ocorrer durante o primeiro encontro (“Vou ali e já volto”), após o primeiro encontro (“Dê-me o seu telefone. Ligo para você amanhã”), após a primeira ou primeiras relações sexuais (“Ele só queria aquilo. Depois que obteve, sumiu!”) ou após algumas semanas de relacionamento (“Era só paixão”).
Neste artigo vamos examinar os principais motivos desses sumiços.
Alguns desses ghosts somem e depois reaparecem muitas vezes, como se nada houvesse acontecido.

Motivos do desaparecimento do parceiro
Mau-caratismo juramentado
Neste caso, o homem sabe, desde o início, que só quer sexo com aquela mulher. No entanto, ele calcula que não pode deixar isso muito claro. São raras as mulheres que aceitam transar com um recém-conhecido logo de cara, ainda mais quando ele deixa claro que o seu interesse é puramente sexual.
Para obter o que quer, ele mente, simula e dissimula: insinua que gosta dela e que pode vir a ter um compromisso com ela. Depois que obtém o que queria, como diziam nossas avós, ele some!
Agir assim é mau-caratismo juramentado, como diria Odorico Paraguaçu, o saudoso prefeito de Sucupira!

Confusão entre desejo e paixão
Primeiro encontro. O rapaz está fascinado por você. Ele passa boa parte do tempo executando esplendorosamente a dança do acasalamento: mostra muito envolvimento com a conversa, não tira os olhos de você, exalta repetidamente a sua beleza, reage fortemente a tudo que você diz, se desmancha de tanto rir para qualquer coisa engraçada que você diz, faz planos para o futuro de vocês e mostra muito romantismo!
Logo, logo, vocês estão aos abraços e beijos. Vão para outro lugar mais reservado, começam as intimidades sexuais e logo vão para a cama. Transam diversas vezes. Em seguida, ele murcha: perde a animação, não puxa assuntos, responde ao que você diz com monossílabos, não toca mais em você, dá sinais que quer ir embora, apresenta uma desculpa e logo vai embora. Nunca mais ligou para você, não responde mensagens e não atende ligações! Evaporou-se, virou um fantasma!
Hipótese sobre a origem da confusão entre paixão e desejo
A confusão entre desejo e paixão é mais frequente entre os homens do que entre as mulheres. Uma teoria para explicar essa confusão e porque ela seria mais frequente nos homens do que nas mulheres é oferecida em seguida.
Geralmente, para que as mulheres aceitem fazer sexo, elas apresentam duas condições: (1) que sintam atração pelo homem e (2) que ele dê sinais que gosta delas.  Também ajuda bastante quando ele dá sinais que pode vir a ter um compromisso com elas.
Pois bem, já que as mulheres apresentam essas exigências, a natureza preparou os homens para sentirem que gostam delas e que poderiam se comprometer com elas, mesmo quando não estão predispostos para nenhuma dessas duas coisas e tudo que eles querem é sexo: a natureza fez que eles confundissem atração sexual com paixão.
Depois que eles praticam sexo, ai fica claro se era só isso que queriam ou se realmente sentem mais alguma coisa por elas.
Quando tudo o que querem é sexo, após o sexo, eles perdem o entusiasmo, dormem ou querem ir embora rapidamente e não voltam a ligar para ela.... até que o desejo volte e eles concluíram que ela não se apaixonou por eles e que não vai ficar pressionando-os para se envolverem em um relacionamento.
Essa confusão ente desejo e paixão só ocorre quando existe alguma atração romântica pela mulher. Nos outros casos, quando a mulher realmente atrai ou, pelo contrário, quando ela está muito distante daquela mulher por quem ele se apaixonaria, não acontece essa confusão entre atração sexual e apaixonamento.
As mulheres raramente confundem desejo sexual com paixão. Elas são mais propensas a confundir status elevado ou boa condição econômica do parceiro com paixão (quem é rico ou poderoso fica mais atraente e fascinante para elas! Alô, Mister Gray!).

Atração pela novidade ou efeito Coolidge
Muitas pessoas sentem uma grande atração pela primeira, ou primeiras, relação sexual com um novo parceiro.

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quinta-feira, agosto 20, 2015

Você deve compartilhar suas senhas com seu parceiro amoroso?

Ouça a minha entrevista na Rádio Globo a esse respeito:
"Psicólogo fala sobre uso de mídias sociaisAilton Amelio Silva, psicólogo e professor do Instituto de Psicologia da USP, diz que para os parceiros terem acesso as senhas de emails, celular e redes sociais um do outro, é importante distinguir o motivo que levou o casal a compartilhar a senha. "Muitas vezes o que está por trás disso é o ciúme, a insegurança, o medo da traição", diz. "O relacionamento tem que ser baseado na confiança mútua e não na suspeita mútua", completa."http://radioglobo.globoradio.globo.com/gente-como-a-gente/2015/08/14/PSICOLOGO-FALA-SOBRE-USO-DE-MIDIAS-SOCIAIS.htm
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sábado, agosto 15, 2015

Você é agressivo nas suas relações sociais?

Você é agressivo nas suas relações sociais?

“Bateu levou” (Ditado popular)
“Olho por olho, dente por dente.” (Bíblia: Velho Testamento)
Uma ação agressiva é aquela que tem como objetivo, consciente ou inconsciente, provocar ferimento psicológico e/ou físico no interlocutor.
Frederico age agressivamente
Frederico estava participando de uma reunião na firma onde trabalha. Nesta reunião, ele começou a apresentar um pedido de verba para comprar novos equipamentos para a sua seção. Eduardo, o diretor da área econômica, interviu e disse que, embora a reivindicação de Frederico fosse justa, aquela não era a hora de fazer gastos com equipamentos. Frederico respondeu: “Ao invés de fazer objeções genéricas deste tipo, você deveria ler os relatórios da minha seção. Ao invés de ser tão cauteloso, para não usar outro termo, você deveria ter um pouco mais de ousadia.” A sua voz e a sua face mostravam muita raiva enquanto ele dizia isso. Afinal, Eduardo sempre objetava ao que ele dizia. Ele estava muito zangado e queria “desmontar” não apenas as objeções de Eduardo, mas a ele próprio.
A agressão pode acontecer através: (1) do conteúdo daquilo que é dito (por exemplo, dizer ou escrever coisas ofensivas, detratoras), (2) da comunicação não verbal (por exemplo, apresentar expressões faciais e vocais de raiva, desprezo, nojo, etc.) e (3) de ações físicas (por exemplo, bater, morder, atirar coisas, agir grosseiramente).
As agressões psicológicas mais graves são as seguintes: fazer acusações à personalidade, mostrar nojo e mostrar desprezo pelo interlocutor. A expressão da raiva e críticas dirigidas a comportamentos específicos da outra pessoa são formas mais amenas de expressar agressividade contra ela.
MOTIVOS DA AGRESSÃO
Embora a raiva seja uma das principais motivações da agressão, existem outras motivações para esta forma de agir. Por exemplo, o boxeador, o soldado que está travando uma batalha e os assaltantes agressivos iniciam suas agressões devido às consequências positivas que elas geram e não porque estejam, necessariamente, com raiva da pessoa que agridem. Outro exemplo, o sádico sente prazer em provocar dor nas outras pessoas.
A agressividade muitas vezes é multicausada. Por exemplo, um mesmo ato agressivo pode ser provocado por um ou por mais que um dos seguintes fatores: forma de agir do interlocutor, motivos ofensivos atribuídos à sua ação ou por uma irritação acumulada que foi provocada por acontecimentos anteriores. Neste último tipo de motivação, a agressividade e a sua intensidade não podem ser explicadas apenas pelo exame direto da situação que a disparou.
MÁS CONSEQUÊNCIAS DA AGRESSIVIDADE
A agressividade pode produzir danos irreversíveis no relacionamento
A agressividade pode destruir, em poucos segundos, um relacionamento que demorou muito tempo para ser construído. Isso pode acontecer, por exemplo, quando uma pessoa faz uma revelação inesperada e depreciativa sobre o que sente sobre a outra pessoa ou sobre relacionamento comunicação ela (por exemplo, ela diz “Você é muito chata. Só me relaciono com você por motivos profissionais”). Comentários desse tipo podem danificar definitivamente os relacionamentos, até mesmo aqueles mais sólidos. Depois de um relacionamento desse tipo, pode ser possível haver certa dose de reconciliação, mas, geralmente, as coisas nunca voltam a serem as mesmas que antes (“Cristal quebrado...”).
No início de um relacionamento, a agressividade pode ser ainda mais danosa do que durante relacionamentos já solidificados. No início, os vínculos ainda são frágeis, as pessoas estão coletando informações mútuas para decidirem se vale a pena conhecer melhor a outra e sobre qual o tipo de relacionamento é possível ter com ela. Nesta altura do relacionamento, ainda não existe afetividade forte entre os recém-conhecidos e nem investimentos importantes que não possam ser perdidos com a interrupção ou com a superficialização da relação. Por isso, as pessoas podem ser menos tolerantes com as manifestações de agressividade nesta etapa do relacionamento. 
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sábado, agosto 08, 2015

Passividade: você é um engolidor de sapos?

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"Passividade: você é um engolidor de sapos?"

Quando somos contrariados, podemos omitir (passividade), reagir agressivamente (agressividade), apresentar disfarçadamente (alusões, sarcasmo, tropo comunicacional, lítotes, etc. - mistura de passividade com agressividade) ou manifestar assertivamente (assertividade) aquilo que sentimos e pensamos. Da mesma forma, quando sentimos e pensamos coisas positivas, os nossos estilos de ação podem ser passivos ou assertivos. Por exemplo, podemos omitir ou expressar adequadamente a nossa satisfação quando gostamos das ações do nosso interlocutor.
Cada um destes estilos de ação pode apropriado ou inadequado dependendo das circunstâncias.
Neste artigo vamos examinar o estilo passivo de ação.
A passividade é a omissão de pensamentos e sentimentos
Considere a seguinte história de um casal passivo que frequentou durante anos um restaurante que nenhum dos dois gostava:
Certa vez atendi um casal que estava se separando de uma forma conflituosa. Em uma das muitas brigas que travaram no meu consultório, eles discutiram quem cedia mais para o outro. Em certa altura da briga, a esposa disse para o marido: “Eu faço tudo o que você quer”. Ele contestou-a através de um pedido: “Dê um exemplo.” Ela respondeu: “Só comemos naquele restaurante que você gosta.” O marido, muito surpreso, perguntou: “Que restaurante?” Ela respondeu: ”Lá naquele restaurante indiano”. O marido, cada vez mais surpreso, disse: “Que é isso? Eu comia lá porque pensava que você gostava. Eu não gosto daquela comida.” Ela, também muito surpresa, respondeu: “Imagine”! Eu odeio aquela comida. Eu sugeria esse restaurante, dentre outros, porque achava que você gostava!
Ou seja, os dois comeram durante anos em um restaurante que ambos não gostavam porque cada um supunha que o outro gostava. Esse casal não tinha a iniciativa de ou a coragem de conversar sobre isso!
Passividade: Passividade é a omissão de desejos e pensamentos, tanto nas comunicações quanto na sua forma de agir. Quem costuma ser passivo é “engolidor de sapos”.
Quando age passivamente, uma pessoa se anula e se inutiliza como interlocutor. Só os falantes compulsivos e desrespeitosos, que são capazes de falar até com uma mensagem automática de uma secretária eletrônica, gostam de interlocutores passivos.
Muitas vezes, o passivo não consegue ser assertivo porque teme perder pontos na imagem pessoal, ser grosseiro, pressionar ou constranger os interlocutores.
Vantagens da passividade apropriada
Muitas vezes, a maneira agir que é socialmente esperada contém certo grau de passividade cooperativa ou a disfarçada. Nesses casos, uma resposta muita assertiva pode ser menos preferida por ser considerada muito direta ou rude.
Certa dose de passividade é necessária para o convívio social.
A passividade pode ser considerada uma forma de reação moderada que é apresentada diante de uma ação indesejada do interlocutor. Este tipo de uso da passividade foi identificado por um estudo canadense que constatou que este tipo de reação era usado como primeira medida para lidar com comportamentos indesejáveis, na área amorosa. Neste estudo, as pessoas que recebiam uma iniciativa amorosa indesejável preferiam, como primeira reação, ignorá-la, ou seja, agir passivamente. Elas só rejeitavam ativamente tal iniciativa – através de uma atuação assertiva ou agressiva - quando ignorá-la não era suficiente para fazê-las cessar.

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sábado, agosto 01, 2015

Cumprimentos e despedidas: comece e termine suas conversas com o pé direito

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"Cumprimentos e despedidas: comece e termine suas conversas com o pé direito"

Você é daqueles que:
1- Reage imediatamente quando vê um interlocutor querido: olha para ele, sorri, põe de lado o que estava fazendo, levanta-se rapidamente e caminha rápido na sua direção, com a mão estendida para o cumprimento?
Por exemplo, quando a esposa chega a casa, para o que está fazendo, caminha rapidamente na sua direção e a beija carinhosamente?
2- Cumprimenta com entusiasmo? Por exemplo, usa uma voz vibrante para cumprimentar, aperta a mão do interlocutor com energia?
3- Capricha para que as suas conversas terminem de uma forma suave?
Respondeu sim às três questões? Parabéns. Os seus cumprimentos e despedidas são agradáveis, mostram seu entusiasmo pelas pessoas que você gosta  produzem bons estados de espírito nos seus interlocutores.
Vale a pena apresentar cumprimentos positivos e energéticos. A qualidade do cumprimento pode influenciar fortemente a formação da imagem inicial que interlocutores que estão começando a se conhecer formam sobre o outro e contribuir para a criação de um clima positivo ou negativo que vai influenciar a conversa e, até mesmo, o relacionamento subsequente, entre os interlocutores.
Normas e expressividade do cumprimento
Diversos aspectos da forma do cumprimento são determinados por regras sociais que levam em conta as circunstâncias (locais formais, a sós, em público, etc.), o papéis dos interlocutores, seus status, o tipo de relacionamento que existe entre eles, hábitos locais, o tempo que passou desde o último encontro.
Além disso, o cumprimento admite nuances que servem para expressar aquilo que cada interlocutor pensa e sente sobre o outro, sobre como se sente sobre o encontro que está ocorrendo. Diversos aspectos do cumprimento também são controlados pelos efeitos que cada interlocutor quer produzir no outro.
Avaliação das reações do interlocutor
O cumprimento é uma ocasião marcante e especial porque, nessa ocasião cada interlocutor pode obter muitas informações mútuas sobre como o outro reage à sua presença. Essas reações indicam como o outro está se sentindo, como está o estado do relacionamento que existe entre eles, o prazer ou o desprazer do encontro, suas disposições para o contato e os efeitos que cada um está tentando produzir no outro. Assim que se avistam e enquanto se cumprimentam, cada pessoa rapidamente avalia como está a outra, como ela reagiu à sua presença, qual a sua disposição e disponibilidade para conversar.
Em um encontro inesperado, as primeiras reações são importantes porque é mais provável que elas sejam genuínas e não fruto do autocontrole e planejamento. Por exemplo, o tempo que uma pessoa demora em reagir quando nos avista é bastante informativo sobre a sua atitude em reação a nós e o que ela está sentindo pela chance inesperada de interagir conosco. Quando ela sorri, assim que nos vê e caminha rapidamente na nossa direção para nos cumprimentar, este é um indicativo bastante forte que ela sentiu prazer em nos ver e quer falar conosco. Da mesma forma, quando a outra pessoa para imediatamente o que está fazendo e corre na nossa direção, este é um ótimo sinal de que ela ficou contente por nos ver e está disponível para falar conosco.
Por outro lado, uma desviada rápida de olhar e a lentidão para reagir à nossa presença indicam desconforto, contrariedade, indisposição para um cumprimento mais elaborado e menos propensão para interagir.
As pessoas costumam observar atentamente os interlocutores para ver como eles estão reagindo às suas presenças assim que se avistam até o final do cumprimento e início da conversa.
Durante um cumprimento positivo, quem cumprimenta pode mostrar, dependendo da circunstância, seus sentimentos e pensamentos positivos sobre o interlocutor, sobre o significado de estar conhecendo-o, sobre a saudade sentida durante o tempo que passaram sem se ver ou, na hora da despedida, sobre o tempo que não se verão e sobre os desejos que coisas boas aconteçam durante esse tempo de ausência.
Os cumprimentos ajudam a determinar o tom do encontro que se seguirá e contribuem para manter, confirmar ou alterar os vínculos entre os interagentes.

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