sábado, junho 13, 2015

Confira se você é um matador de conversas ("Transar é fácil, difícil é achar alguém para conversar", diz Miley Cyrus)

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"CONFIRA SE VOCÊ É UM MATADOR DE CONVERSAS"

A conversa e o assunto podem ser mortos de duas formas principais:
1- Morte passiva. Deixar de fazer aquilo que pode ser feito para manter e dar brilho para a conversa é uma maneira de matá-la por falta de nutrição: não alimentar a conversa, não se mostrar animado e não animar o interlocutor não desempenhar bem o papel de ouvinte ou de falante, não respeitar as regras dos turnos e das mudanças de turnos.
2- Morte ativa: impossibilitar a conversa ou o assunto; indispor o interlocutor para conversar ou tratar daquele assunto (tapar os ouvidos): portar-se de tal forma que o interlocutor ficará zangado ou sentir-se-á desrespeitado e interromperá a conversa. Outra maneira e matar a conversa ativamente: fazer coisas para diminuir a motivação do interlocutor ou inviabilizar a conversa pela quebra de suas regras fundamentais ou estragar sua motivação para tratar de certos assuntos, para conversa conosco.
Um motivo externo, de força maior, também pode impor a morte justificada da conversa. Por exemplo, um compromisso sério e inadiável pode fazer a conversa ser encerrada.
Existem muitas publicações que trataram das medidas para animar ou alimentar a conversa. Para matar passivamente a conversa ou assunto basta não tomar essas medidas. Neste artigo, vamos tratar apenas das formas ativas de matar a conversa ou o assunto.

Maneiras ativas de matar a conversa
As principais maneiras de matar a conversa são as seguintes:
1- Mostrar hostilidade generalizada contra o interlocutor
2- Roubar os holofotes
3- Agir impolidamente. Ameaçar a face do interlocutor: ser rude demais verbal e não verbalmente
4- Desenvolver temas chatos e desagradáveis
5- Assumir o papel de Dr. Sabe Tudo
6- Anular o interlocutor
7- Tomar todo o poder sobre os componentes da conversa para si
8- Contestar sistematicamente o interlocutor
9- Sair abruptamente do papel de ouvinte ou de falante: virar as costas, mudar de assunto
10- Não dar o tom certo para a conversa: brincar quando não deve, ironizar, etc.
11- Forçar conversas e temas
Monopolizar o papel de ouvinte ou de falante
12- Interromper demais
13- Dar conselhos não solicitados
14- Roubar os holofotes
15- Discordar de tudo
16- Interrogar
Agora, vamos abordar mais detalhadamente as ultimas seis maneiras de liquidar conversas mostradas na lista acima. Elas serão abordadas porque, acredito, que são as maneiras mais frequentes e graves de matar as conversas.

Principais maneiras ativas de matar conversas
Forçar conversas e temas
Nem sempre é possível conversar com uma determinada pessoa ou tratar de um determinado tema com ela em um dado momento. Existem vários motivos para esta impossibilidade: pelo menos uma das pessoas que poderiam conversar considera que outra não é uma interlocutora adequada (por exemplo, a outra pessoa é uma desconhecida que acabou de fazer uma abordagem na rua e quer falar de coisas íntimas); o momento não é adequado (por exemplo, uma delas está sem tempo); as circunstâncias não são adequadas (por exemplo, uma festa não é a ocasião adequada para conversar sobre negócios); existem dificuldades para identificar assuntos adequados e envolventes naquele momento (“Não ter nada para conversar naquele momento”), etc.
Quando não há condições para conversar, insistir na conversa é forçar a situação.
Quem faz uma ligação telefônica deve certificar se está interrompendo.
O telefonema em momentos inconvenientes é um caso frequente de conversas forçadas. Quando ligamos para uma pessoa não sabemos se ela está disponível naquele momento para falar ao telefone. Por isso, é prudente começar a conversa perguntando: “Estou interrompendo alguma coisa?” ou algo equivalente. Caso a pessoa chamada apresente algum sinal de desconforto com a ligação, quem ligou deve dizer: “Te ligo outra hora”, “Quando você puder, me ligue”. Também ajuda muito quando quem recebe uma ligação inconveniente diz, assim que atender ao telefone: “Olá, fulano. Tudo bem? É urgente? Posso te ligar daqui a pouco?” ou algo do gênero.

Monopolizar os papéis de falante ou de ouvinte
Para que uma conversa aconteça é necessário que haja alternância nos papéis de ouvinte e falante. Caso isto deixa de ocorrer, o acontecimento não é um diálogo. Pode ser um monólogo, uma palestra, uma declaração ou algo do gênero. A falha na alternância de papéis pode ocorrer porque um dos interlocutores não quer abrir mão do seu papel de falante ou de ouvinte. O primeiro caso (“pessoas que falam demais”) é mais do conhecimento público do que o segundo (pessoas que “ouvem demais” ou “pessoas que falam de menos”).

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