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O AUMENTO NO RENDIMENTO DAS MULHERES ESTÁ FORÇANDO UMA REDEFINIÇÃO DOS PAPÉIS DOS CÔNJUGES
Vamos apresentar neste artigo algumas das mudanças nos papéis familiares das esposas e maridos causados pelo fato do salário das mulheres estarem se igualando e, cada vez mais, até superando os dos homens.
A seguinte história mostra o que aconteceu quando Julieta começou a ganhar mais que seu marido Alfredo
Logo depois que casou, Julieta passou a ganhar bem mais do que Alfredo, seu marido.
Alguns anos depois, ela recebeu uma oferta de transferência para outro estado. Esta transferência seria acompanhada de uma promoção e de um bom aumento de salário. Era uma excelente oportunidade para ela. Como o marido ganhava em menos que ela, ela esperava que ele largasse o seu emprego e a acompanhasse.
Como o emprego dela era a principal fonte econômica da família, ela esperava que o marido cooperasse de todas as formas possíveis para que ela mantivesse o emprego e para exercê-lo com a maior eficiência possível.
Afinal, era melhor que ele corresse riscos de descontentar os chefes do que ela. O casal ficaria muito mais afetado se ela fosse despedida do que ele o fosse.
Ela também esperava que os imprevistos importantes envolvendo a família fossem atendidos por marido e não por ela. Por exemplo, se havia a necessidade de levar um dos filhos ao médico ou a ao dentista, ela esperava que o marido pedisse licença no trabalho e fizesse isso.
Ela continuava a progredir na carreira. A carreira do marido, pelo contrário, continuava estagnada. Por esse e por outros motivos, ela foi perdendo a admiração que sentia por ele no início do relacionamento. Ela achava que ele não tinha atitude, que era acomodado, que não tinha ambição e que se conformaria a viver uma vida bem modesta.
Se perdesse muito a admiração por ele, perderia também o interesse nele, ficaria menos afetável pelo que se passava com ele, diminuiria os sentimentos românticos em relação a ele e diminuiria o seu desejo sexual por ele.
Decorrências complexas da mudança nos rendimentos relativos dos cônjuges
Esta história mostra que as dificuldades que aparecem no casamento quando as esposas ganham igual ou mais que os esposos não são resolvidas simplesmente pela aceitação de ambos deste fato. Essa alteração no ganho relativo dos cônjuges provoca pressões familiares, afeta o poder entre o casal e as decisões sobre fatos familiares que afetam o trabalho.
Quem ganha mais tem prioridade para preservar o trabalho
Por exemplo, quem ganha mais tem prioridade sobre o cônjuge que ganha menos para não deixar afetar o seu trabalho:
- Vai ter que seguir o outro quando há uma transferência para outra cidade: quem ganha mais ou quem ganha menos?
- Vai levar o filho ao medico ou faltar ao trabalho par ficar com ele.
- Vai se dedicar as tarefas caseiras que demandam mais tempo.
Pressões sociais contra os homens que ganham menos que as esposas
A pressão contra esta situação também vem de fora: as famílias delas e os amigos do casal geralmente não ficam indiferentes ao fato “dos maridos estarem vivendo à custa de suas esposas”.
No mundo inteiro as mulheres preferem homens que sejam bem sucedidos na área econômica ou mostrem sinais que têm boas chances de vir a sê-los. Dois desses sinais que eles devem mostrar são os seguintes: (1) aspiração por boas condições econômicas e (2) ser batalhador. Um estudo realizado pelo psicólogo David Buss em 37 culturas verificou que as mulheres do mundo todo valorizam esses sinais mais do que os homens.
Caso o parceiro não mostre um mínimo desses sinais, ele perderá muito da sua capacidade para atrair ou manter parceiras amorosas. Caso ele deixe de apresentar esses sinais depois de casado, isso poderá gerar uma crise entre o casal.
A nossa sociedade prefere que a mulher ganhe menos que o marido ou, no máximo, tanto quanto ele. A nossa sociedade também prefere que a mulher se case com um homem que tenha mais posses do que ela. Isso tem até um nome bonito: “hipergamia”. Quando um homem se casa com uma mulher mais rica, a expressão usada para se referir a ele é bem menos bonita: “golpe do baú”!
Na nossa sociedade também é muito mais aceitável que a mulher não trabalhe fora, que seja “madame”. Quando os homens ficam em uma situação similar a essa, eles logo são criticados e considerados “aproveitadores”, “parasitas” e “vagabundos”.
Se o homem trabalha duro e, mesmo assim, ganha menos que a esposa, a condenação acontece: ele recebe adjetivos como “incapaz”, “acomodado”, “bundão” e “fraco”.
Continue a ler no meu blog: ailtonamelio.blog.uol.com.br
O AUMENTO NO RENDIMENTO DAS MULHERES ESTÁ FORÇANDO UMA REDEFINIÇÃO DOS PAPÉIS DOS CÔNJUGES
Vamos apresentar neste artigo algumas das mudanças nos papéis familiares das esposas e maridos causados pelo fato do salário das mulheres estarem se igualando e, cada vez mais, até superando os dos homens.
A seguinte história mostra o que aconteceu quando Julieta começou a ganhar mais que seu marido Alfredo
Logo depois que casou, Julieta passou a ganhar bem mais do que Alfredo, seu marido.
Alguns anos depois, ela recebeu uma oferta de transferência para outro estado. Esta transferência seria acompanhada de uma promoção e de um bom aumento de salário. Era uma excelente oportunidade para ela. Como o marido ganhava em menos que ela, ela esperava que ele largasse o seu emprego e a acompanhasse.
Como o emprego dela era a principal fonte econômica da família, ela esperava que o marido cooperasse de todas as formas possíveis para que ela mantivesse o emprego e para exercê-lo com a maior eficiência possível.
Afinal, era melhor que ele corresse riscos de descontentar os chefes do que ela. O casal ficaria muito mais afetado se ela fosse despedida do que ele o fosse.
Ela também esperava que os imprevistos importantes envolvendo a família fossem atendidos por marido e não por ela. Por exemplo, se havia a necessidade de levar um dos filhos ao médico ou a ao dentista, ela esperava que o marido pedisse licença no trabalho e fizesse isso.
Ela continuava a progredir na carreira. A carreira do marido, pelo contrário, continuava estagnada. Por esse e por outros motivos, ela foi perdendo a admiração que sentia por ele no início do relacionamento. Ela achava que ele não tinha atitude, que era acomodado, que não tinha ambição e que se conformaria a viver uma vida bem modesta.
Se perdesse muito a admiração por ele, perderia também o interesse nele, ficaria menos afetável pelo que se passava com ele, diminuiria os sentimentos românticos em relação a ele e diminuiria o seu desejo sexual por ele.
Decorrências complexas da mudança nos rendimentos relativos dos cônjuges
Esta história mostra que as dificuldades que aparecem no casamento quando as esposas ganham igual ou mais que os esposos não são resolvidas simplesmente pela aceitação de ambos deste fato. Essa alteração no ganho relativo dos cônjuges provoca pressões familiares, afeta o poder entre o casal e as decisões sobre fatos familiares que afetam o trabalho.
Quem ganha mais tem prioridade para preservar o trabalho
Por exemplo, quem ganha mais tem prioridade sobre o cônjuge que ganha menos para não deixar afetar o seu trabalho:
- Vai ter que seguir o outro quando há uma transferência para outra cidade: quem ganha mais ou quem ganha menos?
- Vai levar o filho ao medico ou faltar ao trabalho par ficar com ele.
- Vai se dedicar as tarefas caseiras que demandam mais tempo.
Pressões sociais contra os homens que ganham menos que as esposas
A pressão contra esta situação também vem de fora: as famílias delas e os amigos do casal geralmente não ficam indiferentes ao fato “dos maridos estarem vivendo à custa de suas esposas”.
No mundo inteiro as mulheres preferem homens que sejam bem sucedidos na área econômica ou mostrem sinais que têm boas chances de vir a sê-los. Dois desses sinais que eles devem mostrar são os seguintes: (1) aspiração por boas condições econômicas e (2) ser batalhador. Um estudo realizado pelo psicólogo David Buss em 37 culturas verificou que as mulheres do mundo todo valorizam esses sinais mais do que os homens.
Caso o parceiro não mostre um mínimo desses sinais, ele perderá muito da sua capacidade para atrair ou manter parceiras amorosas. Caso ele deixe de apresentar esses sinais depois de casado, isso poderá gerar uma crise entre o casal.
A nossa sociedade prefere que a mulher ganhe menos que o marido ou, no máximo, tanto quanto ele. A nossa sociedade também prefere que a mulher se case com um homem que tenha mais posses do que ela. Isso tem até um nome bonito: “hipergamia”. Quando um homem se casa com uma mulher mais rica, a expressão usada para se referir a ele é bem menos bonita: “golpe do baú”!
Na nossa sociedade também é muito mais aceitável que a mulher não trabalhe fora, que seja “madame”. Quando os homens ficam em uma situação similar a essa, eles logo são criticados e considerados “aproveitadores”, “parasitas” e “vagabundos”.
Se o homem trabalha duro e, mesmo assim, ganha menos que a esposa, a condenação acontece: ele recebe adjetivos como “incapaz”, “acomodado”, “bundão” e “fraco”.
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