domingo, junho 25, 2017

Não invalide seus sentimentos

Muitas vezes não temos vontade de realizar certas atividades. É difícil saber quando a falta de vontade acontece por “preguiça” ou quando ela acontece devido à falta de interesse. Por exemplo, talvez você seja daquelas pessoas que detestam as segundas feiras, não porque você tem preguiça de trabalhar, mas sim porque não gosta do trabalho que faz.
A tendência da maioria das pessoas é se cobrar por não estar realizando as tarefas assumidas e classificar essa falta de vontade  como “preguiça”. Essa classificação negativa é baseada na crença de que é correto e desejável cumprir os deveres, executar bem as tarefas e que o não cumprimento acontece por motivos não respeitáveis.
Quando deixamos de sentir aquilo que deveríamos ou sentimos aquilo que não deveríamos sofremos sanções sociais (condenação por parte das pessoas que quando tomam conhecimento desse fato) e sanções autoimpostas: sentimo-nos mal, culpados, errados, etc. pelos nossos sentimentos não corresponderem às expectativas.

Prescrições sociais sobre o que é correto sentir e não sentir

Somos educados para sentir coisas que são consideradas corretas e de bom tom pela sociedade e para não sentir coisas que ela considera erradas e de mau gosto. Temos que apresentar sentimentos, valores, gostos e performances socialmente prescritos. 
Por exemplo, somos pressionados para gostar de pintores “obviamente” bons, tipos de música “de bom gosto”, políticos “admiráveis” e maneiras de viver “exemplares”. Isso vai mais longe, existem as profissões admiráveis, o jeito admirável de se relacionar, o jeito admirável de se vestir. Somos julgados, aceitos ou rejeitados com base naquilo que sentimos, pensamos, desejamos e valorizamos.
Quem não se enquadra nos padrões oficiais que prescrevem o que devemos sentir, pensar e desejar fica com a sensação que não entendeu algo ou que tem algo de errado consigo.
Quando percebemos que discrepamos daquilo que é socialmente desejável, partimos para o disfarce. Fingimos que temos “bons sentimentos”: piedade, que admiramos certas causas. Estamos condenados a fingir que nos enquadramos na versão oficial.
O pior de tudo, é que nos sentimos mal com nós mesmos quando não nos enquadramos.
Alguns sentimentos que são socialmente condenados
Será que isso que sinto é certo?
- Sou adulto. Não posso pensar dessa forma
- Primeiro o dever, depois o prazer
- Ter ciúmes é imaturo
- Homem não tem medo
- Inveja é um sentimento indigno e ruim
- Ciúmes é posse. É um sentimento inadequado e ruim.
- A preguiça é um sentimento condenável.
- Ódio é um mau sentimento
- Não guarde rancor
- Não devo desejar o mal de outras pessoas
Não é bom ferir outras pessoas
- O desejo de vingança é baixaria
As pessoas que condenam esses sentimentos agem assim seguindo “regras de boas condutas”. Essas pessoas nunca se deram ao trabalho de examinar os prós e contra de cada uma dessas regras. São prescrições ditadas pela sociedade. A maioria das pessoas não questiona tais regras e, menos ainda, se dá ao trabalho de tentar entender onde elas são razoáveis e onde são prejudiciais.
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terça-feira, junho 06, 2017

Relacionamento amoroso: você está perdendo as esperanças?

Julieta andava desvitalizada. Havia perdido boa parte da sua energia. Deixou de ser ativa na vida em geral e na área amorosa, em particular. Achava que ninguém se interessava por ela e, por isso, acabou se desligando dos assuntos amorosos: deixou de se interessar pelos possíveis parceiros, não estava procurando relacionamento, pensava muito pouco nesse assunto e não tomava conhecimento quando alguém se interessava por ela. Havia se resignado a ficar sozinha. Parecia que ela estava “fora do jogo”.
Algumas pessoas são assim como Julieta: tornaram-se meio apagadas e perdem boa parte das esperanças de que poderão atrair parceiros adequados, iniciar e fazer progredir bons relacionamentos.

Possíveis motivos do apagão psicológico

Existem vários fatores que tornam a presença amorosa de certas pessoas marcantes e a de outras, apagadas.
Vamos examinar aqui dois desses motivos: autossuspeição e profecia autorrealizadora devido a fracassos anteriores.
Autossuspeição: um dos motivos do apagão psicológico
Imagine que você costuma o carro e guiar até o trabalho. Geralmente, você nem pensa no que está fazendo para guiar durante esse trajeto. Uma espécie de automatização se encarrega de tomar as decisões e a sua atenção só é exigida quando acontece algo de excepcional.
No entanto, imagine que em um determinado dia, você começa a pensar nas complexidades envolvidas no guiar um carro: habilidades necessárias para controlar a velocidade, ultrapassar, desviar de buracos, estacionar, etc. A consciência de toda a complexidade pode atrapalhar seriamente a sua habilidade para guiar. É melhor guiar no “automático” do que ficar consciente de cada decisão!
De forma semelhante, quem desenvolve a autossuspeição nos assuntos amorosos fica consciente de tudo que está acontecendo e, por isso, questiona-se continuamente sobre tudo que fez, faz ou poderia fazer nesta área: raciocina o tempo todo, surgem mil dúvidas e passa a pedir conselhos, lê livros de autoajuda e nunca obtém respostas seguras para suas dúvidas sobre como agir. Este questionamento contínuo e a falta de respostas claras deixa a pessoa insegura, diminui sua espontaneidade, a torna desvitalizada e artificial. 
Sabe aquela pessoa que age sem espontaneidade e mostra pouca vitalidade ou convicção? Pois é! Esse é um dos possíveis motivos: ela deixou de acreditar que a forma espontânea de agir será aceita e fará sucesso. Quando isso acontece, ela começa a pensar antes de agir. Começa a questionar se a forma como pensa e sente são bons guias para suas ações. Essa autossuspeição atrapalha muito a sua forma de agir!
Profecia autorrealizadora causada pelo insucesso continuado
A desmotivação causada pelos insucessos anteriores pode vira profecia autorrealizadora
Em qualquer área da vida, é natural que a nossa motivação diminua, que nos desinteressemos e que desistamos, após já tentar muitas vezes e não obtermos sucesso. Por exemplo, Depois de tentar mil vezes passar em um concurso, é natural que desistamos. Assim também é no campo social e, especialmente, no campo amoroso.
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