domingo, julho 31, 2016

Na área amorosa, a beleza é mais importante do que se imagina!

Neste artigo, vamos examinar algumas evidências que indicam que a beleza é importante para escolher parceiros amorosos, mas não tanto quanto muitas pessoas imaginam.
Beleza e escolha do cônjuge
Para fins da escolha de futuros cônjuges, a aparência não prioritária, mas é muito importante. Não é prioritária porque vários outros atributos pesam mais que ela na hora de escolher um parceiro. É importante porque influencia bastante quando outros requisitos já foram atendidos.
Ordem de importância de dezoito atributos para a escolha de um possível cônjuge
David Buss e associados fizeram uma pesquisa internacional para verificar qual a importância de 18 atributos na escolha de um parceiro para fins de um relacionamento amoroso. Essa lista de atributos é a seguinte:
1. Atração mútua – amor
2. Confiabilidade
3. Disposição para agradar
4. Estabilidade emocional e maturidade
5. Educação e inteligência
6. Desejo por um lar e filhos
7. Sociabilidade
8. Boa saúde
9. Educação semelhante
10. Boa aparência
11. Requinte e elegância
12. Ambição e dedicação ao trabalho
13. Boa (bom) cozinheira(o) e boa (bom) dona(o) de casa
14. Boa perspectiva financeira
15. Boa posição social
16. Virgindade
17. Antecedentes religiosos semelhantes
18. Antecedentes políticos semelhantes
Essa lista está ordenada segundo as importâncias dos atributos para os homens brasileiros: quanto mais no início da lista, maior a importância do atributo. A ordenação para as mulheres brasileiras é muito semelhante a esta dos homens.
Nesta lista, o atributo requinte e a elegância aparece em 11o lugar no Brasil, tanto para os homens como para as mulheres (décimo lugar para os homens e décimo terceiro para as mulheres, na média internacional); a boa aparência aparece em décimo lugar para os homens e em décimo terceiro pelas mulheres brasileiras.
Esta pesquisa apresenta evidências de um fato facilmente observável na vida quotidiana: na hora de escolher um parceiro para fins de relacionamento duradouro, a beleza raramente pesa mais do que diversos outros atributos como grau de escolaridade, inteligência e nível econômico. Por exemplo, é muito raro uma pessoa universitária casar-se com outra semianalfabeta só porque esta é bonita.
Se por um lado, a aparência contribui pouco para colocar uma pessoa dentro da faixa de elegíveis para um casamento, por outro lado, uma vez que tal pessoa se encontre dentro da faixa de elegíveis, ai então a beleza pode pesar bastante nas escolhas.
Somos realistas: procuramos parceiros com graus de atração semelhantes aos nossos
É interessante notar que as pessoas possuem mecanismos psicológicos que as levam a se interessar e a se envolver emocionalmente com seus assemelhados quanto ao grau de beleza.
Uma dessas evidências foi apresentada por Irwin Silverman, professor da Universidade da Flórida. Esse pesquisador pediu para seus alunos que observassem discretamente casais de namorados em vários locais públicos e avaliassem o grau de beleza de cada um dos namorados, através de uma escala de cinco pontos. Este estudo mostrou que havia uma grande similaridade nos graus de beleza do homem e da mulher de cada par. Por exemplo, em 85 por cento dos pares não havia uma diferença de mais que um ponto na atração de cada um dos seus membros. Foi observado também que os pares onde o homem e a mulher tinham um maior grau de semelhança entre si havia maior grau de intimidade física: 60 por cento dos pares com nível de atração muito semelhante mostravam algum tipo de intimidade física (dar as mãos, andar de braços dados, etc.), ao passo que isto acontecia com 46 por cento dos pares moderadamente semelhantes e com apenas 22 por cento daqueles com menor semelhança (citado por Wilson e Nias, 1973. Veja a citação na Nota, no final desse artigo).
Procuramos sair com pessoas que têm graus de beleza semelhantes aos nossos
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sábado, julho 23, 2016

Boazinha demais? Caminho certo para perder o valor para o parceiro!

James, o marido, era muito bravo: alterava-se facilmente, era muito crítico e intolerante e não hesitava em esbravejar. Era um “reizinho”, déspota e mimado.
Mesmo assim, ou por isso mesmo, Kátia, a esposa, o adorava. Tentava prever tudo o que o agradava, e assim que descobria algo nesse sentido, agia de acordo: casa “nos trinques”, comidinha especial que ele gostava, cuidados para que suas roupas estivessem sempre impecáveis, programas do agrado dele, sexo do jeito que ele gostava….
Tentava prever tudo que o desagradava e se abstinha de agir de modo a incomodá-lo: nenhuma reinvindicação que pudesse contrariá-lo, gastos espartanos, evitação de visitas de parentes que ele não gostava,…
Claro que ele ficava contente com as coisas que ela fazia e deixava de ficar aborrecido com as coisas que ela deixava de fazer que pudessem desagradá-lo.
Os efeitos imediatos eram bons: para ele, ela era uma fonte contínua de satisfações e ausência de aborrecimentos.
O preço em médio e longo prazo do modo de agir Kátia foi muito alto. Ela foi perdendo a vitalidade. Foi deixando de saber o que queria e o que não queria. Esse tipo de percepção não era exercitado. Pelo contrário, era inibido. Tomar conhecimento dos seus próprios desejos e incômodos só atrapalhava os seus planos para atender as vontades do marido. Assim, foi a aprendendo a ignorar, logo no nascedouro, o que queria ou deixava de querer.
Ela foi deixando de ser uma fonte de novidades e desafios para o marido. Como era sempre cordata e não manifestava o que pensava e queria, relacionar-se com ela foi ficando cada vez mais monótono e desinteressante.
Tempos depois, ele arranjou outra mulher “mais viva, desafiadora e interessante”, e a dispensou.
Monotonia: uma das principais causas das separações
Nos primeiros anos do casamento pode acontecer uma nítida diminuição da satisfação dos cônjuges e um decréscimo de vários tipos de comportamentos que são desejáveis neste tipo de relacionamento (diminuição do sexo, das manifestações românticas, do desejo de passar tempo na companhia do cônjuge, etc.). Um dos motivos apontados para essa deterioração da qualidade do relacionamento é a diminuição de novidades provenientes dos comportamentos do parceiro.
Trocar de parceiros não é a solução indicada para combater esse tipo de diminuição das novidades. Quando há troca, o processo se repete rapidamente. A melhor solução é aprender como continuar a ser fonte de novidades.
Somos naturalmente variáveis
Não precisamos buscar a variabilidade e nem maneiras de introduzi-la artificialmente no relacionamento. Muita gente pensa que para haver novidades no relacionamento é necessário fazer novos programas, viajar, ir a motéis, introduzir novas práticas sexuais, etc. Tudo isso pode ajudar, mas essas práticas só são possíveis esporadicamente e têm outro tipo de conteúdo: são tentativas de suprir a monotonia do relacionamento pelas novidades de programas externos. A novidade mais nutritiva e vitalizadora é aquela que acontece momento a momento e tem origem no próprio relacionamento. Esse tipo de variabilidade não precisa ser procurado, ele é inerente ao ser humano. O que precisamos é da coragem de expressar parte da variabilidade que já existe em nós.
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terça-feira, julho 19, 2016

Lembrete: encontro sobre diagóstico e tratamento de problemas amorosos


LEMBRETE

Psicólogos e estudantes de psicologia

Compareça ao nosso encontro no dia 28, quinta feira, semana que vem.

Grupo de estudos sobre diagnóstico e tratamento de casos amorosos.
Encontro gratuito
Venha discutir seus casos.

Mande um email para: 
ailtonamelio@uol.com.br 
e confirme sua presença.

Rua Realengo, 214, Alto de Pinheiros, São Paulo, Sp

Tel (11) 3021 5833

domingo, julho 17, 2016

A sua vida e a do parceiro estão integradas da forma que você esperava?

Quanto e como você espera que as áreas da sua vida sejam integradas com as áreas da vida do parceiro?
Insatisfação no início do relacionamento
Martha está começando um namoro com Joel. Eles se veem nos finais de semana, mas, muito raramente durante a semana. Além disso, quase nunca trocam mensagens durante os dias da semana.
Martha, no início do relacionamento, mandava mensagens para Joel. No entanto, ela logo percebeu que era sempre ela que tomava essa iniciativa. Resolveu, então, esperar que Joel lhe mandasse a primeira mensagem do dia. Ele nunca o fez. Assim, o relacionamento ficou restrito aos finais de semana.
Ela não queria um relacionamento assim. A vida era muito curta para desperdiçá-la em um relacionamento tão minguado. Por mais que gostasse de Joel, não pretendia ter na sua vida alguém tão ausente, que empatava seu tempo, mas não apresentava um bom volume de relacionamento prazeroso. Não queria um namoro tão rarefeito. Martha resolveu, então, terminar esse relacionamento!

Expectativas de compartilhamento de áreas da vida

Quando entramos em um relacionamento, esperamos compartilhar a nossa vida interna (pensamentos, sentimentos, expectativas, objetivos, etc.) e externa (atividades profissionais, encargos e vantagens econômicas, amizades, lazer, etc.) com nosso parceiro.
Muitos conflitos entre casais acontecem, desde o início do relacionamento, quando os parceiros têm expectativas diferentes sobre quanto, em que áreas e de que forma pretendem compartilhar suas vidas com o outro.
Por exemplo, logo no início do relacionamento, os namorados podem ter expectativas diferentes sobre quantas vezes por se semana se encontrarão e sobre o quanto compartilharão seus sentimentos e pensamentos. Posteriormente, quando estão planejando o casamento, podem surgir divergências sobre o regime de comunhão de bens. Posteriormente podem surgir divergências sobre a participação na criação dos filhos, sobre a participação em atividades sociais e sobre o compartilhamento de amizades.
Uma teoria sobre esse tipo de compartilhamento é apresentada por Wendy M. Williams e Michael L Barnes, no  capítulo Love Within Life, no  livro “Pychology of Love”, de Robert Sternberg e Michael Barnes (veja a citação na Nota1, no final dessa página). Essa teoria representa essas expectativas através de dois quadrados, um dentro do outro. O quadrado maior é usado para representar a vida total dos dois parceiros. Dentro desse quadrado, há outro quadrado que representa a vida pessoal dos parceiros.
As expectativas sobre a integração das vidas podem ser diferentes entre eles. Um pode esperar que o quadrado interno seja quase do mesmo tamanho do quadrado externo (a vida pessoal seria quase inteiramente compartilhada com o outro parceiro). O outro parceiro pode esperar algo diferente: o quadrado interno seria bem menor do que o quadrado externo (a vida em comum seria bem menor do que o total da vida de cada parceiro). Quando há diferença de expectativas sobre o quanto os dois parceiros compartilharão suas atividades surgirão insatisfações e conflitos.

Exemplos de áreas onde costuma aparecer divergências sobre a integração de atividades

– Frequência dos relacionamentos: um namorado espera ver o outro várias vezes por semana e o outro só espera encontros nos finais de semana.
– Comunicação. Um parceiro espera que o casal mantenha contatos frequentes todos os dias. Por exemplo, que troquem várias mensagens. O outro só espera que comunicação aconteça no final do dia.

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quarta-feira, julho 13, 2016

Convite para reunião: Diagnóstico e tratamento de problemas amorosos

CONVITE

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE PROBLEMAS AMOROSOS
PRIMEIRO ENCONTRO GRATUITO
Convite para psicólogos e estudantes de psicologia
- Você é psicólogo ou estudante de psicologia?

- Você quer aperfeiçoar das suas habilidades para diagnosticar e tratar de problemas amorosos?
- Você gostaria de se tornar professor ou instrutor de nossos futuros cursos para profissionais e leigos?
Compareça ao nosso primeiro encontro
- Participação gratuita
DATA
28/07/2016 (Quinta feira)
Horário: 20h – 22h
LOCAL:
Rua Realengo, 214
Alto de Pinheiros
(Próximo da Praça Panamericana)
Outras informações:
- Mande um email para: ailtonamelio@uol.com.br
- Fale comigo no MSN
- Ligue para meu consultório: (11) 3021 5833
INSCRIÇÃO PARA O ENCONTRO:
Mande um e-mail para: ailtonamelio@uol.com.br
e manifeste o seu interesse. Se houver vaga, você receberá a confirmação

domingo, julho 10, 2016

Separação: quando há amor, é bom tentar reconciliar

“Distância”
“Quantas vezes eu pensei voltar
E dizer que o meu amor nada mudou
Mas o meu silêncio foi maior
E na distância morro todo dia sem você saber”
(Letra da música “Distância”, de Erasmo Carlos e Roberto Carlos)

As separações de pessoas que se amam são muito tristes e doloridas. Os separados sofrem muito com as separações em geral e, ainda mais, quando ainda há amor entre o casal.
Quando o casal já integrou suas vidas práticas e psicológicas, a separação implica em várias rupturas e abalos. Em muitos casos, onde há amor, vale a pena tentar reconciliar. No entanto, muita gente não faz essa tentativa e fica sofrendo em silêncio, como o personagem da música de Erasmo e Roberto!
Separação e arrependimento
Mariana e Pedro romperam o namoro de mais de um ano. Semanas depois, Pedro se arrepende. Se pudesse voltar atrás, ele não teria rompido. Percebeu que ainda ama Mariana. Pensa nela o dia inteiro. Não consegue trabalhar. Não consegue se divertir e, muito menos, interessar por outras mulheres. Muitas dúvidas ficam martelando na sua cabeça o dia inteiro: “Será que Mariana já o esqueceu? Será que ela está com outra pessoa? Será que ele teria alguma chance se a procurasse?”.
Quais são os desconfortos, medos e consequências reais que ele teria que enfrentar se decidisse tentar uma reconciliação?

Grande percentagem de separados deseja a reconciliação

Uma pesquisa americana verificou que uma quantidade surpreendente de pessoas divorciadas estava arrependida e desejando a reconciliação (Veja a Nota 1, no final desse artigo) e teria interesse em receber ajuda para retomar o relacionamento.
Essa pesquisa foi realizada com 2500 pessoas que estavam se divorciando e que tinham filhos.
Alguns dos resultados dessa pesquisa são os seguintes:
– Um em cada quatro indivíduos afirmou que tinha alguma crença que o relacionamento poderia ter sido salvo através de um trabalho bom e duro
– Em um nono dos casais, ambos os parceiros mostraram alguma crença que o relacionamento poderia ter sido salvo através de um trabalho duro.
– Um em cada dez indivíduos afirmou que estaria seriamente interessado em obter ajuda para uma reconciliação
– Em um em cada dez casais, ambos os parceiros mostraram-se interessados em obter ajuda para a reconciliação.
– Em um em cada três casais, um dos ex-cônjuge estava interessado na reconciliação e o outro não,
– Em 45% dos casais, um ou ambos os ex-cônjuges apresentaram alguma esperança que poderia haver reconciliação. Os homens apresentaram mais frequentemente essa esperança do que as mulheres.
– Este estudo também concluiu que os divorciados que tinham mais chance de reconciliação eram aqueles onde os conflitos conjugais estavam provocando mais danos nos filhos. Segundo os autores dessa pesquisa, uma possível explicação desse achado é que, nestes casais, os cônjuges ainda se importavam com o outro e, por isso, eles eram mais capazes de se afetarem negativamente, o que provocava maior grau de tensão do que naqueles casais onde já havia um alto grau de indiferença entre os cônjuges. Esse maior grau de tensão afetava mais os seus filhos.

Motivos das separações entre pessoas que se amam

Na nossa cultura, a crença de que o amor tudo supera é muito difundida. Por isso, parecem incompreensível e inaceitável que aconteçam separações entre pessoas que se amam.
Infelizmente, na prática não é bem assim. Existem motivos poderosos que podem se contrapor ao amor e levar à separação de pessoas que se amam.
Alguns desses motivos são os seguintes:
– Atos impulsivos graves contra o parceiro. Por exemplo, agressões verbais e físicas contra o parceiro.
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domingo, julho 03, 2016

Exposição às tentações: o caminho suave para as traições

Segundo, Stephen B. Levine, famoso pesquisador americano da sexualidade1, o desejo sexual é constituído por três ingredientes positivos e um negativo. Os positivos são os seguintes: impulso (drive), motivação (motivation) e querer (wish). O ingrediente negativo é constituído pelas inibições que contra-atacam o desejo.
No caso do desejo por comida, por exemplo, o impulso é a fome (determinada pelo tempo desde a última refeição, gastos de energia, etc.); a motivação é o apetite (determinada, principalmente, pela atração da comida que está disponível); o querer é constituído pelos pensamentos em favor da comida (“É saudável”; “Contém vitaminas”, etc.) e os inibidores são os fatores que atrapalham o desejo por comida (“Estou de regime”, “Essa comida contém muito colesterol”, etc.). No caso do desejo sexual, o impulso é determinado principalmente pelo tempo desde o último orgasmo; a motivação é determinada, principalmente, pela desejabilidade do parceiro (beleza, sex appeal, sinais de disponibilidade e desejo, etc.); o querer é determinado pelos motivos racionais a favor da prática do sexo (“É natural no casamento”, “Faz bem para a saúde”, etc.).
Neste artigo, vamos examinar algumas das contribuições das situações indutoras de desejo (o ingrediente “motivação” da teoria de Levine) para as traições.
A situação tentadora muda a percepção daquilo que é razoável, as motivações, as racionalizações e os comportamentos
A seguinte história exemplifica os efeitos de uma situação indutora de desejo nas chances de traição:
João está comprometido, é honesto e cheio de boas intenções.
A namorada viajou, e ele resolve ir com os amigos a uma balada, “mas só pela companhia dos amigos, sem segundas intenções.”.
Chegando lá, o ambiente é contagiante. Todo mundo está em outro clima. A paquera está no ar, as olhadas, comentários insinuantes, abordagens e seduções rolam soltas.
A bebida vai soltando as suas inibições e aumento a sua vontade de curtir a vida.
Uma mulher senta-se ao seu lado no bar e puxa assunto. Ele promete a si mesmo que só vai conversar amistosamente com aquela bonitona. O que tem de mal em uma conversa social e amistosa?
A bonitona, no entanto, tinha outras intenções. Ela é sutil. Não abre o jogo de cara. Mantem-se dentro dos limites sociais e amistosos, mas vai lançando sutilmente o seu charme.
João pensa: nada de mal em usufruir amistosamente essa dádiva da sorte e tirar alguns dividendos amorosos, sem passar os limites.
Isso dá chance para a mulher “trabalhar”: ela acabou de ganhar a chance de mostrar todo o seu charme e feminilidade dentro da moldura de um relacionamento amistoso.
À medida que João vai sendo afetado pelos efeitos da sedução e do álcool, a sua percepção vai mudando. Ele já não está tão certo se deve, quer ou precisa manter-se dentro dos limites definidos quando estava sóbrio.
Que mal tem em uma flertadinha. Essa flertadinha é logo correspondida e passa os flertadores passam a ampliar seus limites. Agora ficou mais difícil resistir.
Pronto! Eles começam a se beijar e logo, logo saem para um lugar mais reservado….

O poder indutor das situações

As situações podem alterar nossas motivações, percepções, cognições e comportamentos.
O poder indutor das situações pode jogar a nosso favor ou contra nós.
Esse poder pode contribuir para a realização daquilo queremos fazer ou sentir como, por exemplo, afastar estados de espírito incômodos e estimular percepções libertadoras.
Esse poder contribuir para resultados negativos como a indução de estados de espírito negativos, comportamentos indesejáveis e minar nossas motivações positivas.

Tentações

Aqueles que gostam muito de doces, por exemplo, ficam mais motivados para comer quando veem uma sobremesa muito apetitosa, mesmo quando acabaram de fazer uma refeição que saciou suas fomes. As pessoas, quando estão diante de uma sobremesa apetitosa podem mudar suas percepções sobre os convenientes e inconvenientes de comer mais: começamos a achar que não há problemas comer mais um pouquinho daquela sobremesa: “Afinal, isso representa muito pouco em termos de calorias”. Os pensamentos sobre o regime em andamento perdem força e justificativas vão surgindo: prometemos que compensaremos o excesso de comida agora comendo menos depois ou fazendo ginástica na próxima semana.
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