domingo, novembro 12, 2017

Limites: você e o outro

A consciência de que não podemos tudo é um antídoto contra a frustração. Por mais razão que achamos que temos, por mais ferramentas psicológicas que disponhamos, ainda assim, não podemos tudo. O outro tem o seu mundo psicológico que vai se defender e resistir às nossas tentativas de influenciar além dos seus limites.
Isso não é bom nem mau: é a realidade.
Se respeitarmos a realidade, agimos com mais eficiência, frustramo-nos menos, respeitamos mais o outro e vivemos melhor!

quinta-feira, novembro 02, 2017

Racional & Afetivo: use o racional para lidar com sentimentos

O racional tem pouco poder para mudar diretamente o afetivo. No entanto, o racional pode colocar você em novas situações que mudarão o afetivo.
Por isso, use o racional para expor-se a novas situações que produzirão efeitos no afetivo.
Muita gente que supera bem problemas afetivos, simplesmente recorrem a novas situações e pessoas que têm efeitos transformadores.
Esse é o caso, por exemplo, de pessoas que se esforçam para encontrar novos amores quando o anterior não deu certo.

terça-feira, outubro 17, 2017

Desapaixonamento

Cada pessoa tem qualidades e defeitos.
O desapaixonamento acontece quando conseguimos desidealisar o lado bom e fixar na nossa mente o lado mau do ex amado!
Posteriormente, quando a magia do amor se desfizer, poderemos ver ambos os lados do ex amado, o bom e o ruim!
(O meu procedimento terapêutico para ajudar nesta tarefa está cada vez mais eficiente!).
Ainda não escrevi sobre os meus últimos achados nesta área. Para ler uma versão anterior sobre esse método, Leia o meu artigo: https://ailtonamelio.blogosfera.uol.com.br/…/como-apressar…/

domingo, outubro 08, 2017

Satisfação na vida: comprar sapatos ou cultivar relacionamentos?



Já comprei vários sapatos para me sentir melhor, melhorar minha autoestima e mudar minha personalidade e só tive efeitos temporários.
Por que será?
Bens e posição social produzem efeitos só no início. Depois você se acostuma com elas e tudo volta a ser como antes.
Os relacionamentos produzem efeitos renováveis. Cada vez que nos relacionamos, muitas coisas que nos afetam acontecem.

sábado, outubro 07, 2017

Não desista tão facilmente: explore e transforme!


Se pessoas com as quais vale a pena relacionar não estão encaixando em suas expectativas, não desista imediatamente.
Antes de desistir, verifique se há outras formas possíveis de se relacionar com elas.
Você pode se surpreender com novos tipos de relacionamentos muito interessantes!

domingo, outubro 01, 2017

Estado de graça e cegueira psicológica

Quando alguém cai nas suas graças, o seu cérebro se recusa ver como essa pessoa realmente é!
Isso pode ser o caminho mais curto para o seu estado de desgraça!!!

sábado, setembro 30, 2017

Caleidoscópio psicológico e fixação de imangem


Muitas vezes existem em nós muitas imagens de uma mesma pessoa. Frequentemente ficaríamos melhor se uma delas se fixasse. Brigamos para que ela permaneça em nossas mentes.
Também podemos recorrer a determinadas situações para fazer o caleidoscópio girar quando uma imagem ruim está no visor.
São as ferramentas de autodefesa do ego!

domingo, setembro 24, 2017

Estados psicológicos: questão de perspectiva


Como vc se sente em cada situação depende, em grande parte, de como vc a vê, de quanto vc acha que pode lidar com ela, do que vc acha certo e errado na sua forma de vê-la e lidar com ela, das suas experiências anteriores em situações parecidas. Ou seja, suas percepções das situações são, em grande parte, frutos das suas criações e não das propriedades das situações em si.
Para cada situação temos diferentes estados psicológicos e podemos criar vários outros. (As contribuições das propriedades das situações e das suas criações variam entre dois extremos que vão de "quase nada" a "totalmente").
Podemos exercer certo controle sobre os estados que permanecem em nós.
Podemos rever e alterar os estados psicológicos que já temos para cada situação.
Não se submeta. Esses estados podem mudar. Vc pode mudar!

sábado, setembro 23, 2017

Ufa! Dá uma canseira conversar com ele!


Após conversar com ele, a sensação que fica é a de esforço e trabalho: se o interlocutor não se esforçar, logo começam os momentos de silêncio e a conversa morre.
Pedro é simpático, atento e receptivo para o que os outros falam: presta muita atenção, sorri e anui com a cabeça ao ouvir o que seus interlocutores estão dizendo.
No entanto, ele raramente propõe novos assuntos.
Além disso, ele não repercute o que os seus interlocutores dizem: ela não comenta, não compartilha o que sentiu e pensou em reação ao que o interlocutor disse.
Ele também não ajuda o interlocutor a desenvolver seus assuntos: não pergunta, não pede exemplos, não resume para que eles possam conferir e expandir o que já disseram, não os ajuda a construir o que estão dizendo (não os ajuda a encontrar exemplos, nem questiona o que está sendo dito, para que a explicação ou o relato fiquem mais satisfatórios).
Ele é assim no trabalho, nas amizades e no relacionamento amoroso.
Não é claro se ele é assim porque não tem consciência da sua forma de agir, não sabe agir de outra forma, não é assertivo ou não tem muita motivação para conversar.
Em todas essas áreas, poderia fazer muito mais sucesso do que faz, se fosse mais ativo nas suas conversas.

segunda-feira, setembro 18, 2017

Estados psicológicos

Observe-se e verifique a sucessão de estados psicológicos que vão se sucedendo em vc durante o dia: hora você está confiante e animado, em seguida fica apreensivo e preocupado, em seguida fica romântico, em seguida, ainda, sente solidão e insatisfação.
Alguns desses estados são gostosos e outros desagradáveis. Queremos permanecer em alguns deles e tentamos sair de outros.
Identificamos-nos mais com alguns deles e achamos outros estranhos e alheios.
Quem somos nós? Somos o conjunto desses estados. Não lutar contra os desagradáveis e não tentar segurar os agradáveis é uma boa medida para fluir e perder o medo de sentir. Também é uma boa maneira de evitar que estados negativos durem mais do que durariam se não lutássemos contra eles.
A melhor maneira de sair de um desses estados ou de entrar em outro é colocar-se em alguma situação que provoque um novo estado. A decisão de fazer algo para colocar-se na nova situação é, muitas vezes, comandada pelo racional e não pelo estado que está presente: quando quiser sair ou entrar em outro estado, faça o que vc sabe que produzirá o novo estado e não o que sua vontade imediata indica.Por exemplo, se vc está desanimado, o desânimo tira a vontade de fazer qualquer coisa. Mas se vc se esforçar e ligar para um amigo e contar o que sente, isso poderá mudar seu estado.

domingo, junho 25, 2017

Não invalide seus sentimentos

Muitas vezes não temos vontade de realizar certas atividades. É difícil saber quando a falta de vontade acontece por “preguiça” ou quando ela acontece devido à falta de interesse. Por exemplo, talvez você seja daquelas pessoas que detestam as segundas feiras, não porque você tem preguiça de trabalhar, mas sim porque não gosta do trabalho que faz.
A tendência da maioria das pessoas é se cobrar por não estar realizando as tarefas assumidas e classificar essa falta de vontade  como “preguiça”. Essa classificação negativa é baseada na crença de que é correto e desejável cumprir os deveres, executar bem as tarefas e que o não cumprimento acontece por motivos não respeitáveis.
Quando deixamos de sentir aquilo que deveríamos ou sentimos aquilo que não deveríamos sofremos sanções sociais (condenação por parte das pessoas que quando tomam conhecimento desse fato) e sanções autoimpostas: sentimo-nos mal, culpados, errados, etc. pelos nossos sentimentos não corresponderem às expectativas.

Prescrições sociais sobre o que é correto sentir e não sentir

Somos educados para sentir coisas que são consideradas corretas e de bom tom pela sociedade e para não sentir coisas que ela considera erradas e de mau gosto. Temos que apresentar sentimentos, valores, gostos e performances socialmente prescritos. 
Por exemplo, somos pressionados para gostar de pintores “obviamente” bons, tipos de música “de bom gosto”, políticos “admiráveis” e maneiras de viver “exemplares”. Isso vai mais longe, existem as profissões admiráveis, o jeito admirável de se relacionar, o jeito admirável de se vestir. Somos julgados, aceitos ou rejeitados com base naquilo que sentimos, pensamos, desejamos e valorizamos.
Quem não se enquadra nos padrões oficiais que prescrevem o que devemos sentir, pensar e desejar fica com a sensação que não entendeu algo ou que tem algo de errado consigo.
Quando percebemos que discrepamos daquilo que é socialmente desejável, partimos para o disfarce. Fingimos que temos “bons sentimentos”: piedade, que admiramos certas causas. Estamos condenados a fingir que nos enquadramos na versão oficial.
O pior de tudo, é que nos sentimos mal com nós mesmos quando não nos enquadramos.
Alguns sentimentos que são socialmente condenados
Será que isso que sinto é certo?
- Sou adulto. Não posso pensar dessa forma
- Primeiro o dever, depois o prazer
- Ter ciúmes é imaturo
- Homem não tem medo
- Inveja é um sentimento indigno e ruim
- Ciúmes é posse. É um sentimento inadequado e ruim.
- A preguiça é um sentimento condenável.
- Ódio é um mau sentimento
- Não guarde rancor
- Não devo desejar o mal de outras pessoas
Não é bom ferir outras pessoas
- O desejo de vingança é baixaria
As pessoas que condenam esses sentimentos agem assim seguindo “regras de boas condutas”. Essas pessoas nunca se deram ao trabalho de examinar os prós e contra de cada uma dessas regras. São prescrições ditadas pela sociedade. A maioria das pessoas não questiona tais regras e, menos ainda, se dá ao trabalho de tentar entender onde elas são razoáveis e onde são prejudiciais.
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terça-feira, junho 06, 2017

Relacionamento amoroso: você está perdendo as esperanças?

Julieta andava desvitalizada. Havia perdido boa parte da sua energia. Deixou de ser ativa na vida em geral e na área amorosa, em particular. Achava que ninguém se interessava por ela e, por isso, acabou se desligando dos assuntos amorosos: deixou de se interessar pelos possíveis parceiros, não estava procurando relacionamento, pensava muito pouco nesse assunto e não tomava conhecimento quando alguém se interessava por ela. Havia se resignado a ficar sozinha. Parecia que ela estava “fora do jogo”.
Algumas pessoas são assim como Julieta: tornaram-se meio apagadas e perdem boa parte das esperanças de que poderão atrair parceiros adequados, iniciar e fazer progredir bons relacionamentos.

Possíveis motivos do apagão psicológico

Existem vários fatores que tornam a presença amorosa de certas pessoas marcantes e a de outras, apagadas.
Vamos examinar aqui dois desses motivos: autossuspeição e profecia autorrealizadora devido a fracassos anteriores.
Autossuspeição: um dos motivos do apagão psicológico
Imagine que você costuma o carro e guiar até o trabalho. Geralmente, você nem pensa no que está fazendo para guiar durante esse trajeto. Uma espécie de automatização se encarrega de tomar as decisões e a sua atenção só é exigida quando acontece algo de excepcional.
No entanto, imagine que em um determinado dia, você começa a pensar nas complexidades envolvidas no guiar um carro: habilidades necessárias para controlar a velocidade, ultrapassar, desviar de buracos, estacionar, etc. A consciência de toda a complexidade pode atrapalhar seriamente a sua habilidade para guiar. É melhor guiar no “automático” do que ficar consciente de cada decisão!
De forma semelhante, quem desenvolve a autossuspeição nos assuntos amorosos fica consciente de tudo que está acontecendo e, por isso, questiona-se continuamente sobre tudo que fez, faz ou poderia fazer nesta área: raciocina o tempo todo, surgem mil dúvidas e passa a pedir conselhos, lê livros de autoajuda e nunca obtém respostas seguras para suas dúvidas sobre como agir. Este questionamento contínuo e a falta de respostas claras deixa a pessoa insegura, diminui sua espontaneidade, a torna desvitalizada e artificial. 
Sabe aquela pessoa que age sem espontaneidade e mostra pouca vitalidade ou convicção? Pois é! Esse é um dos possíveis motivos: ela deixou de acreditar que a forma espontânea de agir será aceita e fará sucesso. Quando isso acontece, ela começa a pensar antes de agir. Começa a questionar se a forma como pensa e sente são bons guias para suas ações. Essa autossuspeição atrapalha muito a sua forma de agir!
Profecia autorrealizadora causada pelo insucesso continuado
A desmotivação causada pelos insucessos anteriores pode vira profecia autorrealizadora
Em qualquer área da vida, é natural que a nossa motivação diminua, que nos desinteressemos e que desistamos, após já tentar muitas vezes e não obtermos sucesso. Por exemplo, Depois de tentar mil vezes passar em um concurso, é natural que desistamos. Assim também é no campo social e, especialmente, no campo amoroso.
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domingo, maio 28, 2017

Problemas para manter seus relacionamentos? Informe e pergunte sobre assuntos em andamento.

A manutenção de relacionamentos saudáveis exige muitas medidas e atitudes. Uma delas é a demonstração de interesse e consideração pelo parceiro.
Quando há intimidade entre os parceiros, é necessário que cada um deles mostre interesse pela evolução dos acontecimentos que estão afetando o outro.
A maneira de fazer isso é perguntar e acompanhar os acontecimentos que estão acontecendo ou previstos para acontecer com o outro. Fazer isso é mostrar que se importa com o outro. Deixar de fazer é um dos principais sinais de desconsideração e indiferença.

Principais tipos de assuntos em andamento

Assuntos em andamento são aqueles que:
1- Já ocorreram, mas seus efeitos provavelmente ainda continuam presentes nos pensamentos e sentimentos do interlocutor.  
Por exemplo, José encontra André durante uma exposição. Na última conversa, André relatou que havia levado um fora da namorada. Logo após os cumprimentos, José pergunta para André como ele estava se sentindo agora com o fora da namorada.
2- Estão programados para ocorrer proximamente
Sempre existem acontecimentos programados para acontecer. Por exemplo, quase todo mundo tem contas a pagar, exames de saúde para realizar, acontecimentos agradáveis esperados.
Exemplos de perguntas sobre assuntos em andamento
Perguntas usadas para acompanhar os acontecimentos em andamento do interlocutor:
Carlos acompanha o que se passa com Darlene antes, durante e depois do seu processo de seleção para um emprego.
Darlene está participando de um processo seletivo para um emprego. Veja as perguntas que Carlos apresentou para ela:
Antes do acontecimento: “E ai? Você está preocupada com o processo seletivo que será iniciado na próxima semana?”.
Durante o acontecimento: Como você está se saindo nas etapas da seleção de emprego que estão sendo realizadas?
Depois do acontecimento: Como você está se sentindo com os resultados da seleção que você participou?
André sempre pergunta pelos assuntos em andamento dos seus interlocutores
André é muito gentil.
Mesmo que passem meses sem ver uma pessoa, ele se lembrará daquilo que estava ocorrendo ou ia ocorrer com ela quando conversaram na última vez. Por exemplo, quando reencontra a pessoa, ele pergunta sobre os resultados do checkup que ela ia realizar quando se falaram anteriormente; sobre o primeiro encontro que ela ia ter com aquele rapaz; sobre o trabalho que ela ia apresentar na escola. Etc. Por isso, todos aqueles que se relacionam com ele sentem-se queridos e considerados.
Julieta ficou ressentida porque seu namorado não perguntou sobre seu primeiro dia no novo 

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sábado, maio 20, 2017

Quando o ciúme beneficia o relacionamento: ciúme preventivo e ciúme retaliador

A mãe, chega em casa e procura por Lola. Ela não está em lugar nenhum! Estarrecida, ela olha para a janela: lá está Lola, do lado de fora, pés no parapeito estreito, agarrada na moldura do vidro!
A mãe grita: Saia dai!!!!
Lola responde:
Você não confia em mim?
Não vou cair, não!
Estou me segurando bem!
Olha! Estou segurando com uma mão só!
Oooohhhh, aiiiiiiiiiiiiiiii”. ........
Ploffffft
Assim dizia Lola, que estava fora da janela, no décimo primeiro andar do prédio onde morava. Infelizmente, caiu...........
Ela confiava muito em si e, por isso, expunha-se demais aos riscos!
Rebelava-se contra a mãe que queria controla-la para não fazer isso!
Achava que a mãe era controladora, possessiva, insegura...
Evitar perigos pode ser necessário. Por mais confiante que sejamos, por mais que confiemos faz que nos exponhamos a outras pessoas, a situações e a substâncias podem alterar nossas percepções, nossos objetivos, nossos desejos e tudo isso aumenta as chances de que mais dia menos dia escorreguemos janela abaixo...
Por outro lado, evitar perigos demais sufoca a si próprio e ao relacionamento.

A nossa sociedade aprova certos sentimentos e condena outros

A nossa sociedade classifica os sentimentos e emoções segundo um contínuo que vai desde extremamente desejáveis até o outro extremo onde estão os sentimentos extremamente indesejáveis
Entre os sentimentos desejáveis estão a compaixão, a alegria a empatia e próximo do outro extremo, os indesejáveis, estão o ódio, a inveja e o ciúme.
“Homem não tem medo”, “Homem não chora”.
O ciúme é considerado um sentimento mostrado por aqueles que são imaturos e é um sinal de fraqueza.
A abordagem científica não classifica esses sentimentos e emoções usando termos avaliativos ou condenatórios. Pelo contrário, a atitude preponderante é de respeito e curiosidade. A curiosidade é pelas causas e funções e universalidade
Se o sentimento ou emoção é observado em todas as culturas e em espécies próximas ás nossa, a hipótese mais forte é que ele tem raízes genéticas.
Muitas expressões de emoções, por exemplo, provavelmente têm fortes influências genéticas. Elas são universais, mostradas por recém-nascidos, mesmo quando nascem cegos, reconhecidas precocemente e mostradas por espécies de animais próximos. Esse é o caso da alegria, raiva, nojo, surpresa, tristeza e medo.
Diga-se de passagem, que o ciúme é mostrado universalmente e também é mostrado por várias espécies de macacos onde os rivais são agredidos juntamente com as fêmeas que estão mostrando sinais de traição.
Muitos desses sentimentos e emoções têm funções bastante conhecidas: a nossa espécie nem sobreviveria sem eles. Este é o caso do medo por exemplo.
Medo de menos é mortal, medo demais é paralisante e mortal também.
Quem não tem medo de nada, morre em pouco tempo: atravessa na frente dos carros, dependura-se em janelas de prédios, enfrenta bandidos nas ruas.
Quem tem medo de mais, anula-se: não sai de casa por medo de assalto, não inicia namoros, não fala na frente de salas de aula. O medo útil é aquele que é proporcional aos riscos.
No caso do ciúme, os inconvenientes são mais óbvios do que os benefícios.
Ele é desagradável para todos que sentem ciúme. Também não é suportado por muitos que são objeto de ciúme (desconfiança, restrição, insegurança do ciumento). Causa fortes transtornos para o relacionamento: brigas, restrições, prejuízos a amizades, prejuízos para a carreira.
Pior de tudo é o ciúme exacerbado e baseado em medos irrealistas
No entanto, tal como o medo, a ausência de ciúme em quaisquer circunstâncias pode ser tão prejudicial como o ciúme exagerado em muitas circunstâncias.
Não ter ciúme de ninguém e em nenhuma circunstância é irrazoável e pode levar rapidamente ao final do relacionamento: os parceiros logo se envolvem com outras pessoas e desfazem o relacionamento original.
O ciúme benéfico é aquele que é proporcional aos riscos. Ele é ainda mais benéfico quando é encaminhado da forma certa.
O relacionamento pode terminar por diferentes motivos. Segundo pesquisas recentes, os principais desses motivos são o esvaziamento (os parceiros perdem o interesse um pelo outro e pelo relacionamento), brigas muito frequentes e graves e as traições.
Essas três causas são relacionadas. Por exemplo, se o relacionamento esvaziou ou se ficou desagradável devido a brigas, tudo isso aumenta as chances de traições.
Vamos abordar neste artigo apenas a última dessas causas das dissoluções de relacionamentos: as traições. O ciúme razoável ajuda a manter o relacionamento.

Prevenção e retaliação: duas medidas para diminuir as chances de traições

Nada melhor para diminuir as chances de traições do que um bom relacionamento. No entanto, abordaremos aqui dois outros mecanismos que servem para diminuir diretamente as chances de traições: medidas preventivas e medidas retaliadoras das traições.
Esses dois tipos de medidas geralmente, mas nem sempre, são motivadas pelo ciúme. Exemplo de outras motivações: interesse em manter o relacionamento que está sendo ameaçado por que ambos os parceiros estão se expondo demais a possíveis rivais.
Medidas preventivas contra traições
As prevenções a exposições ao risco são aquelas medidas que visam impedir que o parceiro se exponha demais a situações que aumentam as chances de envolvimento com possíveis rivais.
Medidas retaliadoras contra traições
As retaliações são aquelas sanções que ocorrem após a traição: terminar o relacionamento, pagar da mesma moeda, retirar privilégios, processar por danos morais e, infelizmente, agredir verbal e fisicamente, o que é completamente inadequado e intolerável.
A punição tem caráter vingativo: fazer sofre quem lhe fez sofrer. Todas as medidas legais funcionam assim: crime e castigo!
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domingo, maio 14, 2017

Como ouvir desabafos

Muita gente não sabe como se portar diante de um desabafo. Certas pessoas procuram minimizar os significados dos fatos que causaram o desconforto em quem está desabafando. Outras pessoas contam histórias pessoais semelhantes àquelas relatadas por quem desabafa, porque acreditam que a desgraça compartilhada é menor. Outras, ainda, partem para os conselhos e para as indicações de soluções para diminuir o mal que está sendo relatado.
É possível que todos estes procedimentos tenham os seus efeitos positivos. No entanto, um procedimento que, creio, é dos mais proveitosos, tem os seguintes passos:
  • Fase de entendimento do que está se passando com o outro
    • Ouvir atentamente o que está sendo relatado
    • Não apresentar opiniões
    • Empatizar com os seus sentimentos que estão sendo apresentados. Por exemplo:
            Mostrar expressões faciais das emoções correspondentes ao que quem está desabafando estaria sentindo
            Emitir vocalizações emocionais compatíveis com o que está sendo relatado (“Ah!, “Nossa!, “Terrível!”).
  • Pedir esclarecimentos que facilitem a compreensão do relato
  • Não dar conselhos não solicitados
  • Não contar casos semelhantes (deixar quem desabafa ser o centro das atenções). Esses relatos podem desviar o foco de quem desabafa e do desabafo.
  • Depois de um tempo, quando o desabafo já foi satisfatoriamente realizado, é provável que quem desabafou manifeste o desejo de ouvir o interlocutor: as regras que regem os turnos e a necessidade de feedback levarão ele a agir desta forma (geralmente não posso falar sozinho sem ouvir o outro).
  • Agora sim, aquelas coisas omitidas anteriormente podem ser bem vindas (contar casos semelhantes, colocar-se à disposição para ajudar, etc.).
  • Apresentar feedback mais amplo do que simplesmente empatizar, sem condenações e baseado naquilo que percebeu da situação do outro.
    • Usar adjetivos para classificar o que foi relatado: “Fácil”, “Difícil”, etc.
    • Relatar como percebeu os sentimentos do outro em tal situação.
    • Raciocinar com outras informações para enriquecer os comentários.
Exemplo de diálogo contendo um desabafo e sua recepção
Convenções:
D – Quem desabafa.
O – Ouvinte
Meus comentários estão entre colchetes  [  ]
            D - Estou furiosa.
            O - O que aconteceu? [Pergunta induzida pela frase acima. O ouvinte, por exemplo, não se sente à vontade para dizer “Que bonito brinco!” Mesmo que o diga (se o brinco for excepcionalmente bonito), ele se sentirá compelido a dizer, em seguida, algo do tipo “Porque você está furiosa?”]
            D- Meu ex-marido tratou pegar a nossa filha e deu cano!
O - Deu cano? [A repetição dessa parte da frase acima incentiva o interlocutor a expandi-la]
D - Sim. Ele sempre faz isso. Ele cria este tipo de expectativa para ela, não cumpre e depois ela fica chorando.
O - Que chato! [“Empatiza” – mostra sentimento semelhante ao do interlocutor]
E você como está se sentindo? [Mostra interesse pelos seus sentimentos].
            D- Revoltada! Eu ainda vou aprontar com ele.
            O - É? O que você pensa em fazer? [Pergunta para incentivar O a desenvolver o que falou na frase acima]
            D- Da próxima vez que ele se atrasar, vou sair com ela. Ele sempre foi assim, irresponsável. Ele também está com a pensão atrasada. Vou processá-lo.
O – [Apresenta cara de pesar para empatizar com os sentimentos de D] A pensão também está atrasada? [Pergunta para estimular a expansão dessa informação].
            D - Sim. É um canalha. Dá vontade de matar aquele desgraçado. [Não desenvolve a informação solicitada. Prefere expressar a sua raiva]
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domingo, maio 07, 2017

Vida sem brilho e alegria: passividade excessiva!

A mesmice, a apatia, a falta de brilho na vida são frutos ou de distúrbios orgânicos ou de maneiras equivocadas de ver a si próprio, os fatos e os acontecimentos!
Estilos de expressão de sentimentos e pensamentos
Em situações sociais, podemos expressar aquilo que sentimos e pensamos de quatro maneiras:
(1) Reagir agressivamente (agressividade)
Uma ação agressiva é aquela apresentada com o objetivo, consciente ou inconsciente, de provocar ferimento psicológico ou físico no interlocutor.
A agressão pode acontecer de diversas formas: (1) através do conteúdo daquilo que é dito (por exemplo, dizer ou escrever coisas ofensivas), (2) através da comunicação não verbal (por exemplo, apresentar expressões faciais e vocais de raiva, desprezo, nojo) e (3) através de ações físicas (por exemplo, bater, morder, atirar coisas, agir grosseiramente).
As agressões psicológicas mais graves são as seguintes: fazer acusações à personalidade, mostrar nojo ou desprezo pelo interlocutor. A expressão da raiva e críticas dirigidas a comportamentos específicos são formas mais amenas de expressar agressividade.
Um dos motivos da agressão é o revide à outra agressão. Neste caso, o agressor segue o ditado “Olho por olho, dente por dente”. A agressão motivada pela raiva  geralmente é considerada menos grave do que a agressão que é perpetrada fria e premeditadamente.
(2) Reagir passiva-agressivamente:
Agredir disfarçadamente (mistura de passividade com agressividade)
Neste caso, a pessoa agride indireta e disfarçadamente. Age indiretamente porque não consegue agir diretamente. Por isso, é um pouco passiva. Não é totalmente passiva porque agride disfarçadamente.
(3) Apresentar adequadamente os sentimentos e pensamentos (assertividade)
Uma ação assertiva é aquela expressa os sentimentos e os pensamentos do seu autor de forma adequada e na situação adequada.
As principais motivações das nossas comunicações e ações assertivas são aquilo que estamos sentindo e pensando e não os medos de ser rejeitado, de ser considerado inadequado, de perder o respeito das outras pessoas, de estar sendo inconveniente, de estar sendo aturado ou de estar usurpando um lugar ou um tempo que não é nosso.
A assertividade também acontece quando uma pessoa não se submete a um interlocutor manipulativo. Quando deseja, a pessoa assertiva limita as revelações de seus sentimentos e pensamentos (não revela só porque o interlocutor deseja que ele faça isso; só revela aquilo que deseja ou só revela na dose que deseja), não se resigna ao papel de ouvinte passivo (inerte) e se recusa a agir de maneira que não concorda só para atender o desejo do interlocutor.
(4) Omitir ou simular sentimentos e pensamentos (passividade)
A pessoa passiva omite aquilo que está sentindo e pensando, tanto nas suas comunicações quanto na sua forma de agir não comunicativamente. É a “engolidora de sapos”. Outra forma de passividade é a simulação de ações e reações para agradar o interlocutor.
Quando age passivamente, a pessoa se anula e se neutraliza como interlocutora. Esse estilo só é bem vindo quando o interlocutor é um falante compulsivo e desrespeitoso, que é capaz de falar até com a mensagem automática de uma secretária eletrônica.
Muitas vezes, o passivo não consegue ser assertivo porque teme prejudicar sua imagem pessoal, ser grosseiro, pressionar ou constranger os seus interlocutores. Na maioria das vezes, a resposta socialmente esperada contém certo grau de passividade cooperativa ou a disfarçada.
A pessoa passiva omite aquilo que está sentindo e pensando, tanto nas suas comunicações quanto na sua forma social e não comunicativa de agir (dividir uma tarefa chata, por exemplo). É a “engolidora de sapos”.
A pessoa passiva omite aquilo que está sentindo e pensando, tanto nas suas comunicações quanto na sua forma de agir. É a “engolidora de sapos”.
Quando age passivamente, a pessoa se anula e se neutraliza como interlocutora. Esse estilo só é bem vindo quando o interlocutor é um falante compulsivo e desrespeitoso, que é capaz de falar até com a mensagem automática de uma secretária eletrônica.
Muitas vezes, o passivo não consegue ser assertivo porque teme prejudicar sua imagem pessoal, ser grosseiro, pressionar ou constranger os seus interlocutores. Na maioria das vezes, a resposta socialmente esperada contém certo grau de passividade cooperativa ou a disfarçada.
A pessoa passiva omite aquilo que está sentindo e pensando, tanto nas suas comunicações quanto na sua forma social e não comunicativa de agir (dividir uma tarefa chata, por exemplo). É a “engolidora de sapos”.
Esses quatro tipos de expressões podem acontecer tanto quando sentimos e pensamos coisas positivas quanto sentimos coisas negativas. Por exemplo, podemos omitir ou expressar adequadamente a nossos sentimentos quando gostamos ou quando não gostamos das ações do nosso interlocutor.
Cada um destes estilos de ação pode ser o mais apropriado dependendo das circunstâncias. No entanto, a forma assertiva de agir geralmente é a mais apropriada do que as outras três e produz mais resultados positivos do que elas.

Três estilos de passividade

O termo “passivo” é usado aqui para nomear aqueles episódios onde os comportamentos são mais controlados pelo que os outros esperam ou desejam, ou pelo que o passivo imagina que se passa com os outros, e não pelos sentimentos e desejos da própria pessoa que é passiva.
Vamos examinar agora três estilos de passividade:
Passivo conformado
Este tipo de passivo já deixou de ter conflitos internos por não expressar o que sente e pensa. Acabou alterando ou reprimindo os sentimentos e desejo para que não conflitassem com aquilo que os outros esperam. Foi “domesticado”.
Inácio: passivo conformado
A vida de Inácio era bem morna
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terça-feira, maio 02, 2017

Polidez: habilidade para ser agradável nas conversas

 A polidez é a arte de fazer o interlocutor sentir-se melhor, evitar falar coisas desagradáveis e amenizar, o máximo possível, a comunicação de coisas desagradáveis inevitáveis.

Polidez na comunicação

Uma das principais áreas onde a polidez é necessária é na comunicação. O ser humano é muito melindroso, sensível e delicado em relação à forma como os outros se dirigem a ele. Quase tudo pode ser dito, dependendo da maneira como é dito. Dizer as coisas da forma certa pode ser tão ou mais importante do que aquilo que é dito.
Cada pensamento pode ser expresso através de muitas palavras diferentes e de muitas formas diferentes. Por exemplo, ele pode ser expresso através de diversas palavras que têm significados semelhantes, através de diversos tons de voz e de forma direta ou indireta. Muitos destes vocabulários e formas de expressão, além de comunicar as ideias, também expressam, simultaneamente, diferentes graus de polidez. Para ser polido é necessário escolher as palavras e o tom de voz que não causem desconforto e, quando for impossível, tomar outras medidas para atenuar o desconforto. Sempre que possível, devemos procurar sermos agradáveis e melhorar a estima do interlocutor.
A polidez diz respeito às palavras que são usadas, à contextualização que é criada para emoldurar adequadamente as comunicações e a comunicação não verbal que antecede, acompanha ou segue o que é dito (tom de voz suave ou ríspido, cara sorridente ou de escárnio, etc.).
Imagine, por exemplo, os diferentes efeitos na sensibilidade de quem recebe os seguintes pedidos ou ordens:
“Abra a janela.”
“Você se incomodaria de abrir a janela?”
“Está quente aqui, não é? A janela está fechada...”.
O objetivo de quem apresenta esses pedidos, insinuações ou ordens é abrir a janela. As comunicações que esta pessoa está usando para alcançar seu objetivo podem ser rudes, impositivas ou delicadas. Isso influirá tanto no sucesso dos seus objetivos quanto nos sentimentos do interlocutor que receberá essas comunicações.
A polidez na comunicação deve ser manifestada:
- Pelo ouvinte e pelo falante,
- Através da comunicação não verbal e através da comunicação verbal,
- Através da forma e através do conteúdo da comunicação.
A polidez consiste na tomada dos seguintes cuidados:
1- Contribuir para que os interlocutores se sintam melhor
Validá-los, mostrar admiração por eles, elogiá-los.
2- Evitar ações que poderão fazê-los sentirem-se desconfortáveis.
Evitar dizer que o interlocutor está errado, evitar apontar seus erros, corrigi-lo, criticá-lo, ignorá-lo, comandá-lo explicitamente.
3- Tomar medidas para amenizar desconfortos causados por intervenções inevitáveis . (Ver essas medidas abaixo).

Medidas para amenizar desconfortos causados por intervenções inevitáveis

Uso de amenizadores para amenizar o impacto negativo de comunicações desconfortáveis que devem ser apresentadas
O uso de amenizadores consiste na substituição de formulações desagradáveis e ameaçadoras por outras mais amenas. Os principais tipos de amenizadores de ameaças verbais são os seguintes (baseado em Orechionni):
1- Usar a comunicação indireta quando for dizer algo que ameace a estima do interlocutor
Exemplos
  • Substituir uma ordem (mais coercitiva) por uma pergunta (menos coercitiva):
Por exemplo: ao invés de dizer “Abra o vidro do carro”, dizer “Você poderia abrir o vidro?” ou “Está abafado aqui, não é? Você se importaria caso eu abrisse um pouquinho os vidros?”.
  • Apresentar uma pergunta que equivale a uma reprovação
Ao invés de dizer: “Não quero que você faça isso” dizer “Você não vai fazer isto de novo, vai?”.
  • Apresentar uma confissão de incompreensão que equivale a uma crítica
Ao invés de dizer: “Você não foi claro”, dizer “Realmente, não estou entendendo você”.
2- Usar desatualizadores:
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domingo, abril 23, 2017

Quem gosta mais do outro, você ou sua parceira? Como saber isso?

Existem várias maneiras de verificar isso. Vamos apresentar aqui uma dessas maneiras: as iniciativas sociais positivas.

Exemplos de iniciativas sociais positivas

1- Tomar iniciativas para iniciar ou reiniciar contatos
É a iniciativa para fazer o primeiro contato ou para retomar contatos.
O primeiro contato acontece entre desconhecidos. A retomada de contatos acontece após muito tempo de interrupção sem motivos óbvios ou interrupção motivada por algum evento específico (relacionamento comercial encerrado, briga que levou a interrupção do relacionamento, etc.).
Exemplos:
- Iniciar o flerte com uma desconhecida
- Desviar-se do caminho e ir até onde está uma pessoa conhecida que você não vê há muito tempo e cumprimentá-la
- Mandar uma mensagem através Whatsapp para um conhecido com quem você não fala há muito tempo
- Telefonar para um conhecido com quem você não fala há bastante tempo.
- Convidar um possível parceiro amoroso para um primeiro encontro.
- Ser o primeiro a mandar um cartão de Natal.
- Puxar conversa com um desconhecido
2- Tomar iniciativas para intensificar relacionamentos
A iniciativa de intensificar contatos acontece através de três tipos de inciativas:
A- Aumentar a frequência dos contatos (procurar o outro mais vezes por semana)
Exemplos
Aumentar a frequência das mensagens enviadas para a parceira.
- Aumentar a frequência de curtidas das postagens da parceira no Facebook.
- Tornar a voz mais intensa e modulada do que o usual ao cumprimentar a outra pessoa.
- Apertar a mão de quem só era cumprimentado oralmente.
- Apertar um pouco mais a mão de quem era cumprimentado com aperto de mão mais leve.
- Abraçar quem já era cumprimentado com um aperto de mão caprichado
- Abraçar e beijar quem já era abraçado.
- Aumentar a duração de cada um dos atos acima.
B- Tomar iniciativas para melhorar a qualidade do relacionamento:
- Tratar melhor a outra pessoa. Ser mais atencioso, mais gentil, valorizá-la mais.
- Tornar o conteúdo da comunicação mais pessoal ou íntimo.
- Começar a tratar a parceira mais carinhosamente.
- Apresentar sinais que pretende conversar bastante tempo (sentar-se, colocar a pasta sobre a mesa, declarar que está com a tarde livre, etc.).
- Ir além das formalidades do cumprimento e dar sinais especiais de bem querer. Por exemplo, cumprimentar uma pessoa com um pouco mais de entusiasmo que o esperado para o tipo de relacionamento que você tem com ela.
- Aumentar a intimidade do meio de comunicação. Por exemplo, ao invés de mensagem de texto, mandar mensagem de voz; ao invés de mensagem de voz, mandar vídeo; ao invés de vídeo, telefonar para a pessoa.
- Aumentar a afetividade ou aumentar a intimidade do conteúdo das comunicações: falar coisas mais pessoais, apresentar perguntas sobre a vida da outra pessoa, compartilhar notícias e sentimentos, compartilhar acontecimentos pessoais em andamento (nova namorada, por exemplo), apresentar sua opinião sobre o que a outra pessoa disse.
Intensificações não verbais
C- Iniciativas para tentar alterar o tipo de relacionamento.
Por exemplo, começar a fazer coisas com um amigo que são típicas de namorados, para transformar a amizade em namoro: usar termos mais carinhosos, começar a fazer contatos físicos mais românticos, convidar para programas típicos de namorados.

Geralmente, é agradável receber iniciativas positivas de contato

Essas iniciativas podem ser encaradas como sinais de apreço e consideração por parte daqueles que as tomam em relação aos interlocutores para quem elas são dirigidas.
Para ajudar a tomar consciência dos efeitos positivos das iniciativas de contato costumo pedir para que os meus pacientes imaginem como eles se sentiriam caso recebessem iniciativas desse tipo.
Por exemplo, peço a cada um deles que imagine que está em um lugar público e uma pessoa conhecida, logo que o avista, caminha animadamente na sua direção e o cumprimenta com gosto. O autor dessa iniciativa pode dar mostras que poderia prolongar a conversa, mas também está pronto para não fazer isso, caso o paciente não o estimule a continuar a conversa.
Além disso, peço aos pacientes que imaginem que existem indícios de que a intenção principal do autor da iniciativa é apenas cumprimentar e conversar com ele e não qualquer outro tipo de interesse, como pedir alguma coisa ou fazer contato profissional. 

As iniciativas de contato enviam os seguintes tipos de mensagem positivas para quem é abordado:

“Você é importante para mim”

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