sábado, janeiro 24, 2015

Quando o seu cônjuge é o seu melhor amigo, as chances de felicidade são maiores

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"QUANDO O CÔNJUGE É O SEU MAIOR AMIGO, AS CHANCES DE FELICIDADE SÃO MAIORES"


Sempre houve e sempre haverá alguma forma de casamento

Os antropólogos nunca encontram nenhuma sociedade onde não houvesse algum tipo de casamento. A universalidade dessa instituição se deve às diversas funções que ela oferece para a sociedade e para os indivíduos.
Até pouco tempo atrás, os críticos do casamento afirmavam que ele era uma instituição falida e ultrapassada e, por isso, fadada a desaparecer.
Segundo esses críticos, muitos fatos atestavam a inadequação do casamento: as crescentes taxas de divórcio; as percentagens de jovens que estavam adiando o início do casamento ou deixando de casar-se; as percentagens de traição cresciam a cada nova pesquisa.
Embora as percentagens daqueles que adiam ou recusam-se a casar continuem crescendo e as taxas de traição estejam mais altas do que nunca, alguns sinais que atestam as funções positivas do casamento começam a aparecer nas novas pesquisas: as taxas de divórcio param de crescer e estão cada vez mais claras as contribuições dos bons casamentos para a saúde física e psicológica.
Mais recentemente, as pesquisas vêm constatando que os bons casamentos estão fortemente associados à felicidade. Por exemplo, segundo uma delas, o bom casamento produz acréscimo ao grau de felicidade equivalente ao aumento de quatro vezes no valor do salário.
Outra pesquisa recente, publicada no mês passado (dezembro de 2014), além de confirmar as contribuições do casamento para felicidade, também indica que um dos principais ingredientes do casamento que afeta o grau de felicidade é a amizade entre os cônjuges.

O casamento contribui para a felicidade

Recentemente Shawn Glover (Department of Finance Canada) e John F. Helliwel (University of British Columbia) publicaram recentemente um artigo que apresenta evidências de que o casamento contribui para a felicidade. Este artigo também apresenta evidências de que não é fato de estar formalmente casado que contribui para a felicidade, mas sim o grau de amizade que existe entre os cônjuges: a felicidade é maior para aquelas pessoas que afirmam que o cônjuge é o seu melhor amigo (um link para a versão online dessa publicação é fornecida na Nota, no final deste artigo) do que para aquelas pessoas que citam outra pessoa como o melhor amigo. 
Os dois autores dessa pesquisa analisaram os dados de outras três outras pesquisas inglesas que foram realizadas com milhares de ingleses e pessoas de outros países.
Neste artigo, vamos comentar alguns desses achados sobre o papel da amizade para a felicidade.

O casamento tem efeitos duradouros na felicidade

Existem evidências que indicam que os acontecimentos afetam apenas temporariamente o nível de felicidade: quando algo positivo ou negativo acontece para uma pessoa, geralmente ela fica temporariamente mais feliz ou infeliz, respectivamente. Depois de algum tempo, o seu grau de felicidade volta ao nível anterior ao acontecimento. Essas evidências fortaleceram a crença de que o nível de felicidade ou é determinado geneticamente ou é fixado muito cedo na vida (fatores disposicionais) ou é determinado por uma combinação desses dois fatores
Os efeitos de um bom casamento, no entanto, parecem alterar duradouramente o nível de felicidade. Na pesquisa de Glover e Helliwell, citada acima, as comparações, em diversas faixas etárias, dos níveis de felicidade dos solteiros com os níveis de felicidade dos casados mostraram que os casados são mais felizes do que os solteiros durante quase toda a vida, e não apenas na ocasião do casamento.

Quando o cônjuge é o melhor amigo, a felicidade é maior

“Quem é o seu melhor amigo?” Essa pergunta foi apresentada para todos os participantes da pesquisa. Os efeitos positivos do casamento para a felicidade eram maiores para aquelas pessoas que responderam que o melhor amigo era o cônjuge. Esse efeito era duas vezes maior quando o melhor amigo era o cônjuge do que quando o maior amigo era outra pessoa. Esse efeito foi verificado tanto para as pessoas que tinham uniões consensuais como para aquelas que eram formalmente casadas.
As contribuições positivas para a felicidade verificadas quando o cônjuge era também o melhor amigo eram maiores para as mulheres do que para os homens. No entanto, menos mulheres do que homens apontaram o cônjuge como melhor amigo.


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