domingo, junho 28, 2015

Quais mensagens você envia através da produção da sua aparência?

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"Quais mensagens você envia através da produção da sua aparência?"

A palavra “produção” é usada aqui para nomear o conjunto de cuidados que alteram rapidamente a aparência: vestuário, adornos, tratamento da pilosidade, acessórios, maquilagem, tatuagem, etc.

Funções da Produção
Desmond Morris afirma no seu livro “Você” (veja a citação na Nota 1, no final desse artigo) que as principais funções da produção são as seguintes:
Comodidade
Esta função é fácil de ser constatada: basta observar como o vestuário da maioria das pessoas é diferente em um dia frio em relação a um dia quente.
Pudor
Ocultar partes do corpo que a cultura considera despudorado exibir em público. Esta função também é bastante óbvia. Na nossa cultura, as regras do recato são onipresentes: os seios e os genitais devem ser cobertos. A produção sensual consiste, em grande parte, em cobrir estas partes, mas, ao mesmo tempo, sugerir e estimular a imaginação sobre o que está por baixo da cobertura.
Exibição/camuflagem
O nosso corpo funciona como uma espécie de outdoor que é usado pelas pessoas para postar diferentes mensagens através da produção.
A “exibição” é a comunicação de mensagens para outras pessoas. Esta função é uma das principais responsáveis pela existência da moda e dos múltiplos tipos de mensagens que podem ser enviados através da produção (sinais de gênero, sinais expressivos (humor, emoção), sinais afiliativos, conformismo, status, poder, riqueza, traços de personalidade, conformidade com o grupo; camuflagem, para não ser notado, etc.).
As três funções acima são atendidas, em maior ou menor grau, por diferentes itens da produção. Por exemplo, a proteção contra variações na temperatura é mais bem atendida pelo vestuário. A proteção contra os excessos de luz solar pode ser obtida através do vestuário, loções protetoras contra raios solares e óculos de sol.
Um mesmo item da produção geralmente tem várias funções. Por exemplo, um mesmo vestuário funciona para fins de recato, comodidade e exibição.

Funções do vestuário
Mark Hickson e colaboradores (2004 – veja a Nota 2) apontaram as seguintes funções do vestuário: proteção, atração sexual, autoafirmação, autonegação, esconder partes do corpo, identificação com o grupo, indicador de status e papel, identificação e a auto apresentação. Dentre estas funções, segundo estes autores, as mais importantes seriam estas duas últimas. O manual sobre comunicação não verbal destes dois autores apresenta os seguintes tópicos que podem ser considerados como funções ou efeitos do vestuário: vestuário e status, vestuário e características do usuário, vestuário e seus efeitos sobre o comportamento interpessoal (moeda deixada no telefone e pessoas vestidas de diferentes formas mandam desconhecidos colocarem moedas em parquímetro ou recolherem tocos de cigarro, atravessarem uma rua), vestuário e sucesso.

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sábado, junho 20, 2015

As maravilhas e funções da paixão romântica

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As maravilhas e funções da paixão romântica!

A paixão provoca transformações perceptuais, motivacionais e comportamentais no apaixonado: o dia fica mais lindo, as músicas românticas se tornam mais pungentes, o canto dos pássaros se torna mais belo, o entusiasmo pela vida aumenta, ficamos mais corajosos e mais dispostos a enfrentar os desafios da vida, conversamos por horas com a amada e nos tornamos mais atenciosos e gentis com ela. Essas transformações podem ser tão prazerosas que muita gente acaba se viciando em paixão: o que mais querem na vida é estar apaixonado. Esse prazer acontece, é claro, quando a paixão é correspondida!



            A paixão é uma espécie de artifício que a natureza inventou para unir romanticamente, rápida e fortemente, duas pessoas.

A paixão une fortemente duas pessoas mesmo quando não existem bases sólidas para explicar tanta atração entre elas. Ou seja, a paixão é baseada na idealização do parceiro. Stendhal, proponente de uma das mais respeitadas teorias sobre o nascimento da paixão, observou gravetos que caíam em minas de sal. Depois de certo tempo, o sal aderia aos gravetos. O resultado dessa combinação, sal e gravetos, ficava parecendo uma joia cravejada de brilhantes. Stendhal propõe que algo semelhante acontece com a paixão: aos olhos do apaixonado, o parceiro parece uma joia cravejada de brilhantes, mas, de fato, pode não passar de um graveto coberto por cristais de sal.

Por que a natureza inventou a paixão? Eu imagino que a paixão era muito útil na época que a nossa espécie era constituída por bandos nômades de caçadores coletores. Esses bandos tinham entre 100 e 1000 membros, aproximadamente. Eles ficam um tempo em um lugar caçando e coletando alimentos. Quando esses tipos de comida escasseavam no local, eles se mudavam para outro. Mais ou menos o que acontece com as nossas tribos de índios.

Para evitar a endogamia, casamento entre aparentados, que inevitavelmente ocorreria, caso os membros de cada grupo só se casassem com outros membros do mesmo grupo, a natureza inventou a paixão: quando dois grupos se encontravam, pessoas de um grupo poderiam se interessar, muito rápida e intensamente, por pessoas do outro grupo. Esse interesse teria que acontecer muito rapidamente porque o contato entre os grupos durava muito pouco tempo. Logo cada um deles seguiria seu caminho.

Essa atração teria que ser muito intensa para motivar um dos apaixonados a largar tudo e ir embora com o novo parceiro. Teria que largar família, amigos, segurança, aliados, etc.

Ainda hoje a paixão ainda produz esse enorme efeito: pessoas fazem loucuras quando estão apaixonadas - largam tudo, movem céu e terra para se unirem ao amado que mal conhecem.

Ainda hoje ela é útil: muitas vezes nos envolvemos com alguém que mal conhecemos, que encontramos por acaso, e que provavelmente não veríamos de novo, se não sentíssemos algo muito forte que nos leva a tomar providências para ver tal pessoa outra vez. Isso acontece em várias situações: viagens, congressos, restaurantes e, principalmente, nas baladas. Os sites e aplicativos para encontrar parceiros também fazem uso dessa capacidade para nos envolvermos rápida e fortemente com alguém que praticamente não conhecemos: podemos ficar fortemente interessados em alguém que só vimos a foto e lemos algumas frases de apresentação!

            Esta ligação semi-instantânea de alta intensidade pode unir pessoas semidesconhecidas durante o tempo que pode ser suficiente para que o envolvimento entre elas se estabeleça através de outras bases mais sólidas - através da intimidade e compromisso (saber que pode confiar e contar com o outro, compartilhar suas preocupações, problemas, alegrias, receber apoio, assumir compromissos externos e internos, unir forças, se apoiar no outro para se desenvolver compartilhar experiências excitantes, depender mutuamente para atingir metas, divisão de encargos.).

Claro, nem sempre a paixão deságua no amor. Muitas vezes, quando a idealização diminui, a princesa que víamos através da lente da paixão adquire a sua aparência verdadeira: uma sapa!

Outras vezes, a princesa adquire sua forma verdadeira: uma plebeia cheia de atrativos que são mais do que suficientes para provocar e solidificar o nosso amor.

Em outros casos, ainda, a princesa é realmente uma princesa e, além disso, tem outras qualidades que despertam o nosso amor. Neste caso, ganhamos na loteria do amor!



Princípios gerais que regem os apaixonamentos

            A teoria do apaixonamento mais aceita por aqueles que estudam o fenômeno do apaixonamento é a de Stendhal. Esta teoria afirma que são necessárias três condições para que ocorra o apaixonamento: admiração, esperança e certa dose de insegurança.

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sábado, junho 13, 2015

Confira se você é um matador de conversas ("Transar é fácil, difícil é achar alguém para conversar", diz Miley Cyrus)

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"CONFIRA SE VOCÊ É UM MATADOR DE CONVERSAS"

A conversa e o assunto podem ser mortos de duas formas principais:
1- Morte passiva. Deixar de fazer aquilo que pode ser feito para manter e dar brilho para a conversa é uma maneira de matá-la por falta de nutrição: não alimentar a conversa, não se mostrar animado e não animar o interlocutor não desempenhar bem o papel de ouvinte ou de falante, não respeitar as regras dos turnos e das mudanças de turnos.
2- Morte ativa: impossibilitar a conversa ou o assunto; indispor o interlocutor para conversar ou tratar daquele assunto (tapar os ouvidos): portar-se de tal forma que o interlocutor ficará zangado ou sentir-se-á desrespeitado e interromperá a conversa. Outra maneira e matar a conversa ativamente: fazer coisas para diminuir a motivação do interlocutor ou inviabilizar a conversa pela quebra de suas regras fundamentais ou estragar sua motivação para tratar de certos assuntos, para conversa conosco.
Um motivo externo, de força maior, também pode impor a morte justificada da conversa. Por exemplo, um compromisso sério e inadiável pode fazer a conversa ser encerrada.
Existem muitas publicações que trataram das medidas para animar ou alimentar a conversa. Para matar passivamente a conversa ou assunto basta não tomar essas medidas. Neste artigo, vamos tratar apenas das formas ativas de matar a conversa ou o assunto.

Maneiras ativas de matar a conversa
As principais maneiras de matar a conversa são as seguintes:
1- Mostrar hostilidade generalizada contra o interlocutor
2- Roubar os holofotes
3- Agir impolidamente. Ameaçar a face do interlocutor: ser rude demais verbal e não verbalmente
4- Desenvolver temas chatos e desagradáveis
5- Assumir o papel de Dr. Sabe Tudo
6- Anular o interlocutor
7- Tomar todo o poder sobre os componentes da conversa para si
8- Contestar sistematicamente o interlocutor
9- Sair abruptamente do papel de ouvinte ou de falante: virar as costas, mudar de assunto
10- Não dar o tom certo para a conversa: brincar quando não deve, ironizar, etc.
11- Forçar conversas e temas
Monopolizar o papel de ouvinte ou de falante
12- Interromper demais
13- Dar conselhos não solicitados
14- Roubar os holofotes
15- Discordar de tudo
16- Interrogar
Agora, vamos abordar mais detalhadamente as ultimas seis maneiras de liquidar conversas mostradas na lista acima. Elas serão abordadas porque, acredito, que são as maneiras mais frequentes e graves de matar as conversas.

Principais maneiras ativas de matar conversas
Forçar conversas e temas
Nem sempre é possível conversar com uma determinada pessoa ou tratar de um determinado tema com ela em um dado momento. Existem vários motivos para esta impossibilidade: pelo menos uma das pessoas que poderiam conversar considera que outra não é uma interlocutora adequada (por exemplo, a outra pessoa é uma desconhecida que acabou de fazer uma abordagem na rua e quer falar de coisas íntimas); o momento não é adequado (por exemplo, uma delas está sem tempo); as circunstâncias não são adequadas (por exemplo, uma festa não é a ocasião adequada para conversar sobre negócios); existem dificuldades para identificar assuntos adequados e envolventes naquele momento (“Não ter nada para conversar naquele momento”), etc.
Quando não há condições para conversar, insistir na conversa é forçar a situação.
Quem faz uma ligação telefônica deve certificar se está interrompendo.
O telefonema em momentos inconvenientes é um caso frequente de conversas forçadas. Quando ligamos para uma pessoa não sabemos se ela está disponível naquele momento para falar ao telefone. Por isso, é prudente começar a conversa perguntando: “Estou interrompendo alguma coisa?” ou algo equivalente. Caso a pessoa chamada apresente algum sinal de desconforto com a ligação, quem ligou deve dizer: “Te ligo outra hora”, “Quando você puder, me ligue”. Também ajuda muito quando quem recebe uma ligação inconveniente diz, assim que atender ao telefone: “Olá, fulano. Tudo bem? É urgente? Posso te ligar daqui a pouco?” ou algo do gênero.

Monopolizar os papéis de falante ou de ouvinte
Para que uma conversa aconteça é necessário que haja alternância nos papéis de ouvinte e falante. Caso isto deixa de ocorrer, o acontecimento não é um diálogo. Pode ser um monólogo, uma palestra, uma declaração ou algo do gênero. A falha na alternância de papéis pode ocorrer porque um dos interlocutores não quer abrir mão do seu papel de falante ou de ouvinte. O primeiro caso (“pessoas que falam demais”) é mais do conhecimento público do que o segundo (pessoas que “ouvem demais” ou “pessoas que falam de menos”).

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sábado, junho 06, 2015

Porque vale a pena comemorar o dia dos namorados

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"POR QUE VALE A PENA COMEMORAR O DIA DOS NAMORADOS"


Os antropólogos encontraram muitas evidências confirmatórias da importância dos ritos de passagem, dos ritos comemorativos de aniversários e dos ritos comemorativos de datas importantes. Esses ritos, por exemplo, fortalecem os vínculos, renovam os compromissos e dão conteúdo para a vida. Sem esses ritos, ficaríamos com a sensação que a nossa vida é vazia e que estamos fora dos acontecimentos sociais. O dia dos namorados é uma ocasião para a prática de um desses ritos e, por isso, merece ser comemorado.

Tipos de ritos
Em todas as sociedades existem ritos que marcam datas importantes como, por exemplo, as celebrações do nascimento, do início da adolescência, do início da idade adulta, do casamento e da morte.
Essas celebrações são conhecidas genericamente como “ritos de passagem” (esse nome foi popularizado no início do século passado pelo antropólogo alemão Arnold van Gennep). Existem vários tipos de ritos. Três deles são os ritos de passagem e ritos comemorativos de aniversários e ritos comemorativos de fatos importantes.
Os ritos de passagem, como o próprio nome indica, marcam as datas das mudanças de papéis. Na nossa sociedade, o primeiro rito de passagem geralmente acontece quando a gravidez é confirmada: os parentes comemoram o início da nova vida. Mais frequentemente ainda são as comemorações de nascimento. Esta comemoração marca o início da vida do indivíduo como um ser independente do corpo da mãe. O último rito de passagem é o da morte.
Os ritos de aniversário marcam a passagem de tempo transcorrido a partir de um acontecimento importante: comemorações de aniversários de nascimento, aniversários de casamento, aniversários da independência do país, aniversários da canonização de santos.
Os ritos comemorativos de fatos importantes marcam fatos importantes para a sociedade como, por exemplo, “Dia da árvore”, “Dia da Mulher” e “Dia dos Namorados”.

Funções dos ritos
Algumas das principais funções dos ritos de passagem são as seguintes:
- Facilitar a mudança de papéis sociais. Os ritos facilitam o abandono dos papéis anteriores e a adoção dos novos papéis. Estes ritos geralmente envolvem a estipulação de uma data para mudança de papel, a presença de pessoas que investirão tempo e recursos para estarem presentes e que testemunharão a passagem, uma cerimônia elaborada para marcar a passagem e a investidura do novo papel. Tudo isso contribui para que a mudança de papéis seja encarada mais seriamente do que o seria, caso essa mudança ocorresse sem o rito como, por exemplo, através de uma passagem privada, sem pompa, emoções e testemunhas.
- Fortalecer vínculos entre os participantes do evento.
Por exemplo, participar de um rito com outros convidados fortalece a sensação de pertencimento ao mesmo grupo que eles.
- Proporcionar conteúdo e significado para a vida.
As comemorações marcam a vida. Uma vida sem ritos é uma vida vazia e linear. A vida pode ser marcada e relembrada através de acontecimentos importantes. Esses acontecimentos ficam mais marcados quando é necessário se preparar para eles, esperar por eles, participar deles, falar deles, pensar neles e sentir fortes emoções nessas ocasiões.
- Reforçar os status dos participantes
Durante os ritos, os participantes exibem, testam e confirmam as suas importâncias sociais e os seus vínculos: centralidade em relação aos anfitriões, vestuários especiais, cumprimentos, honrarias, etc.

Para comemorar bem o Dia dos Namorados
Para que essa comemoração produza efeitos benéficos, é importante comemorá-la devidamente. Algumas medidas que ajudam a marcar essa data são as seguintes:
- Produza-se. Se vista de forma elegante e especial, capriche no penteado, use maquilagem.
- Vá a um lugar apropriado para esse tipo de comemoração
- Produza um clima especial para a ocasião: seja gentil, capriche no romantismo, destaque os bons momentos do relacionamento.
- Dê um presente que, embora não custe muito, seja do agrado da amada e mostre que você pensou nela ao escolhê-lo.
- Apresente algum tipo de cerimônia para marcar a data. É importante haver um momento mais cerimonioso, onde algumas palavras afetivas e vinculadoras sejam apresentadas.
- Dê flores. As flores não têm utilidade prática e, por isso mesmo, acentuam o aspecto comemorativo da data.
Namorar é mostrar-se romântico, carinhoso e atraente
Para comemorar o Dia dos Namorados, tão ou mais importante do que trocar presentes é a maneira carinhosa e romântica de tratar a amada. Essa maneira pode valorizar a data ou, pelo contrário, invalidá-la. Por exemplo, adianta muito pouco comprar um belo presente, levar a amada para jantar e tratá-la como uma simples amiga ou, pior ainda, de forma fria e distante.

O namoro deve estar presente em todas as fases do relacionamento amoroso

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