sábado, maio 30, 2015

Vampiro, doador ou refletor de energia, qual o seu tipo?

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Como é a sua "energia pessoal"? Você motiva as pessoas, empresta-lhes vida, anima-as, liga-as ou, pelo contrário, coloca-as para baixo, deprime-as, adormece-as, desvitaliza-as?
Você recebe ou ou doa pouca energia para outras pessoas?  
A sua energia pessoal geralmente é emprestada de outras pessoas: essa energia depende muito de quem está na sua companhia?
Curiosamente, temos muitas preocupações com os efeitos que produzimos em outras pessoas através da nossa aparência, do conteúdo daquilo que dizemos e das coisas que fazemos por elas ou contra elas, mas não nos preocupamos com o tipo de energia que lhes transmitimos com nossa presença e maneira de agir. Esse é o tema tratado neste artigo.

Como a energia pessoal contagia outras pessoas?

Esse tipo de "energia" é passada de uma forma muito sutil, verbal e não verbalmente. O que dizemos, acredito, tem um papel menor na transmissão dessa energia!
Essa energia é passada, principalmente, pela vivacidade dos movimentos, pela vibração da voz, pela proatividade, pelo dinamismo, pela forma de encarar o que está se passando, pela participação ativa nos acontecimentos!

Astro, planeta ou buraco negro?

Levando em conta a origem da energia irradiada, as pessoas podem ser classificadas como “astro”, “planeta” ou “buraco negro”.
Aquelas pessoas que são do tipo “astro” possuem energia própria. A energia que irradiam contagia e vitaliza outras pessoas.
As pessoas do tipo “planeta”, não possuem energia própria. Elas dependem da energia de outras pessoas.
As pessoas do tipo “buraco negro” são aquelas que sugam a energia alheia. Depois de um tempo em contato com elas, seus interlocutores se sentem exaustos e desvitalizados.
Astro: Juliana
Juliana é uma doadora de energia! Ela chama a atenção onde quer que vá. Basta a sua presença para qualquer evento social ganhar vida.
Ela parece liberar uma energia positiva, que contagia todos ao seu redor. Ela é interessante. Atrai a atenção. Dá para ficar olhando para ela continuamente. É bom observar como ela sorri, como ela reage às outras pessoas, aos acontecimentos e às iniciativas que ela toma.
As suas atitudes e intervenções sociais geralmente têm uma boa dose de criatividade e imprevisibilidade. Ela dá um colorido pessoal para tudo que faz e diz.
Ela parece esperar que sua presença cause impacto positivo nas outras pessoas e também espera que as outras pessoas ajam de forma positiva em relação a ela.
Embora agradável e polida, Juliana não é o tipo boazinha: ela não fica usando clichês nas suas afirmações. Ela é honesta quando expressa suas opiniões.
Ela se deixa intimidar facilmente. As pessoas não conseguem facilmente que ela diga o que querem ouvir se isso não estiver de acordo com o que Juliana sente e pensa. Ela não é de bajular só para agradar.
Nas reuniões sociais, ela não está presente apenas para constar. Ela está sempre presente. Mantêm-se em contato com aquilo que a vida lhe apresenta de significativo em cada momento.
Olha de verdade para você. Considera de verdade o que você diz. Isso traz vida para os relacionamentos.
Ela marca presença onde quer que esteja. Ela é o centro das atenções. Onde quer que esteja, logo se forma uma rodinha de amigos. Todos mostram interesse em ouvir o que ela pensa sobre os mais diversos assuntos.
Expressões e termos usados para se referira a Juliana:
Alto astral, tem presença, charmosa, carismática, proativa, íntegra, ficar ao seu lado carrega as baterias, não é dissimulada, é autêntica.
André: Planeta
André reflete a energia daqueles que se relacionam com ele.
O ânimo de André depende muito de quem está na sua companhia. Se a companhia é animada, ele ficava animado; se é desanimada, ele ficava desanimando...
O seu brilho, ou falta de brilho, depende de quem esteja perto. Ele é muito influenciável. Por isso, ele tem que tomar muito cuidado com quem anda.

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sábado, maio 23, 2015

A autorrevelação é a cola dos relacionamentos (Self disclosure is the glue of relationships)

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"A AUTORREVELAÇÃO É COLA DOS RELACIONAMENTOS"

A palavra composta “autorrevelar” é usada aqui para nomear as revelações de pensamentos e sentimentos do revelador. Por exemplo, ela é usada para nomear a revelação de sensações, opiniões, emoções, aspirações, frustrações e acontecimentos importantes que ocorreram ou estão ocorrendo com quem está fazendo autorrevelações.

Deixar de se abrir, não falar das tensões, dos acontecimentos do dia a dia que estão lhe afetando, dos seus desejos, temores, satisfações e insatisfações é alienar o parceiro daquilo que existe de mais profundo e verdadeiro em você .

É apresentar para o parceiro uma versão pasteurizada e superficial de si e do que se passa consigo.

Não acolher, não ficar motivado para ouvir e acolher as revelações do parceiro é ter perdido o interesse no que existe de mais vivo nele. É menosprezar a sua vida interna, é achar que já sabe tudo a seu respeito e que o que ele vai dizer são repetições daquilo que ele já vem dizendo.

Consequências da autorrevelação para a saúde física e psicológica

Os principais benefícios das autorrevelações para a saúde física e psicológica são os seguintes:

Melhora ou preserva a saúde física e mental

            A autorrevelação tem efeitos na saúde física e mental. Pesquisas mostraram que quem autorrevela adequadamente é mais feliz, adaptado, competente, receptivo, extrovertido, confiável e positivo do que aquelas pessoas que autorrevelam insuficientemente. Pesquisas também mostraram que a autorrevelação previne a incidência de doenças orgânicas e, quando elas acontecem, a recuperação é mais rápida (por exemplo, as pessoas que autorrevelam ficam muito menos dias no hospital do que aquelas que não se autorrevelam).

Tem efeito catártico

Quando um acontecimento nos afeta profundamente, positiva ou negativamente, sentimos a necessidade de falar a seu respeito com um interlocutor adequado e receptivo. Quando conversamos a respeito de sentimentos ou pensamentos que nos atormentam e somos ouvidos com respeito e compreensão, sentimos um grande alívio.

Tudo que precisamos é alguém que tenha as qualificações para ouvir o que temos a dizer, que nos queira ouvir e que dê uma dica como, por exemplo: “O que se passa? Você parece ...... (preocupado, alegre, triste, etc.). Conte-me o que está acontecendo”.

No meu trabalho clínico já presenciei inúmeras vezes o alívio que os pacientes sentem quando expressam algo que estavam escondendo, se envergonhavam ou temiam a condenação do interlocutor.

Este alívio acontece principalmente quando peço para eles expressarem para uma almofada, ou para mim mesmo, que fazemos o papel da pessoa para quem eles gostariam de dizer alguma coisa, mas que, na vida real, sentem inibição para tal pessoa.

Aumenta o autoconhecimento

            Revelar aumenta o autoconhecimento à respeito da relação entre as ideias, emoções, opiniões que está sentindo com aquilo que as provocou e com as reações alheias. Ao autorrevelar a pessoa tem que observar-se para relatar. Quem relata também tem que organizar o que está relatando para apresentar uma versão compreensível para o interlocutor.

O interlocutor também pode contribuir para o autoconhecimento de quem revela. Quando você se revela para um bom interlocutor, ele fará intervenções que ajudarão você a explorar mais detalhadamente aquilo que está sentindo e pensando. Ele poderá resumir, fazer perguntas e sugerir alguma hipóteses que a ajudarão quem se revela a ganhar conhecimento sobre o que está sentindo e pensando e sobre suas possíveis causas e ligações com outros fatos.

Melhora a autoestima

A autorrevelação bem acolhida pelo interlocutor ajuda quem revela a gostar mais de si próprio.

Ser aceito do jeito que somos é uma grande satisfação, é um grande trunfo. Ter que simular para ser aceito ou, pelo menos, para não ofender/ser rejeitado pode ser danoso. Muito do que somos tem a ver com o que pensamos e sentimos e que revelamos através da comunicação.

Uma das coisas mais motivadoras ou desmotivadoras da comunicação é a reação do interlocutor. Esta reação é motivadora quando ele nos aprova, se envolver com a nossa conversa, apresenta sinais que está gostando, ri, mostra admiração, mostra empatia.

A autorrevelação produz consequências positivas para o relacionamento

A autorrevelação produz vários efeitos positivos para o relacionamento. Alguns desses efeitos são os seguintes:

A autorrevelação funciona como cola dos relacionamentos

A autorrevelação é uma das principais “colas” dos relacionamentos. Trocar autorrevelações aumenta as chances de aprofundar ou mudar o tipo de relacionamento (por exemplo, revelar o amor pelo interlocutor pode transformar uma amizade em namoro). Isso acontece principalmente com revelações especiais, que exigem um bom grau de confiança ou um tipo especial de relacionamento para que possam ser apresentadas.

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sábado, maio 16, 2015

Iniciativa de contato: uma maneira de melhorar a vida amorosa e social

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"INICIATIVA DE CONTATO: UMA MANEIRA DE MELHORAR A VIDA AMOROSA E SOCIAL"

“Se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai à montanha.”
“Porque eu é que tenho que procurá-lo e não o contrário? A distância é a mesma.”
Os dois ditados populares acima sugerem duas atitudes opostas em relação à iniciativa de contato: o primeiro sugere que é bom tomá-la e o segundo, que isso não é bom.  Neste artigo, vamos examinar evidências que indicam que iniciativas de contato positivamente motivadas e bem utilizadas são um ótimo recurso para iniciar, melhorar e transformar relacionamentos.
A iniciativa de contato consiste na tomada de medidas que mostrem o desejo de interagir com outra pessoa como, por exemplo, flertar de longe, caminhar na sua direção, mandar um e-mail e dirigir-lhe a palavra.

Uso cotidiano das iniciativas de contatos entre conhecidos

As pessoas estão sempre atentas para as origens das iniciativas: quantas vezes elas convidam e quantas foram convidadas por cada um dos seus relacionamentos. Existem vários tipos de iniciativas cotidianas como: procurar, ligar, ir visitar e propor assuntos durante a conversa. Essas iniciativas funcionam como recheios, calibradores, conectores e alimentadores do interesse mútuo.
Considere as afirmações abaixo. Elas são podem ser ouvidas muito frequentemente no dia a dia e indicam que as pessoas em geral têm um bom grau de consciência da importância e dos significados das iniciativas de contato:
“Já liguei três vezes para ela, mas ela nunca toma a iniciativa de me ligar. No entanto, quando ligo, ela me recebe bem. Claro, pode ser só por educação. Por isso, estou ficando inseguro. Será que ela tem algum interesse em mim?”
“Só eu que a procuro. Se eu passar semanas sem ir até a sala dela, mesmo assim, ela nunca vai até a minha.”
“Só eu que a convido para almoçar. De vez em quando, ela vai almoçar com outros colegas e nem me avisa.”

Por que tomar iniciativas de contato

Nesse momento que você está lendo este artigo, existem muitas pessoas que gostariam de iniciar ou aprofundar um relacionamento com você. Muitos desses relacionamentos poderiam ser prazerosos, reconfortantes e proveitosos para ambas as partes. O início e o aprofundamento de relacionamentos podem acontecer na área pessoal, amorosa, social e profissional.
No entanto, muitas vezes, você e essas pessoas não tomam iniciativas para iniciar ou intensificar seus relacionamentos e, por isso, cada um de vocês fica dentro do seu mundinho. Esta falta de iniciativa ocorre porque não queremos passar pelo desconforto temporário de sair do nosso casulo e nos aventurarmos em um terreno mais inseguro, onde temos que nos adaptar a novas pessoas e novas situações e onde corremos o risco de sermos rejeitados.  O exemplo apresentado em seguida mostra como as pessoas podem tomar iniciativas de contato e os efeito benéficos que pode produzir.
Atendi um rapaz (“Eduardo”) que tinha muita dificuldade para iniciar contatos. Ele estava frequentando um cursinho preparatório para concursos públicos. Esse tipo de cursinho geralmente permite que os alunos optem pelas matérias que querem cursar e, por isso, os colegas de cada aula eram diferentes dos colegas de outras aulas. Ou seja, ele tinha muitas oportunidades de contato com pessoas diferentes.
Já fazia um bom tempo que Eduardo frequentava esse tipo de cursinho. Apesar disso, ele não tinha feito nenhum amigo e não tinha iniciado nenhum relacionamento amoroso. O principal motivo do seu isolamento é que ele nunca tomava nenhuma iniciativa de contato e também não facilitava a tomada desse tipo de iniciativa por parte de outras pessoas. Eu dizia para ele, em tom de brincadeira, que ele tinha o dom da invisibilidade social e que poderia vender os seus segredos para os serviços secretos de diversos países.
Trabalhamos para que ele tomasse a decisão de começar a intensificar as suas iniciativas de contato. Tempos depois, a sua vida social começou a mudar radicalmente quando ele adotou a seguinte regra: “A cada dia, vou fazer um pouco mais do que já vinha fazendo no setor das iniciativas de contatos. Por exemplo, se já cumprimento alguém com um aceno de cabeça, vou passar a lhe dizer “bom dia”. Se já cumprimento com um “Bom dia”, vou passar a dar mais ênfase na voz e a sorrir. Se já cumprimento alguém dessa forma, vou passar a cumprimentar com um aperto de mão, e assim por diante!”.
Ele também se comprometeu a chegar um pouco antes do início das aulas e a ficar na escola um pouco depois que elas terminassem. Ele também tomou a decisão de, nos intervalos das aulas, aproximar-se das pessoas e participar dos grupos de conversa.
Tempos depois, Eduardo fez alguns amigos, estava sempre conversando nos intervalos de aula e estava começando a sair com uma colega.

Ocasiões e motivos das iniciativas e intensificações de contato

As iniciativas de contato podem acontecer em três circunstâncias:

1- Iniciativa do primeiro contato entre desconhecidos

A iniciativa do primeiro contato indica o desejo, por parte de quem a tomou, de iniciar um relacionamento com a pessoa para quem ela foi dirigida.
A iniciativa de contato é muito agradável e motivadora para quem a recebe quando fica claro que a maior motivação é interagir com o outro e, não, interesse prático, a pressão para responder às iniciativas prévias do interlocutor ou a força hábito.

2- Iniciativa para começar um novo encontro com um conhecido


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sábado, maio 09, 2015

A defensividade impede o autoaperfeiçoamento e destrói os relacionamentos

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"A DEFENSIVIDADE IMPEDE O AUTOAPERFEIÇOAMENTO E DESTRÓI OS RELACIONAMENTOS"

Defensividade é o uso exagerado de defesas para lidar com críticas e reclamações. Essas defesas são apresentadas antes da consideração da pertinência das críticas e das reclamações. A defensividade é uma espécie de “não tolero críticas e reclamações”.
O ouvinte defensivo não quer tomar conhecimento, não tem paciência para ouvir críticas e quer descartar logo, invalidar ou apresentar justificativas que desculpem aquilo que fez e que está sendo criticado.
A defensividade prejudica o defensivo, o queixoso e o relacionamento entre eles. Esses prejuízos acontecem porque o defensivo, ao não examinar a pertinência da reclamação, deixa de corrigir seus comportamentos inapropriados. A defensividade prejudica o queixoso porque torna o defensivo insensível ao ponto de vista e necessidade de quem apresenta as queixas. Quando a defensividade é frequente, ela inviabiliza o relacionamento: não é possível relacionar-se com uma pessoa que se mostra impermeável aos pontos de vista do seu parceiro, que não admite a influência dessa pessoa e nem vai fazer ajustes para melhorar o relacionamento entre elas.

Acusação cruzada: um tipo de defensividade
A acusação cruzada é um tipo de defensividade na qual o defensivo, ao invés de justificar o seu comportamento que está sendo criticado, contra-ataca o crítico: é o contra-ataque como forma de defesa.
Afirmações típicas de contra-ataques:
“Eu fiz isso, mas você também fez aquilo”.
“Eu sou assim, mas você também de tal jeito”.
“Eu cheguei atrasado, mas você nunca valoriza quando chego na hora”.
“Eu não sou carinhoso porque você nunca me dá atenção”.
Vejamos uma descrição de uma pessoa defensiva:

Carmem é muito defensiva
Carmem não admite nunca seus erros ou nenhuma falta que possa ter cometido. Ela nunca pede desculpas e, quando ouve alguma reclamação, parte logo para as justificativas e, frequentemente, apresenta alguma contra acusação.

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sábado, maio 02, 2015

Não é necessário ser perfeito para despertar o amor

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"NÃO É NECESSÁRIO SER PERFEITO PARA DESPERTAR O AMOR"

Você acha que tem que ter várias características admiráveis para que alguém se apaixone por você?
Você procura cuidadosamente um parceiro que preencha os requisitos que você acha importante antes de iniciar um relacionamento amoroso com ele?
Atender essas expectativas ajuda, mas pode não ser necessário: o amor nasce de outras formas.
Este é o tema que vamos abordar neste artigo.
Responda às seguintes perguntas:
1- A pessoa que com a qual você tem um relacionamento amoroso neste momento é aquela que você mais queria na época que o relacionamento começou?
2- Você amava essa pessoa na época que o relacionamento entre vocês foi iniciado?
2- Você ama essa pessoa agora?
A maioria das pessoas responde com um “Não” à primeira dessas perguntas; cerca de metade delas responde e com um “Sim” à segunda delas e boa parte delas responde com um “Sim” à terceira pergunta.
Este artigo vai ajudar a esclarecer melhor essas perguntas e suas respostas.
Vamos examinar dois mecanismos de envolvimento: (1) certo tipo de convívio pode despertar o amor e (2) amar o amor.

CERTO TIPO DE CONVÍVIO PRODUZ O AMOR
Cerca de metade das pessoas se apaixona durante o namoro
Perguntei para dezenas de estudantes que namoravam na época se eles amavam o namorado na época que o namoro começou. Cerca de metade deles respondeu que “Não”. Em seguida, perguntei se atualmente eles amavam o namorado. A grande maioria respondeu “Sim”.
Ou seja, dentre aqueles que namoram quando responderam essas perguntas, metade não amava o namorado na época que o namoro foi iniciado. No entanto quase todos que permaneceram namorando se apaixonaram pelo parceiro. O amor nasceu durante o namoro.
O cônjuge atual não era o preferido na época da escolha
Durante uma palestra que realizei, perguntei para os presentes se o marido ou a esposa era a pessoa que eles preferiam como parceiro amoroso na época anterior ao início do relacionamento. A grande maioria respondeu “Não”.
Isso faz todo o sentido. Em qualquer lugar, seja no trabalho, na sala de aula ou na vizinhança, sempre tem algumas pessoas que são admiradas e desejadas por quase todo mundo. Essas pessoas são poucas. Por exemplo, em uma sala de aula de faculdade com 30 homens e 30 mulheres existem duas ou três pessoas de cada sexo que seriam as preferidas de quase todos os colegas do outro sexo. Claro que poucos dentre eles conseguirão namorar e se casar com essas pessoas preferidas. Suponde que namorem entre si, só três dos trinta colegas namorarão os preferidos. Os outros namorarão e se casarão com parceiros menos desejados.
Será que as 27 pessoas que não conseguiram se relacionamento com seus parceiros preferidos têm que se conformar e se relacionar com parceiros menos desejados ou acabam se apaixonando por eles?
A paixão realmente acontece entre pessoas que não se escolheriam entre si como primeira opção. A natureza criou outros caminhos para o amor que não passam por aquela listinha dos parceiros mais desejados.
Casamento Arranjado
Em alguns países como a Índia, uma boa parte dos casamentos é arranjada: embora os noivos possam ter certa participação na escolha mútua, são os parentes que localizam e selecionam aqueles que vão se casar entre si.
A informação que interessa aqui é que a taxa de sucesso desses casamentos é pelo menos igual às das culturas como a nossa, nas quais as escolhas dos cônjuges são realizadas por eles próprios. Nestas culturas o amor mútuo é o principal critério de escolha.
Outras evidências indicam que boa parte dos cônjuges dos casamentos arranjados acaba desenvolvendo uma afetividade mútua tão intensa como aquela existente entre os cônjuges que se escolheram mutuamente. Ou seja, existem diversos caminhos para Roma, digo, para o amor!
Mães se vinculam a quase todos os tipos de filhos
Certa vez, um grupo de alunos de pós-graduação de um curso que eu ministrava pediu para mulheres grávidas que citassem as características que mais gostariam que o futuro filho tivesse. Em seguida, essas características foram tabuladas. Os resultados indicaram claramente que as mães imaginam muito bem as características de seus futuros filhos. A grande maioria dessas características eram as mesmas que todas elas queriam nos filhos: saudáveis, inteligentes, afetivos, bonitos, etc.
Embora as mães tenham preferências sobre as características de seus futuros filhos, sabemos que elas se apegam a quase todos eles, quase sem levar em conta as características que de fato eles terão quando nascerem.
Da mesma forma, para fins de um relacionamento amoroso, sabemos citar muito bem o que queremos no cônjuge. No entanto, o preenchimento dessas características não garante que o amor nasça e, vice-versa, o não preenchimento de várias dessas características não impede o nascimento do amor.
A lição que pode ser tirada desses estudos é a seguinte: existem vários caminhos para o amor.
Outras evidências sobre o desenvolvimento da afetividade entre aqueles que convivem
São inúmeras as evidências de que certo tipo de convívio pode disparar a afetividade e o amor.

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