Atendo no meu consultório muitas
pessoas que estão sofrendo desesperadamente por amor. São pessoas que se
apaixonaram e não foram correspondidas, pessoas que eram correspondidas
anteriormente e o amor do parceiro terminou ou, ainda, pessoas que
foram traídas ou muito magoadas por outros motivos e que, por isso, não
podem permanecer amando a parceira.
O sofrimento por amor pode ser terrível: tira a motivação para tudo, provoca a perda do sono, provoca a desregulação de todos os setores da vida, baixa autoestima, etc.
O sofrimento pode ser tão atroz que o paciente é encaminhado para ser medicado.
Venho desenvolvendo procedimentos para ajudar a aliviar esses sofrimentos e para ajudar essas pessoas retomarem suas vidas.
Esses procedimentos parecem simples, mas geralmente são bastante complexos e trabalhosos e exigem a assistência de um psicólogo para serem implementados com eficiência.
Os resultados geralmente são bons, mas nada mágicos. O grau de eficiência varia de acordo com o caso.
Apresentarei aqui alguns dos procedimentos que utilizo para combater o apaixonamento que produz o sofrimento. No consultório, além desses e de outros procedimentos, também procuro ajudar o paciente em outros setores como recuperar a autoestima, interessar-se amorosamente por outra pessoa, reprogramar sua vida.
Alguns procedimentos para combater o amor que produz sofrimentos
Fortalecendo as variações negativas naturais da percepção
Quando levamos um fora, a nossa mente e as nossas emoções entram em uma espécie montanha russa: em certos momentos, amamos perdidamente a parceira. Em outros momentos, sentimos pena dela, a odiamos, a desprezamos…
O desapaixonamento acontece quando a visão negativa da amada que aparece nesses momentos vai se tornando mais frequente, mais duradoura e mais intensa e a visão positiva dela vai se tornando mais rara, menos duradoura e menos intensa.
O terapeuta tenta descobrir as imagens, pensamentos e sensações que ficam presentes nesses momentos negativos e ajuda a fortalecê-los e a torná-los disponíveis para serem recuperados naquelas horas que a paixonite aguda toma conta.
Por exemplo, o terapeuta sugere que, nas horas que a paixonite ataca, o apaixonado procure pensar vividamente nas cenas e fatos mais poderosos que o levam a sentir raiva ou a desprezar a amada.
Combatendo a idealização da amada
O apaixonado rejeitado chega ao consultório. Eu lhe peço para enumerar as qualidades da amada. Ele, mais que depressa, descarrega uma lista enorme de qualidades.
Em seguida, peço a ele que enumere os seus defeitos. Tarefa muito difícil para ele: ela é perfeita! Nada de defeitos. Alguns defeitinhos que ele consegue achar, após muito esforço, até que são bonitinhos e contribuem para o charme que ela tem!
Essa cena é a padrão: no começo da terapia o “programa” “mulher maravilhosa” está funcionando a todo vapor. O programa “mulher defeituosa” está muito minguado.
Durante a terapia, vou usando vários recursos para “abrir os olhos” do amante e ajudá-lo a ver a amada de uma forma mais realística. Não se trata, obviamente de denegri-la ou distorcer a sua imagem, mas sim, de desidealizá-la.
Para ajudá-lo nessa tarefa, por exemplo, peço a ele para dizer o nome de alguém que conheça bem o casal. Dai para frente, peço ao paciente para assumir a identidade da pessoa que ele mencionou e a passar a falar dos aspectos negativos da amada e do relacionamento do casal. Se necessário, peço ao paciente para apontar alguém que antipatiza com a amada. Em seguida, peço a ele passa a fazer o papel dessa pessoa e a apontar e discorrer sobre seus defeitos. Também ajuda muito pedir para o amante funcionar como advogado de acusação e tentar convencer jurados imaginários sobre as más qualidades da amada.
Diminuição da esperança
Segundo Stendhal, sem esperança o amor não sobrevive. Quem foi rejeitado acha um jeito de manter as esperanças: “Ela vai se arrepender”, “Ela estava em um mau momento quando terminou o relacionamento”, “Isso já aconteceu outras vezes e, em seguida, o relacionamento foi retomado”.
Para corrigir as esperanças infundadas, o terapeuta ajuda o amante a repassar os sinais de que indicam o desamor e a desistência da amada.
Quando, de fato existem sinais que autorizam a esperança, o terapeuta pode incentivar o amante a fazer uma tentativa de reconciliação para testar a veracidade e a força desses sinais. Caso tais sinais sejam reais, a reconciliação pode acontecer o amor é retomado.
Condicionamento clássico: associar estímulos neutros com estímulos evocadores de reações fisiológicas.
CONTINUE A LER NO MEU BLOG:
http://ailtonamelio.blogosfera.uol.com.br/2016/04/16/como-apressar-o-desapaixonamento/
O sofrimento por amor pode ser terrível: tira a motivação para tudo, provoca a perda do sono, provoca a desregulação de todos os setores da vida, baixa autoestima, etc.
O sofrimento pode ser tão atroz que o paciente é encaminhado para ser medicado.
Venho desenvolvendo procedimentos para ajudar a aliviar esses sofrimentos e para ajudar essas pessoas retomarem suas vidas.
Esses procedimentos parecem simples, mas geralmente são bastante complexos e trabalhosos e exigem a assistência de um psicólogo para serem implementados com eficiência.
Os resultados geralmente são bons, mas nada mágicos. O grau de eficiência varia de acordo com o caso.
Apresentarei aqui alguns dos procedimentos que utilizo para combater o apaixonamento que produz o sofrimento. No consultório, além desses e de outros procedimentos, também procuro ajudar o paciente em outros setores como recuperar a autoestima, interessar-se amorosamente por outra pessoa, reprogramar sua vida.
Alguns procedimentos para combater o amor que produz sofrimentos
Fortalecendo as variações negativas naturais da percepção
Quando levamos um fora, a nossa mente e as nossas emoções entram em uma espécie montanha russa: em certos momentos, amamos perdidamente a parceira. Em outros momentos, sentimos pena dela, a odiamos, a desprezamos…
O desapaixonamento acontece quando a visão negativa da amada que aparece nesses momentos vai se tornando mais frequente, mais duradoura e mais intensa e a visão positiva dela vai se tornando mais rara, menos duradoura e menos intensa.
O terapeuta tenta descobrir as imagens, pensamentos e sensações que ficam presentes nesses momentos negativos e ajuda a fortalecê-los e a torná-los disponíveis para serem recuperados naquelas horas que a paixonite aguda toma conta.
Por exemplo, o terapeuta sugere que, nas horas que a paixonite ataca, o apaixonado procure pensar vividamente nas cenas e fatos mais poderosos que o levam a sentir raiva ou a desprezar a amada.
Combatendo a idealização da amada
O apaixonado rejeitado chega ao consultório. Eu lhe peço para enumerar as qualidades da amada. Ele, mais que depressa, descarrega uma lista enorme de qualidades.
Em seguida, peço a ele que enumere os seus defeitos. Tarefa muito difícil para ele: ela é perfeita! Nada de defeitos. Alguns defeitinhos que ele consegue achar, após muito esforço, até que são bonitinhos e contribuem para o charme que ela tem!
Essa cena é a padrão: no começo da terapia o “programa” “mulher maravilhosa” está funcionando a todo vapor. O programa “mulher defeituosa” está muito minguado.
Durante a terapia, vou usando vários recursos para “abrir os olhos” do amante e ajudá-lo a ver a amada de uma forma mais realística. Não se trata, obviamente de denegri-la ou distorcer a sua imagem, mas sim, de desidealizá-la.
Para ajudá-lo nessa tarefa, por exemplo, peço a ele para dizer o nome de alguém que conheça bem o casal. Dai para frente, peço ao paciente para assumir a identidade da pessoa que ele mencionou e a passar a falar dos aspectos negativos da amada e do relacionamento do casal. Se necessário, peço ao paciente para apontar alguém que antipatiza com a amada. Em seguida, peço a ele passa a fazer o papel dessa pessoa e a apontar e discorrer sobre seus defeitos. Também ajuda muito pedir para o amante funcionar como advogado de acusação e tentar convencer jurados imaginários sobre as más qualidades da amada.
Diminuição da esperança
Segundo Stendhal, sem esperança o amor não sobrevive. Quem foi rejeitado acha um jeito de manter as esperanças: “Ela vai se arrepender”, “Ela estava em um mau momento quando terminou o relacionamento”, “Isso já aconteceu outras vezes e, em seguida, o relacionamento foi retomado”.
Para corrigir as esperanças infundadas, o terapeuta ajuda o amante a repassar os sinais de que indicam o desamor e a desistência da amada.
Quando, de fato existem sinais que autorizam a esperança, o terapeuta pode incentivar o amante a fazer uma tentativa de reconciliação para testar a veracidade e a força desses sinais. Caso tais sinais sejam reais, a reconciliação pode acontecer o amor é retomado.
Condicionamento clássico: associar estímulos neutros com estímulos evocadores de reações fisiológicas.
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