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Você tem facilidade ou dificuldade excessiva para se apaixonar?
As capacidades para sentir atração, se apaixonar e amar variam bastante entre as pessoas. Algumas sentem atração, se apaixonam e amam com muita facilidade, enquanto outras dificilmente experimentam estes sentimentos. Felizmente, a grande maioria das pessoas está entre estes dois extremos. As pessoas que têm disfunções nestas capacidades são aquelas que têm facilidade excessiva ou dificuldades para se envolver afetivamente.
Facilidade excessiva para se envolver afetivamente
Uma parte daqueles que têm facilidade excessiva para se envolver amorosamente sente atração por inúmeras pessoas, se apaixona a todo o momento e relata um grande número de amores. Esta facilidade excessiva também tem consequências negativas. A primeira delas é que estas pessoas são muito pouco exigentes na escolha de parceiros amorosos e, por isso, acabam mal acompanhadas. Em segundo lugar, elas são socialmente mal vistas. São rotuladas pejorativamente como “galinhas” e “fáceis”. Isso dificulta encontrar bons parceiros que se interessem por elas. Em terceiro lugar, muitos possíveis parceiros evitam se envolver com quem tem este tipo de facilidade excessiva. Isto ocorre porque os possíveis parceiros sentem que não são especiais quando recebem atenção de quem tem esse tipo de problema.
Dificuldade para se envolver afetivamente
Quando suspeito que um paciente tem dificuldade para se envolver amorosamente, faço três perguntas (sugiro que você também as responda agora):
1- Quantas pessoas existem no seu círculo de relações pelas quais você sente atração amorosa que seria pelo menos suficiente para iniciar um relacionamento amoroso? (Para responder esta questão desconsidere o fato de você ou de estas pessoas já estarem comprometidos).
2- Quantas vezes você já se apaixonou na vida?
3- Quantas vezes você já amou na vida?
Quando a pessoa que procura o meu consultório relata que está tendo dificuldades para iniciar relacionamentos amorosos, sempre considero a possibilidade de ela estar com algum tipo de distúrbio da capacidade para se envolver amorosamente. Esta hipótese se torna mais provável caso ela tenha mais de vinte anos, relate que ninguém ou quase ninguém a atrai, que ela está neste limbo afetivo há muito tempo, que talvez nunca tenha se apaixonado ou que tenha dúvidas sobre isso e que ela nunca amou na vida ou que haja dúvidas sobre isso.
Por outro lado, se ela revela um quantidade muito grande de todos estes tipos de envolvimento amoroso, o mais provável é que ela tenha facilidade para iniciar relacionamentos, mas que estes não durem muito tempo. Para você ter uma ideia do que seria uma quantidade muito pequena ou muito grande de cada um destes tipos de envolvimento afetivo, considere as duas seguintes pesquisas que eu realizei.
A primeira pesquisa foi realizada com 51 universitários da cidade de São Paulo, 27 mulheres e 24 homens. A idade média destes estudantes era 20,4 anos, variando entre 17 e 29 anos. Solicitei a este grupo de estudantes que respondesse à seguinte questão:
“Neste momento, no meu círculo de relações existem _________ (colocar o número) pessoas que me atraem, com as quais eu poderia ter, no mínimo, um belo caso de amor, caso não houvesse nenhum impedimento (comprometimento com outra pessoa etc.)”
Em média, as mulheres relataram que havia 2 pessoas pelas quais sentiam este tipo de atração e os homens relatam que sentiam este tipo de atração por 2,4 pessoas.
A segunda pesquisa identificou as quantidades de paixões e amores que 368 estudantes universitários tiveram durante suas vidas. A média de amores que estes universitários tiveram na vida era 1,3. A média de paixões que tiveram na vida era 3,6. Apenas 4% destes estudantes nunca haviam se apaixonado e apenas 13% deles nunca haviam amado até esta idade. No outro extremo, apenas 10% deles tinham se apaixonado 7 ou mais vezes e apenas 4% deles tinham amado 4 ou mais vezes. As pessoas que incidiram nestes dois extremos, ausência ou uma quantidade muito grande de amores e paixões, provavelmente são aquelas que tinham muita dificuldade e muita facilidade, respectivamente, para desenvolverem estes dois tipos de envolvimentos amorosos. (Leia a íntegra deste estudo na Internet. Para obter este artigo coloque o nome “O conteúdo da vida amorosa Ailton” em uma ferramenta de busca).
É esperado, por motivos óbvios, que as pessoas com menos de 24 anos tenham tido uma quantidade menor de amores e paixões do que a relatada por estes estudantes universitários e que aquelas acima desta idade tenham tido uma quantidade maior de ocorrência destes sentimentos do que eles.
Funções das capacidades para sentir atração amorosa e amar
A capacidade moderada para o envolvimento amoroso facilita o início e desenvolvimento dos relacionamentos amorosos. Algumas das contribuições deste tipo de capacidade são as seguintes:
(a) A atração romântica e sexual é um bom critério para escolher um parceiro.
Os amigos e os parceiros amorosos possuem várias características semelhantes. Este tipo de atração ajuda a distinguir aquelas pessoas pelas quais sentimos apenas amizade daquelas que nos atraem amorosamente. Como escolhemos um parceiro amoroso? Certamente não levamos no bolso uma lista de atributos que consideramos importantes neste tipo de parceiro. Funcionamos de uma forma diferente: simplesmente sentimos atração por algumas pessoas e não sentimos por outras. A atração que sentimos por uma pessoa é um forte indicativo de que ela tem as características que queremos em um parceiro para esta finalidade.
(b) A atração, a paixão e o amor são requisitos para o envolvimento em um relacionamento amoroso.
Sentir atração é um requisito para iniciar um relacionamento amoroso: as pessoas geralmente procuram desenvolver uma relação amorosa com aqueles por quem estão apaixonadas, amam ou, pelo menos, sentem atração amorosa. Só naquelas culturas onde o casamento é arranjado é que estes sentimentos não são considerados requisitos essenciais para iniciar um relacionamento amoroso. Uma pesquisa realizada por Levine e colaboradores (1995) mostrou que o amor é considerado um requisito muito importante para o casamento nas culturas ocidentais. Estes autores pediram para que pessoas de onze países (inclusive do Brasil) respondessem à seguinte questão:
“Se um homem (mulher) tivesse todas as qualidades que você deseja, você se casaria com ele(a) mesmo se não o(a) amasse?”
A grande maioria das pessoas dos países ocidentais disse que não casaria com tal pessoa. Para elas o amor como necessário para o casamento (por exemplo, no Brasil 85,7 % das pessoas disseram que só casariam se houvesse amor).
(c) O envolvimento amoroso mobiliza recursos para atrair o parceiro.
O envolvimento amoroso funciona como uma fonte de energia para as ações amorosas. Por exemplo, quando sentimos atração por alguém, esta atração faz com que nos sintamos motivados para tentar agradar, conquistar e iniciar um namoro com esta pessoa: vestimo-nos melhor quando sabemos que vamos encontrá-la, ficamos “derretidos” na sua presença, procuramos encontrá-la, agradá-la etc.
(d) A expressão do envolvimento amoroso dá esperança para o parceiro de que ele será bem-sucedido para iniciar e desenvolver este tipo de relacionamento. Segundo Stendhal, famoso autor do livro “Do Amor” que trata do apaixonamento, a esperança é um dos requisitos para o nascimento do amor.
Causas das disfunções para se envolver amorosamente
CONTINUE A LER NO MEU BLOG: ailtonamelio.blog.uol.com.br
Você tem facilidade ou dificuldade excessiva para se apaixonar?
As capacidades para sentir atração, se apaixonar e amar variam bastante entre as pessoas. Algumas sentem atração, se apaixonam e amam com muita facilidade, enquanto outras dificilmente experimentam estes sentimentos. Felizmente, a grande maioria das pessoas está entre estes dois extremos. As pessoas que têm disfunções nestas capacidades são aquelas que têm facilidade excessiva ou dificuldades para se envolver afetivamente.
Facilidade excessiva para se envolver afetivamente
Uma parte daqueles que têm facilidade excessiva para se envolver amorosamente sente atração por inúmeras pessoas, se apaixona a todo o momento e relata um grande número de amores. Esta facilidade excessiva também tem consequências negativas. A primeira delas é que estas pessoas são muito pouco exigentes na escolha de parceiros amorosos e, por isso, acabam mal acompanhadas. Em segundo lugar, elas são socialmente mal vistas. São rotuladas pejorativamente como “galinhas” e “fáceis”. Isso dificulta encontrar bons parceiros que se interessem por elas. Em terceiro lugar, muitos possíveis parceiros evitam se envolver com quem tem este tipo de facilidade excessiva. Isto ocorre porque os possíveis parceiros sentem que não são especiais quando recebem atenção de quem tem esse tipo de problema.
Dificuldade para se envolver afetivamente
Quando suspeito que um paciente tem dificuldade para se envolver amorosamente, faço três perguntas (sugiro que você também as responda agora):
1- Quantas pessoas existem no seu círculo de relações pelas quais você sente atração amorosa que seria pelo menos suficiente para iniciar um relacionamento amoroso? (Para responder esta questão desconsidere o fato de você ou de estas pessoas já estarem comprometidos).
2- Quantas vezes você já se apaixonou na vida?
3- Quantas vezes você já amou na vida?
Quando a pessoa que procura o meu consultório relata que está tendo dificuldades para iniciar relacionamentos amorosos, sempre considero a possibilidade de ela estar com algum tipo de distúrbio da capacidade para se envolver amorosamente. Esta hipótese se torna mais provável caso ela tenha mais de vinte anos, relate que ninguém ou quase ninguém a atrai, que ela está neste limbo afetivo há muito tempo, que talvez nunca tenha se apaixonado ou que tenha dúvidas sobre isso e que ela nunca amou na vida ou que haja dúvidas sobre isso.
Por outro lado, se ela revela um quantidade muito grande de todos estes tipos de envolvimento amoroso, o mais provável é que ela tenha facilidade para iniciar relacionamentos, mas que estes não durem muito tempo. Para você ter uma ideia do que seria uma quantidade muito pequena ou muito grande de cada um destes tipos de envolvimento afetivo, considere as duas seguintes pesquisas que eu realizei.
A primeira pesquisa foi realizada com 51 universitários da cidade de São Paulo, 27 mulheres e 24 homens. A idade média destes estudantes era 20,4 anos, variando entre 17 e 29 anos. Solicitei a este grupo de estudantes que respondesse à seguinte questão:
“Neste momento, no meu círculo de relações existem _________ (colocar o número) pessoas que me atraem, com as quais eu poderia ter, no mínimo, um belo caso de amor, caso não houvesse nenhum impedimento (comprometimento com outra pessoa etc.)”
Em média, as mulheres relataram que havia 2 pessoas pelas quais sentiam este tipo de atração e os homens relatam que sentiam este tipo de atração por 2,4 pessoas.
A segunda pesquisa identificou as quantidades de paixões e amores que 368 estudantes universitários tiveram durante suas vidas. A média de amores que estes universitários tiveram na vida era 1,3. A média de paixões que tiveram na vida era 3,6. Apenas 4% destes estudantes nunca haviam se apaixonado e apenas 13% deles nunca haviam amado até esta idade. No outro extremo, apenas 10% deles tinham se apaixonado 7 ou mais vezes e apenas 4% deles tinham amado 4 ou mais vezes. As pessoas que incidiram nestes dois extremos, ausência ou uma quantidade muito grande de amores e paixões, provavelmente são aquelas que tinham muita dificuldade e muita facilidade, respectivamente, para desenvolverem estes dois tipos de envolvimentos amorosos. (Leia a íntegra deste estudo na Internet. Para obter este artigo coloque o nome “O conteúdo da vida amorosa Ailton” em uma ferramenta de busca).
É esperado, por motivos óbvios, que as pessoas com menos de 24 anos tenham tido uma quantidade menor de amores e paixões do que a relatada por estes estudantes universitários e que aquelas acima desta idade tenham tido uma quantidade maior de ocorrência destes sentimentos do que eles.
Funções das capacidades para sentir atração amorosa e amar
A capacidade moderada para o envolvimento amoroso facilita o início e desenvolvimento dos relacionamentos amorosos. Algumas das contribuições deste tipo de capacidade são as seguintes:
(a) A atração romântica e sexual é um bom critério para escolher um parceiro.
Os amigos e os parceiros amorosos possuem várias características semelhantes. Este tipo de atração ajuda a distinguir aquelas pessoas pelas quais sentimos apenas amizade daquelas que nos atraem amorosamente. Como escolhemos um parceiro amoroso? Certamente não levamos no bolso uma lista de atributos que consideramos importantes neste tipo de parceiro. Funcionamos de uma forma diferente: simplesmente sentimos atração por algumas pessoas e não sentimos por outras. A atração que sentimos por uma pessoa é um forte indicativo de que ela tem as características que queremos em um parceiro para esta finalidade.
(b) A atração, a paixão e o amor são requisitos para o envolvimento em um relacionamento amoroso.
Sentir atração é um requisito para iniciar um relacionamento amoroso: as pessoas geralmente procuram desenvolver uma relação amorosa com aqueles por quem estão apaixonadas, amam ou, pelo menos, sentem atração amorosa. Só naquelas culturas onde o casamento é arranjado é que estes sentimentos não são considerados requisitos essenciais para iniciar um relacionamento amoroso. Uma pesquisa realizada por Levine e colaboradores (1995) mostrou que o amor é considerado um requisito muito importante para o casamento nas culturas ocidentais. Estes autores pediram para que pessoas de onze países (inclusive do Brasil) respondessem à seguinte questão:
“Se um homem (mulher) tivesse todas as qualidades que você deseja, você se casaria com ele(a) mesmo se não o(a) amasse?”
A grande maioria das pessoas dos países ocidentais disse que não casaria com tal pessoa. Para elas o amor como necessário para o casamento (por exemplo, no Brasil 85,7 % das pessoas disseram que só casariam se houvesse amor).
(c) O envolvimento amoroso mobiliza recursos para atrair o parceiro.
O envolvimento amoroso funciona como uma fonte de energia para as ações amorosas. Por exemplo, quando sentimos atração por alguém, esta atração faz com que nos sintamos motivados para tentar agradar, conquistar e iniciar um namoro com esta pessoa: vestimo-nos melhor quando sabemos que vamos encontrá-la, ficamos “derretidos” na sua presença, procuramos encontrá-la, agradá-la etc.
(d) A expressão do envolvimento amoroso dá esperança para o parceiro de que ele será bem-sucedido para iniciar e desenvolver este tipo de relacionamento. Segundo Stendhal, famoso autor do livro “Do Amor” que trata do apaixonamento, a esperança é um dos requisitos para o nascimento do amor.
Causas das disfunções para se envolver amorosamente
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