quinta-feira, outubro 31, 2024

Autoconhecimento através da auto-observação enquanto conversa

 

(Ilustração produzida pela IA Copilot)Preste atenção em si mesmo enquanto conversa, observando-se ao mesmo tempo em que se comunica. Perceba o que você sente, suas motivações e seus temores em relação à forma como está se comportando na conversa.

Essa percepção revela seus objetivos, o que está controlando suas ações e dá pistas sobre como você poderia agir de forma diferente na conversa, caso esses fatores de controle não estivessem presentes. Tente também examinar o que precisaria fazer para ser mais genuíno, e quais fantasias e previsões de consequências desencorajam esse tipo de sinceridade.

Quais são os fatores que controlam sua comunicação? O que realmente pensa e sente, a necessidade de agradar ou evitar desagradar o interlocutor, o desejo de conversar ou a obrigação de manter a conversa?

O que o controla transparece nas características da sua comunicação e em seus sentimentos. Quando você comunica, na medida certa e nas circunstâncias adequadas, seus verdadeiros sentimentos e pensamentos, a comunicação transmite sua energia e vivacidade. No entanto, quando sua comunicação não é guiada por sentimentos e motivações intrínsecas, mas por medos, formalidades e obrigações, a conversa perde criatividade, tornando-se monótona, cheia de clichês e desvitalizada.(Texto revisto pela IA-Chat GPT)

quarta-feira, outubro 23, 2024

Conversar Ajuda A Esclarecer, Assimilar E Identificar Caminhos Para Lidar Com Acontecimentos Significativos

 



(Ilustração gerada pela IA COPILOT)

 

Ouvir alguém relatar uma situação problemática ou um evento importante, seja ele positivo ou negativo, é uma ferramenta poderosa para processar acontecimentos. Isso auxilia o relator a esclarecer o ocorrido, conectá-lo com outros eventos significativos, assimilá-lo, definir novos objetivos e identificar caminhos para alcançá-los. Vamos explorar esses benefícios mais a fundo.

A simples prática de ouvir oferece grandes vantagens, pois, ao relatar ser ouvido adequadamente, o falante aciona diversos processos importantes:

1.    Reviver a situação: Ao relembrar o que aconteceu, o relator revisita mentalmente o evento. Isso refresca a memória, amplia a consciência das suas reações e permite relacioná-las com outras emoções, situações e acontecimentos passados.

2.    Maior clareza: Ao tentar fazer o ouvinte entender, o relator organiza suas ideias, o que aumenta a clareza sobre o ocorrido.

3.    Identificação de gatilhos emocionais: Ao descrever a situação, o falante pode reconhecer aspectos específicos que desencadearam suas reações, como um tom de voz, ofensas ou ameaças.

4.    Efeito descondicionante: Quando o relator revive mentalmente a situação para descrevê-la, ele está em um ambiente mais seguro, livre das ameaças reais do evento original. Essa exposição imaginativa tem um efeito descondicionante, dissociando as lembranças das consequências imediatas.

5.    Elaborar o que aconteceu: Além disso, ele precisa organizar seu relato para que o ouvinte compreenda, o que envolve trabalhar os acontecimentos, suas causas, as conexões com outros fatos e lembranças, além de sua própria versão dos eventos. Esse processo contribui para elaborar o que ocorreu.

6.    Participação do ouvinte: O ouvinte, por sua vez, desempenha um papel crucial na ajuda ao falante. Ao demonstrar interesse genuíno, levantando dúvidas e expressando curiosidade, ele pode ajudar o falante a explorar pontos que talvez estejam sendo negligenciados, distorcidos ou mal explicados. Essa interação favorece a construção de um relato mais imparcial e compreensível.

7.    Impacto das reações do ouvinte: As reações do ouvinte também têm grande impacto no que ocorre com o falante. Quando o ouvinte lida com o que escuta de maneira serena, sem escândalo ou surpresa excessiva, isso ajuda a acalmar o relator. Se, por outro lado, o ouvinte se mostra indignado, essa reação pode validar os sentimentos do falante. A diferença de perspectivas entre o ouvinte e o relator também é enriquecedora, pois leva o falante a considerar outros ângulos e possíveis reações ao acontecimento.

8.    Solidariedade e acolhimento: A demonstração de solidariedade por parte do ouvinte oferece acolhimento e traz tranquilidade ao relator. O ouvinte pode ajudar o falante a refletir sobre seus objetivos e caminhos para alcançá-los: o que ele deseja fazer, onde quer chegar. Além disso, pode auxiliá-lo a identificar os caminhos para alcançar esses objetivos. A simples visualização de alternativas para resolver a situação já tem um efeito calmante, pois proporciona esperança e ativa motivações. Enxergar soluções viáveis mostra que é possível lidar com o que o aflige.

9.    Compromisso com ações e soluções: Por fim, o falante pode se comprometer a seguir determinadas ações e soluções, e esse compromisso, tanto consigo mesmo quanto com o ouvinte, reforça sua motivação.

 

Assim, todos esses efeitos decorrentes de falar com um ouvinte interessado, receptivo e colaborativo são poderosos mecanismos para lidar com situações desafiadoras.

sábado, outubro 12, 2024

PERSEGUIR METAS OU AGIR EXPONTANEAMENTE?

 

(Ilustração gerada pela IA - COPILOT)

Perseguir metas é ser capaz de se abster de motivações imediatas e desviantes. É ter uma motivação maior pela meta, seja essa motivação intrínseca ou extrínseca, positiva ou aversiva.

É ter capacidade para suportar sofrimentos para fazer algo não suficientemente motivador ou até aversivo em prol de uma consequência maior. É saber dividir uma tarefa maior em menores e reforçadoras.

Ter metas é vantajoso: se eu não organizar minha vida, caminho em todas as direções e não chego a lugar nenhum. Também fico com a sensação de não realização, não finalização, não competência. Além disso, as pessoas me julgarão assim: a sociedade gosta de pessoas que realizam, que produzem, que são bem-sucedidas.

Uma das metas mais importantes é deixar espaço para o presente. As metas são imprescindíveis; sem elas, nosso comportamento seria caótico. São as metas que organizam o que pretendemos alcançar.

Por outro lado, se eu tiver metas rígidas para o futuro, posso deixar de atender outras necessidades representadas por metas presentes, que sejam incompatíveis com continuar o caminho para atingir a meta mais distante. Portanto, é necessário equilíbrio, deixando espaço para metas que me façam feliz no momento e outras que impliquem em sacrificar o prazer imediato em prol de algo mais importante no futuro.

Fluir envolve a adoção de metas flexíveis, atualizáveis e imediatas. Eu tenho que ter flexibilidade para atender imprevistos, prazeres e praticar improvisos que vão surgindo. Fluir é isso: quando eu tenho a liberdade de mudar meu curso à medida que os acontecimentos ocorrem, vou navegando neles, atendendo aos prazeres imediatos e reforçadores, tudo dá sentido à vida. Quando sacrifico muito o presente em prol do futuro, minha vida fica pobre, seca e estéril.

As metas são motivadoras. Quando estabeleço uma meta e realmente assumo que vou fazer aquilo, não só para mim, mas também em público, e às vezes através de um contrato formal, isso me motiva a atingir a meta. É frustrante quando sou interrompido em meus esforços em direção ao objetivo ou à meta. Além disso, pode haver consequências por não cumprir metas: posso ser julgado, visto como alguém que promete, mas não cumpre, e até sancionado legalmente. Posso assumir metas e estipular sanções, por escrito, caso eu as cumpra ou não.

É necessário estabelecer critérios para avaliar se estou progredindo, para avaliar meus comportamentos e verificar se estão contribuindo para que eu atinja a meta.

As metas precisam ser conjugadas com prazos. Se eu tiver uma meta, mas não estabelecer prazos, não implemento os caminhos para atingi-la. Preciso ter uma ideia clara de quais são os caminhos para atingir a meta. Posso desenvolver isso pensando e analisando.

Metas mais difíceis, mas exequíveis, são mais motivadoras do que metas muito fáceis.

Saiba dosar o comprometimento com metas com o espaço para ações espontâneas, ajustadas para o presente.

segunda-feira, outubro 07, 2024

QUANDO UM NÃO QUER, DOIS NÃO BRIGAM

 

QUANDO UM NÃO QUER, DOIS NÃO BRIGAM





As brigas são um dos principais motivos da deterioração dos relacionamentos e das separações de casais. Há uma maneira quase mágica de diminuir as brigas: ambos decidem não brigar, conhecem os caminhos que levam a elas e sabem como desativá-los. Mesmo quando apenas um decide parar de brigar e sabe como identificar e desativar esses caminhos, isso já produz um grande efeito benéfico no relacionamento.

Se uma pessoa estiver determinada a não brigar, não agredir a outra, não se defender, concentrar o relacionamento em coisas positivas e adotar maneiras objetivas de lidar com os problemas, ela pode criar relacionamentos muito positivos e transformar relacionamentos ruins em bons. Uma pessoa tem um grande poder em mudar o clima de um relacionamento, seja de casal, no trabalho ou entre amigos. Basta que essa pessoa se abstenha de criticismo (evitando, na hora da discussão, acusar o outro de mil coisas) e decida não ficar na defensiva (não se defender de tudo que a outra pessoa fala).

Basta que ela se concentre no problema e não aceite que a discussão divirja para outros temas negativos. Ela precisa ter a determinação de resolver o problema e de abster-se de ferir o interlocutor. Ferir quem nos fere gera um ciclo de agressão, defesas e novas agressões.

Para evitar assuntos inconvenientes, ela pode usar a "técnica do nevoeiro", dizendo coisas como "Eu entendo o que você está dizendo, faz sentido. No entanto, essa é uma questão que podemos tratar, sim, mas não agora, para não perder o foco desta conversa." Também é muito útil para desativar brigas usar a técnica do disco quebrado: quando não concordar com algo, dizer "Entendo o que você está falando, mas eu penso diferente, não concordo. Podemos tratar disso outra hora?" e repetir essa frase e suas variantes tantas vezes quanto necessário.

Para evitar brigas, a pessoa deve, principalmente, abster-se de entrar numa dinâmica de ferir quem a fere e de incomodar quem a deixa incomodada. Essa dinâmica cria novos focos de incêndio além das divergências inevitáveis e saudáveis nos relacionamentos.

Um psicólogo especializado pode ajudar você a diminuir suas brigas!