Ninguém gosta de fazer esforços e
agir deliberadamente para iniciar novos relacionamentos. Nada melhor do que
essas coisas acontecerem naturalmente, sem nenhum artificialismo. No entanto,
quando as situações atuais não oferecem boas oportunidades para iniciar
relacionamentos amorosos e não há motivação suficiente para expor-se a outras
situações, é necessário fazer esforço para mudar as coisas.
Duas histórias ilustrativas
Considere as seguintes
histórias de pessoas que fizeram esforço para mudar e foram bem sucedidas:
Josie se esforça e volta a namorar
Josie estava sem namorado
há bastante tempo. Nos meios sociais e profissionais que ela frequentava, não
havia ninguém disponível que a interessava. Ela não gostava de ir a baladas e
também não gostava de aplicativos para iniciar relacionamentos.
Ou seja, ela estava sem
namorado, não havia ninguém disponível que a interessasse nos meios que ela
frequentava e ela não gostava de nenhuma das atividades que poderiam colocá-la
em contato com novos possíveis parceiros.
Ela era razoavelmente
atraente. Bastava expor-se a possíveis parceiros, em situações que facilitassem
inciativas amorosas, que eles fariam contato.
Ela tinha boa capacidade
para se ligar a novas pessoas quando tinha oportunidade de conversar com elas.
Bastava conversar um pouco com pessoas receptivas para ela se envolver. Esse
envolvimento gerava energia e interesse intrínsecos suficientes para manter os
novos relacionamentos, sem necessidade de novos
esforços, portanto.
Assim, sendo, para sair
da solteirice, o que ela tinha que fazer era passar temporariamente pelo
desconforto de ir a locais que oferecessem oportunidades de contato com
possíveis parceiros ou fazer usos de aplicativos para iniciar relacionamentos.
Cândido se esforça e consegue superar a tristeza do fim do namoro
Crer que existem
situações e acontecimentos motivadores, crer que expor-se a elas da forma certa
produz envolvimento e gera motivação, que há caminho eficiente para chegar lá e
que consegue percorrer esse caminho possibilita e suscita a motivação.
A namorada de Cândido terminou
o namoro com ele. Ele gostava dela, não queria terminar e, por isso, ficou
muito abatido. Ele, no entanto, possuía um caminho muito eficiente para
recuperar-se o mais rapidamente possível daquele pesar que estava sentindo:
embora a dor que sentisse lhe tirasse a vontade para quase tudo, ele sabia que
havia novas pessoas interessantes por ai, que podia atrai-las, e que elas se
envolveriam com ele, e ele com elas, caso houvessem as oportunidades adequadas
para fazer e ficar em contato com elas. Era só fazer o caminho de novo para
essas novas relações.
No início, não teria
vontade de começar atividades que facilitariam encontrar essas mulheres. Teria
que esforçar-se para isso. Mas, logo que começava a se relacionar com alguém
interessante e receptivo, a energia do relacionamento lhe emprestava motivação.
Quando o esforço vale a
pena
1 – Você está precisando
de ânimo ou motivação?
2- Você conhece alguma
situação ou atividade que poderia contagiá-lo da forma que você precisa?
3- Você sabe o que fazer
para criar ou se expor a essa situação ou atividade motivadora?
4- Você confia que esse
caminho o levará a essa a essa situação ou atividade?
5- Você sabe como
expor-se adequadamente a essa situação?
5- Você confia que se
expondo adequadamente, há uma boa chance de ela contagiá-lo.
6- Você tem motivação
suficiente para pegar o caminho até a situação e manter-se nela até que ela
comece a envolvê-lo?
O esforço para expor-se a
uma situação ou atividade potencialmente motivadora, seja ela amorosa ou não,
com a finalidade de animar-se, funciona e vale a pena quando:
– Cremos firmemente que
conhecemos o caminho para chegar essa situação motivadora. Conhecer o caminho e
confiar nele é meio caminho andado (rs).
– Cremos que temos as
habilidades necessárias para trilhar o caminho e para lidar com a situação da
forma adequada para que ela nos envolva positivamente. A falta dessa crença é
um dos principais motivos do desânimo.
– Temos motivação
suficiente para trilhar o caminho até a situação e permanecer nela ou sabemos
como recrutar motivação suplementar para essas tarefas. Muita gente decide no
meio do caminho porque não tem motivação suficiente para persistir até obter
resultados.
– O esforço para trilhar o
caminho e expor-se suficiente e adequadamente à situação não é grande demais.
Quando o esforço é grande demais, ele se torna muito aversivo e frustrante, o
que aumentará muito as chances de desistirmos e impedirá que a nova situação se
instale.
– O esforço é temporário.
Ninguém quer permanecer por muito tempo em situações desagradáveis, onde há
necessidade de comportar-se artificial e deliberadamente O esforço vale a pena,
quando ele é temporário e produtivo. Em seguida, ele será substituído por
motivações naturais geradas pela nova atividade, pessoa ou situação. As coisas
boas da nova situação substituirão gradativamente a necessidade do esforço.
– A exposição na nova
situação ou atividade promoverá restruturação cognitiva positiva: mudaremos
favoravelmente aquilo que pensávamos sobre a situação e de nós mesmos. Por
exemplo, perceberemos que lidar com esse tipo de situação é mais fácil do que
imaginávamos e que temos, sim, habilidade para lidar com ela.
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