Quando estamos conversando, devemos repercutir aquilo que nosso interlocutor comunica: devemos apresentar comportamentos não verbais e verbais que mostrem os efeitos que a sua comunicação está tendo em nós. Se não fizermos isso, a conversa morre. Por exemplo, se ele fala “Ontem fui a um encontro com uma mulher muito atraente!” e nós não apresentamos nenhuma reação, pode ser que ele diga mais alguma coisa. Se novamente não reagimos, é provável que ele peça satisfações (“Você ouviu o que eu disse?”, “Você está preocupado com alguma coisa?”) ou encerre a conversa e vá embora.
Geralmente repercutimos o que o nosso interlocutor disse. De forma simplificada, pode-se afirmar que essas repercussões são baseadas em dois fatores: (1) aquilo que ele disse provocou em nós algum efeito e o que comunicamos é uma forma de compartilhar com ele esse efeito (reações genuínas ou “feedback pessoal para a comunicação do interlocutor”) ou (2) a forma como reagimos ao que o interlocutor disse é fabricada para agradá-lo ou, pelo menos, para não desagradá-lo (reações falsas para agradar o interlocutor ou “bonzinho demais”).
Neste artigo examinaremos alguns dos méritos dos feedbacks genuínos para o que o interlocutor disse e alguns dos problemas dos feedbacks falsos e elaborados para o que ele disse.
Claro, muitas vezes é inconveniente ser genuíno demais (“sincericídio”). Geralmente é inconveniente e fonte de problemas ser falso demais (“mentiroso”, “bajulador”, “puxa saco”).
Feedback pessoal e feedback impessoal
O feedback pessoal consiste na revelação de sentimentos e pensamentos pessoais que foram provocados pela comunicação apresentada pelo interlocutor. Por exemplo, o autor do feedback diz: “Puxa! Gostei disso que você falou!”.
O feedback impessoal consiste na revelação de informação impessoal sobre a comunicação do interlocutor. Por exemplo, o receptor confirma ou corrige um endereço que foi informado pelo interlocutor.
Feedbacks verbais e feedbacks não verbais
Os feedbacks podem ser apresentados tanto através da comunicação verbal como através da comunicação não verbal. Geralmente eles são apresentados através desses dois tipos de comunicação.
Feedbacks verbais
Exemplos de frases que podem ser usadas para apresentar feedbacks verbais:
– “Interessante o que você falou. Um ponto chamou a minha atenção: como alguém com tanta motivação como você não faz nada para mudar a situação?”.
– “Fiquei angustiado só de ouvir você falar”. (Enquanto o falante relatava o acontecimento, o autor deste feedback apresentava expressões faciais que mostravam a sua angústia com aquilo que o outro estava relatando).
– “Eu pessoalmente só posso imaginar o que você está dizendo, já que não tenho medo de locais abertos. Só posso usar outro medo meu para entender o seu”.
– “Não entendo como você pode suportar isso!”.
– “Você foi muito hábil!”.
– “Gostei!”
– “Achei perfeita a sua forma de agir!”.
Feedbacks não verbais
Os feedbacks não verbais geralmente interferem menos no andamento da comunicação do interlocutor do que os verbais (duas pessoas não conseguem falar ao mesmo tempo e serem entendidas uma pela outra). Por isso, o feedback não verbal é mais apropriado do que o verbal quando queremos apresentar reações para pequenos trechos daquilo que está sendo comunicado pelo interlocutor sem atrapalhar sua comunicação.
Exemplos de feedbacks não verbais:
-Vocalizações expressivas. Expressar emoções através da voz. Exemplos: usar uma voz sonora e volume alto para reagir ao que está sendo dito (“Nossa!”, “Não diga!”); rir muito e de forma bastante audível.
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