segunda-feira, dezembro 26, 2016

A arte de relacionar-se sem pressionar demais a parceira

A exigência excessiva acontece quando o relacionamento está mais baseado em exigências do que em motivações positivas intrínsecas.
O sucesso do relacionamento depende tanto daquilo que fazemos de bom para as parceiras como daquilo que não fazemos de mau para elas.
Estou convencido que as pressões excessivas são muito ruins para e, por isso, são um dos principais motivos da perda de vitalidade dos relacionamentos.
A pressão sobre a parceira não deve ser a principal motivação para que ela satisfaça as suas expectativas. A motivação mais importante para este fim deve ser o prazer que ela sente por agir assim.
Para não pressionar demais é necessário identificar aquilo que as parceiras estão intrinsecamente motivadas para fazer conosco ou por nós e administrar de outra forma, sem pressioná-las, aquilo que queremos delas, mas que elas não estão positiva e intrinsecamente motivadas para fazer.
Relacionamentos onde prepondera o prazer de relacionar são leves e prazerosos.

O controlador é controlado

Quando alguém usa pressão para controlar a parceira de relacionamento, a sua presença e os seus atos, que eram agradáveis, vão perdendo suas qualidades positivas e passam a ser negativos.
Quem usa controle negativo, também sente efeitos negativos. Por exemplo, sente que quer mais o outro do que vice-versa.
Quem usa o controle como forma principal de relacionamento fica sempre vigilante; sempre tem que intervir para obter o que deseja do outro; não é objeto de iniciativas positivas espontâneas e convincentes da parte do outro. Quem é controlado negativamente produz o mínimo para não receber a consequência negativa. Por isso, mostra má vontade e falta de energia quando toma iniciativas desejáveis em relação à parceira.
Quando o controle cessa, os comportamentos também desaparecem. Eles não permanecem porque eram mantidos por consequências negativas.
As circunstâncias onde ocorrem pressões acabam sendo associadas com os negativos usados. Tudo que lembra o pressionador e seus comportamentos vai ficando desagradável.
Fazer algo porque é obrigado, é trabalho. Diminui as chances de fluir. Algumas coisas são muito aversivas quando feitas por obrigação.

Condições para relacionar-se sem pressões excessivas

Para adotar o estilo de relacionamento sem pressões excessivas é necessário que estejamos profundamente convictos que pressionar excessivamente nossos entes queridos não é um bom negócio!
Não se trata de ser bonzinho
Adotar esse estilo de relacionamentos não significa tornar-se bonzinho e aceitar tudo que venha da parceira ou se conformar com tudo que ela não quer fazer conosco ou por nós. Significa, sim, ser capaz de atender as próprias necessidades não satisfeitas pela parceira através de alteração das próprias expectativas ou possuir recursos para atendê-las de outras formas (em outros relacionamentos ou em outras situações) ao invés de cobrar e exigir que a parceira, que não está intrinsicamente motivada, proporcione o que queremos.
Creio que é possível ter algum tipo de relacionamento positivo com quase todo mundo. Basta que esse relacionamento aconteça naqueles campos onde ambos os parceiros tenham motivações positivas para se relacionarem.
Claro, quando você segue suas próprias motivações, isso pode funcionar como pressão sobre o outro! Mas, este tipo de pressão é um problema do outro e não seu! Rs.
Atitudes e medidas necessárias para relacionar-se de forma não controlada
Temos o direito de não aceitar relacionamentos com parceiras que não tenham motivações positivas para ficar conosco.
Devemos avaliar se aquilo que a parceira tem para nos oferecer é suficiente ou supera as nossas expectativas que temos com ela ou será necessário ou vantajoso redefinirmos o tipo de relacionamento que temos como ela para outro que envolva diferentes graus e tipos de expectativas.
Temos que ter alternativas para satisfazermos nossas necessidades sem sobrecarregar desnecessariamente a parceira.
A melhor maneira de se relacionar de forma não controladora exige diversas atitudes e medidas. As principais delas são as seguintes:
1- Ficar plenamente convencido das vantagens dessa forma de agir e das desvantagens do controle.
(2) Temos que tomar a decisão de não achar que temos direito de exigir que a parceira atenda nossas expectativas, opte sempre por nós, por nossa companhia, por fazer coisas conosco.
(3) Devemos ter atrativos suficientes para que a parceira prefira nossa companhia às outras coisas que ela poderia fazer ou pelo menos, que podemos arranjar outra parceira que opte por nós.
4- Ficar plenamente ciente das formas explícitas e sutis de exercer pressão
5- Não estar sob controle excessivo do que esperamos da outra pessoa. Se precisarmos demais da boa vontade da parceira, abster-se de controlá-la será muito difícil.
Uma forma de não precisar demais é ter opções: programas, amigos, atividades prazerosas. Outra forma é diminuir as fantasias grandiosas sobre o outro e que pode contar sempre com o outro
6- Não sentir-se ameaçado quando a parceira não optar por você. As pessoas podem ter motivações momentâneas para fazer coisas que não incluam você. Isso não significa que elas não gostam de você e que vão abandonar você.
7- Ter condições de redefinir o relacionamento para aquilo que cada um pode oferecer para o outro ou terminar o relacionamento ou ter condições e lucidez para reduzir o relacionamento para outro nível de comprometimento que seja aceitável.

Candidatos a controladores

Certas pessoas são mais propensas para usar a pressão para obter o que querem do que outras pessoas. Geralmente essas pessoas têm uma ou mais que uma das seguintes características tem mais propensão para usar negativos
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