sábado, abril 30, 2016

Você sabe identificar defeitos graves que eliminam parceiros amorosos?

Para que um parceiro amoroso seja considerado atraente e adequado deve, além de possuir as qualidades desejadas, ele não ter muitos defeitos e, principalmente, deve estar livre de defeitos graves.
Muitos dos defeitos graves são os inversos ou as ausências das qualidades desejáveis. Quanto mais importante for uma qualidade, maior é a gravidade do defeito decorrente da sua ausência ou da presença de um atributo que é o seu oposto.
Tal como no caso das qualidades, o que é considerado um defeito é determinado por fatores universais, culturais e individuais.
DEFEITOS GRAVES
Em relação a esses defeitos graves, não funciona o Princípio das Médias Ponderadas dos Defeitos e Qualidades, ou seja, eles não podem ser compensados pela presença de qualidades desejáveis. Por exemplo, mesmo que uma pessoa seja gentil, atenciosa, bonita, rica e afetuosa, ainda assim, ela não despertará o amor da grande maioria dos seus pares, caso tenha uma inteligência muito limitada. Não há qualidade ou grupo de qualidades que compense este tipo de defeito.
Abaixo vamos apresentar uma lista dos 20 principais defeitos graves que identificamos através de uma pesquisa.
Pesquisa: lista e pesos dos defeitos graves
Realizei uma pesquisa para identificar e avaliar a gravidade dos defeitos que impediriam o apaixonamento ou o casamento com que os possuíssem. Esta pesquisa foi dividida em duas etapas. Na primeira etapa pedi para que dezenas de pessoas citassem dez defeitos que as impediriam de se apaixonar e se casar com quem os possuíssem e, em seguida, pedimos a elas que ordenassem estes defeitos em ordem decrescente de gravidade (o número 1 seria o pior defeito e o número 10, o menos pior deles). Os 53 defeitos mais citados por este grupo foram utilizados para construir uma lista de defeitos.
Na segunda etapa desta pesquisa, pedi para quatro grupos de pessoas avaliarem a gravidade destes 53 defeitos. Esses grupos tinham as seguintes características: (1) grupo de 37 homens e (2) um grupo de 42 mulheres que tinham, no máximo, concluído o ensino médio (o antigo segundo grau), com idades entre 17 e 27 anos; outros dois grupos de universitários, (3) um grupo de 28 homens e (4) um grupo de 36 mulheres (as idades desses dois grupos variavam entre 17 e 24 anos). Todos os participantes desta pesquisa eram solteiros e moravam na Grande São Paulo.
Os participantes dessa pesquisa receberam a seguinte instrução:
Avalie quanto cada um dos defeitos que constam da lista abaixo impediria você de se apaixonar ou casar com quem os possuísse.
Para fazer esta avaliação, cada pessoa devia dar uma nota que podia variar entre 0 a 100 para a gravidade de cada um destes 53 defeitos. A nota zero significava “Nada” (“Não me impediria nada de me apaixonar por tal pessoa”) e a nota 100 significava “Totalmente” (“Me impediria totalmente de me apaixonar por tal pessoa”).
Os 20 defeitos considerados mais graves, em média, por estes quatro grupos de pessoas, são mostrados abaixo.
Defeitos graves que impediriam o apaixonamento e/ou o casamento com o parceiro
Quanto cada defeito impede o apaixonamento e/ou o casamento com quem o possui
(Notas médias dos quatro grupos de avaliadores):
1. Criminoso(a): 92,6
2. Mau-caráter: 92,3
3. Viciado(a): 90,4
4. Fútil / sem nada na cabeça: 88,7
5. Não higiênico(a): 87,5
6. Grosseiro(a): 86,6
7. Infiel: 86,3
8. Desrespeitoso(a): 85,2
9. Castrador(a): 84,4
10. “Sem inteligência”: 82,4
11. Doente grave ou contagioso: 81,5

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sábado, abril 23, 2016

A flecha do cupido produz prazeres ou sofrimentos intensos e duradouros



“A primeira vez, você nunca esquece”.
Todos nós podemos ser marcados, de forma intensa e duradoura, por muitos tipos de acontecimentos. Aquela famosa propaganda do sutiã bate nessa tecla: “A primeira vez, você nunca esquece!”. Essas marcas podem ser produzidas por muitos tipos de eventos, tanto positivos com negativos. Por exemplo, a primeira relação sexual, o nascimento do primeiro filho e muitos rituais de passagem (formatura, casamento, etc.) e, infelizmente, muitos eventos traumáticos (humilhações em público, estupro, acidentes, etc.) podem deixar marcas profundas e duradouras.
Vamos examinar aqui dois exemplos de marcas profundas que podem ser produzidas rapidamente: um exemplo apresentado por um filme de ficção científica e um exemplo de pesquisa com pintinhos. Vamos examinar também o fenômeno do apaixonamento que pode produzir muitas alegrias e sofrimentos.
O programa filial dos pintinhos
Pintinhos são chocados em uma chocadeira elétrica: nunca viram outra ave ou qualquer outro tipo de ser vivo. Grupos de pintinhos, com diferentes dias de idade, são expostos a uma pequena caixa de madeira que se movimenta em uma pista, em forma de círculo, e emite, através de um alto falante embutido em seu interior, piados típicos de uma galinha.
Até certa idade (cerca de um mês), eles começam a seguir a caixa que se movimenta na sua frente e mostram para ela todos os comportamentos típicos que os pintinhos mostram para suas mães: seguem-na onde quer que elas vão; correm para elas quando se sentem ameaçados; dormem sob suas azas, piam desesperadamente para chamá-la quando elas somem de suas vistas, etc.
Esse fenômeno (“estampagem”) ocorre com inúmeras espécies.
Fenômenos parecidos com a estampagem também ocorrem em diferentes épocas da vida (“períodos sensíveis”) e com diferentes tipos de comportamentos. Por exemplo, a formação das primeiras amizades ocorre durante a primeira infância. Outro exemplo, a época do primeiro apaixonamento pode acontecer no início da puberdade ou no início da adolescência (não conheço estudos que indiquem com segurança quando isso ocorre).
Inteligência artificial: amor filial instantâneo e imorredouro
(Filme dirigido por Steven Spielberg)
O filhinho ficou paralisado por um acidente teve um sério acidente que o deixou paralisado. A família resolve adotar um robô humanoide para aliviar o sofrimento provocado pela incapacitação do filho. Esse robô é indistinguível de uma criança, tanto na sua aparência, quanto na sua forma de se comportar. Após um período de experiência, o casal resolve ficar com ele. Tomada essa decisão, a mulher lê uma senha na presença do menino robô que aciona um programa afetivo que faz que ele passe a mostrar sentimentos intensos e persistentes, como aqueles exibidos por um filho para os seus pais.
Passado algum tempo, o filho verdadeiro se recupera da sua incapacitação e começa a desenvolver muito ciúme da relação entre o “irmão” robô e seus pais. O menino humano simula, então, uma tentativa de assassinato que teria sido cometido pelo irmão robô contra ele. Em consequência, os pais planejam descartar o robô. Ao tomar ciência desse plano, o robô foge. Dai para frente, ele sai à procura de algum mágico que o transforme em uma criança de verdade para assim, na sua crença, ser amado de novo pelos pais.
Milhares de anos depois, a humanidade já está extinta, mas lá está ele na frente à Estátua da Liberdade que, a essa altura está submersa. Ele confunde essa estátua com a “Fada” que pode transformá-lo em um menino. Há milhares de anos, lá está ele implorando incessantemente para que ela o transforme em uma criança de verdade. Ele acredita que essa transformação permitirá que seja aceito e amado, de novo, pela mãe. O robô adquiriu esse desejo intenso e incessante e um grande amor pela mãe assim que ela leu a senha que instalava o programa de amor filial e outros sentimentos humanos. (Claro, não contarei aqui o final do filme. Vale a pena assisti-lo).
O que interessa aqui é chamar a atenção para o “amor” intenso e imorredouro que o robô passou a sentir no instante que a senha foi lida pela sua “mãe”. De forma semelhante, muitas pessoas possuem uma espécie de programa romântico. Depois que a senha é acionada, essas pessoas são tomadas por uma paixão intensa e duradoura, o famoso “amor à primeira vista”.
A flecha de cupido aciona um poderoso programa que pode trazer imensos prazeres ou sofrimentos
Dedico boa parte do meu trabalho clínico ajudando meus pacientes, por um lado, a conquistar, reconquistar, aprofundar e manter o amor de seus amados e, por outro lado, a combater o amor que faz sofrer: amor não correspondido, amor que deixou de ser correspondido, amor impossível, amor que decepcionou (traiu, agrediu, etc.).
Esse meu trabalho tem me convencido, cada vez mais, do poder, duração e resistência da síndrome amorosa (o amor é composto por sentimentos, cognições e comportamentos) que foi profundamente instalada (quando é mal instalada pode provocar efeitos mais superficiais e durar pouco).

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sábado, abril 16, 2016

Como apressar o desapaixonamento

Atendo no meu consultório muitas pessoas que estão sofrendo desesperadamente por amor. São pessoas que se apaixonaram e não foram correspondidas, pessoas que eram correspondidas anteriormente e o amor do parceiro terminou ou, ainda, pessoas que foram traídas ou muito magoadas por outros motivos e que, por isso, não podem permanecer amando a parceira.
O sofrimento por amor pode ser terrível: tira a motivação para tudo, provoca a perda do sono, provoca a desregulação de todos os setores da vida, baixa autoestima, etc.
O sofrimento pode ser tão atroz que o paciente é encaminhado para ser medicado.
Venho desenvolvendo procedimentos para ajudar a aliviar esses sofrimentos e para ajudar essas pessoas retomarem suas vidas.
Esses procedimentos parecem simples, mas geralmente são bastante complexos e trabalhosos e exigem a assistência de um psicólogo para serem implementados com eficiência.
Os resultados geralmente são bons, mas nada mágicos. O grau de eficiência varia de acordo com o caso.
Apresentarei aqui alguns dos procedimentos que utilizo para combater o apaixonamento que produz o sofrimento. No consultório, além desses e de outros procedimentos, também procuro ajudar o paciente em outros setores como recuperar a autoestima, interessar-se amorosamente por outra pessoa, reprogramar sua vida.
Alguns procedimentos para combater o amor que produz sofrimentos
Fortalecendo as variações negativas naturais da percepção
Quando levamos um fora, a nossa mente e as nossas emoções entram em uma espécie montanha russa: em certos momentos, amamos perdidamente a parceira. Em outros momentos, sentimos pena dela, a odiamos, a desprezamos…
O desapaixonamento acontece quando a visão negativa da amada que aparece nesses momentos vai se tornando mais frequente, mais duradoura e mais intensa e a visão positiva dela vai se tornando mais rara, menos duradoura e menos intensa.
O terapeuta tenta descobrir as imagens, pensamentos e sensações que ficam presentes nesses momentos negativos e ajuda a fortalecê-los e a torná-los disponíveis para serem recuperados naquelas horas que a paixonite aguda toma conta.
Por exemplo, o terapeuta sugere que, nas horas que a paixonite ataca, o apaixonado procure pensar vividamente nas cenas e fatos mais poderosos que o levam a sentir raiva ou a desprezar a amada.
Combatendo a idealização da amada
O apaixonado rejeitado chega ao consultório. Eu lhe peço para enumerar as qualidades da amada. Ele, mais que depressa, descarrega uma lista enorme de qualidades.
Em seguida, peço a ele que enumere os seus defeitos. Tarefa muito difícil para ele: ela é perfeita! Nada de defeitos. Alguns defeitinhos que ele consegue achar, após muito esforço, até que são bonitinhos e contribuem para o charme que ela tem!
Essa cena é a padrão: no começo da terapia o “programa” “mulher maravilhosa” está funcionando a todo vapor. O programa “mulher defeituosa” está muito minguado.
Durante a terapia, vou usando vários recursos para “abrir os olhos” do amante e ajudá-lo a ver a amada de uma forma mais realística. Não se trata, obviamente de denegri-la ou distorcer a sua imagem, mas sim, de desidealizá-la.
Para ajudá-lo nessa tarefa, por exemplo, peço a ele para dizer o nome de alguém que conheça bem o casal. Dai para frente, peço ao paciente para assumir a identidade da pessoa que ele mencionou e a passar a falar dos aspectos negativos da amada e do relacionamento do casal. Se necessário, peço ao paciente para apontar alguém que antipatiza com a amada. Em seguida, peço a ele passa a fazer o papel dessa pessoa e a apontar e discorrer sobre seus defeitos. Também ajuda muito pedir para o amante funcionar como advogado de acusação e tentar convencer jurados imaginários sobre as más qualidades da amada.
Diminuição da esperança
Segundo Stendhal, sem esperança o amor não sobrevive. Quem foi rejeitado acha um jeito de manter as esperanças: “Ela vai se arrepender”, “Ela estava em um mau momento quando terminou o relacionamento”, “Isso já aconteceu outras vezes e, em seguida, o relacionamento foi retomado”.
Para corrigir as esperanças infundadas, o terapeuta ajuda o amante a repassar os sinais de que indicam o desamor e a desistência da amada.
Quando, de fato existem sinais que autorizam a esperança, o terapeuta pode incentivar o amante a fazer uma tentativa de reconciliação para testar a veracidade e a força desses sinais. Caso tais sinais sejam reais, a reconciliação pode acontecer o amor é retomado.
Condicionamento clássico: associar estímulos neutros com estímulos evocadores de reações fisiológicas. 

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sábado, abril 09, 2016

Sentimentos poderosos estão paralisando a sua vida?

“Não adianta chorar o leite derramado!'' (Ditado popular)
Um risco que corremos frequentemente é a paralisia ou a prática de ações inadequadas provocadas por sentimentos muito intensos e negativos.
Nestes casos, os sentimentos, que deveriam servir como alertas contra danos e servir como motivadores para ações eficientes para lidar com as situações, tomam toda a atenção e desmobilizam ações efetivas.
Por exemplo, o medo intenso pode nos congelar e impedir que reajamos a uma agressão ou a um carro desgovernado que vem na nossa direção.
Outro exemplo: quem está deprimido fica tão impregnado pela desesperança que não consegue fazer mais nada.
Alguns sentimentos intensos fazem que a pessoa que está tomada por eles só pense naquilo que sente e não nas medidas que poderia tomar para resolver a situação. Por exemplo, quem foi abandonado pela amada, muitas vezes, perde a vontade e as forças para fazer qualquer coisa que ajudaria a parar de pensar nela e a se ligar em outras pessoas.
A saída de muitas situações doloridas, amedrontadoras ou enfurecedoras exige que não nos deixemos guiar pelos sentimentos, mas sim que vejamos as formas de lidar com elas e, apesar dos sentimentos, aplicar as medidas para sair delas.
Deixar-se controlar por sentimentos que são maus conselheiros
Os sentimentos geralmente são úteis e adaptativos: eles existem porque melhoraram as chances de sobrevivência individual e da nossa espécie. Eles, no entanto, podem se voltar contra o próprio organismo, tal como acontece com o sistema imunológico: geralmente este sistema protege o organismo, mas pode se tornar disfuncional e passar a atacá-lo ou atacar alguns dos seus órgãos (doenças “autoimunes”). Da mesma forma, as emoções podem se tornarem disfuncionais, tal como acontece nos casos de fobias e de timidez. Nestes casos, o medo se torna desproporcional ao risco e a pessoa pode ser altamente prejudicada porque deixa de fazer coisas que lhes seriam benéficas nessas situações.
As disfunções emocionais e perceptuais são muito mais frequentes do que imaginamos. A todo o momento, deixamos de fazer muitas coisas úteis e fazemos muitas coisas inúteis porque estamos sendo guiados por sentimentos, percepções e expectativas distorcidas ou totalmente erradas.
Muitas vezes, estamos vendo tudo negro, ficamos pessimistas. Pode ser que até tenhamos algumas boas razoes para isso, para estarmos desanimados ou tristes, mas não para desistirmos. Quando há boas razões para os sentimentos ruins, temos que admiti-los. Eles são legítimos. Mas quando a nossa parte racional indica claramente que existe uma boa chance que as coisas deem certo, apesar de tudo que estamos sentindo de mau, temos que colocar a faca nos dentes e seguir em frente.
Com a faca nos dentes
Recentemente assisti a um filme na TV a cabo sobre a história de sobreviventes de um acidente de avião no Alaska (“A Perseguição”. Um filme de Joe Carnahan com Liam Neeson, Dallas Roberts). Mais no final desse filme, três deles saem à procura de ajuda. O que interessa aqui é a persistência deles para lutar contra aquela situação bastante desesperadora: continuam a caminhar embora sintam fome, dor, cansaço, sono e medo. Todos esses sentimentos e sensações pressionam para que desistam da caminhada. A área racional de seus cérebros, no entanto, concluiu clara e acertadamente, que se fizessem isso morreriam em pouco tempo porque, como já se afastaram do local da queda do avião, provavelmente não serão localizados com vida: sobreviveriam por pouco tempo naquelas condições hostis.
Esta maneira agir em face de sentimentos e sensações negativas não ocorre apenas em situações dramáticas como esta dramatizada no filme. Ela também está presente no nosso dia a dia: levantamos da cama quando o sono ainda nos diz para ficar; enfrentamos o trânsito para encarar um trabalho pouco atraente, mesmo quando gostaríamos de ficar em casa ou de passear; comemos aquela saladinha meio sem sabor quando o nosso apetite nos faz sonhar com aquela comida gordurosa e altamente calórica; corremos em uma esteira para ficar no mesmo lugar para fazer ginástica, etc.
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sábado, abril 02, 2016

Hedonismo ou ascetismo: você sabe aproveitar a vida?

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Levando-se em conta suas tendências para se entregarem ou se absterem do prazer imediato, as pessoas podem ser classificas em algum ponto do contínuo que vai do hedonismo ao asceticismo.
Aquelas tipicamente hedonistas não resistem à boa comida, praticam muito sexo, estão sempre viajando, não têm dó de gastar dinheiro, desfrutam do relacionamento social, etc.
Aquelas tipicamente ascetas são poupadoras, só adquirem o essencial, levam uma vida simples, são regradas na comida e na bebida, etc.
Causas do hedonismo e do ascetismo
Algumas das principais causas do hedonismo e do asceticismo são a força de controle das consequências imediatas e a capacidade de resistência à frustração.
As consequências imediatas controlam mais do que as consequências distantes
Quando outras condições são semelhantes, as consequências imediatas controlam mais nossos comportamentos do que as consequências mais distantes. Por exemplo, o prazer de comer é imediato e, por isso, controla mais nossos comportamentos do que o prazer de ficar magro e de ter uma boa saúde que só acontecem a médio e longo prazo através do controle da comida.
Outro exemplo: o prazer de ficar na internet é imediato. O prazer de concluir um bom trabalho e ser recompensado por isso demora mais tempo.
O desprazer de fazer ginástica é imediato para algumas pessoas. Os prazeres de ter um corpo bonito e uma boa saúde só acontecem após um bom tempo de boa ginástica.
Diferentes graus de resistência à frustração
Certas pessoas têm mais “resistência à frustração” do que outras. Aquelas que têm mais esse tipo de resistência toleram um grau maior do desconforto provocado pela frustração do que aquelas que têm um grau menor desse tipo do que outras para fazer esforços para atingir seus objetivos. Em outras palavras, elas conseguem tolerar melhor o desconforto que é provocado por fazer coisas desagradáveis para obter benefícios futuros (trabalhar duro, fazer ginástica, estudar arduamente, etc.) ou conseguem se abster de benefícios imediatos para obter uma quantidade maior de benefícios no futuro (por exemplo, se abstêm do prazer imediato de fumar para terem mais saúde no futuro; renunciam ao prazer imediato do descanso e fazem regime e ginástica para ficarem mais saudáveis e bonitas no futuro).
Um estudo americano mostrou que aos quatro anos de idade, as crianças já são bastante diferentes entre si na capacidade de adiar um prazer imediato para ganhar outro maior, mais tarde. Neste estudo, os experimentadores colocaram cada uma dessas crianças sentadas em uma cadeira em frente a uma mesa. Na mesa havia um marshmallow dentro de um prato. Os experimentadores informaram essas crianças que, se não comessem aquele marshmallow até eles voltarem, elas ganhariam mais um e, ai, poderiam comer os dois. Em seguida eles saiam da sala. As crianças eram filmadas o tempo todo. Esse estudo mostrou que algumas crianças conseguiram adiar o prazer imediato de comer o marshmallow que já estava ali na sua frente para conseguir ganhar dois algum tempo depois.
Vários aspectos dos desempenhos dessas crianças foram monitorados durante muitos anos após esse experimento inicial. Esse monitoramento mostrou que aquelas crianças que conseguiram adiar a gratificação tendiam a ser mais eficientes em diversas tarefas como nos seus desempenhos acadêmicos e sucesso na vida adulta.
Vantagens e desvantagens do hedonismo e do asceticismo
Tanto o hedonismo quanto a o ascetismo apresentam vantagens e desvantagens. Os exageros dessas duas formas de se entregar ou se abster o prazer é que causam problemas.
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