sábado, abril 11, 2015

Por que muitas mulheres têm dificuldades para o orgasmo e homens, para a ereção?

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"POR QUE MUITAS MULHERES TÊM DIFICULDADE PARA O ORGASMO E HOMENS, PARA A EREÇÃO?
Por que muitas mulheres têm dificuldade para o orgasmo e muitos homens, para a ereção?
Segundo a professora Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudo da Sexualidade (ProSex), 51% dos homens e 56% das mulheres daqui do Brasil estão insatisfeitos com suas vidas sexuais. Segundo essa professora, cerca de 25% dos homens sofrem de ejaculação precoce. Os problemas de ereção atingem de 30% a 45% da população masculina, dependendo da faixa etária. Entre as mulheres, um terço nunca chegou ao orgasmo e muitas reclamam da falta de desejo sexual.
Neste artigo vamos examinar algumas das principais causas desses problemas.

Causas dos problemas sexuais
Segundo Helen Singer Kaplan, famosa autora e estudiosa dos problemas sexuais, o sexo funciona satisfatoriamente quando não há interferências negativas.
Medo, preocupações e expectativas distorcidas são interferências que atrapalham o desejo e o desempenho sexual de homens e mulheres. Essas interferências prejudicam, principalmente, o desejo das mulheres e suas capacidades para o orgasmo e a ereção masculina e consequentemente, seus desempenhos sexuais subsequentes.
Essas interferências geram problemas e diminuem o prazer sexual, mesmo quando o funcionamento orgânico é “normal”.
As duas seguintes histórias ilustram algumas dessas interferências sexuais e os problemas que elas causam.

André se preocupa com o seu desempenho e não consegue ereção
André foi para um encontro com Marina.
Ele estava louco por ela. Por isso, tinha muito medo de não agradá-la. Além disso, em outros relacionamentos, ele já teve problemas de ereção.
Durante o encontro, o clima entre eles começou a esquentar. Ele estava com muito desejo sexual por ela e, ao mesmo tempo, com muito medo de desagradá-la. Ele tinha esse tipo de medo porque tinha dúvidas quanto ao seu desempenho sexual e, o pior de tudo, porque tinha medo de não conseguir uma ereção firme o suficiente para penetrá-la ou, ainda, perder a ereção durante o relacionamento sexual.
Todos esses medos impediam a sua entrega ao prazer que as intimidades cada vez mais intensas com ela poderiam estar proporcionando.
Como não conseguia se entregar, a sua excitação não era muito grande e a sua ereção deixava muito a desejar. Falhou!

Janaina sentia mais apreensão e obrigação do que atração
Janaina é cheia de pré-requisitos para se envolver com sexo:
O relacionamento tem que estar muito bom
 Quando Janaina não tem desejo, ela simula orgasmo: quando vai para a cama, a sua cabeça está cheia de preocupações e apreensões.
Para Janaina:
Não é nada simples para ela se entregar aos prazeres sexuais. Na hora do sexo, a sua cabeça fica cheia de apreensões, obrigações e regras. Por exemplo:
- Para ela, o prazer sexual do seu namorado é mais importante do que o seu.
- Ela tem medo de demorar muito para chegar ao orgasmo e essa demora cansar e aborrecer o namorado. Por isso, finge mais prazer do que está sentindo e, muitas vezes, finge que chegou ao orgasmo.
Fingir é uma tarefa que atrapalha muito se entregar ao prazer: essa tarefa exige atenção e esforço. Além disso, fica com medo de ser pega, sente culpa por estar fingindo,
- Ela sente medo de estar com problemas de desejo e medo de não ter muita atração pelo namorado.
- Tem medo de o namorado perceber que ela não está com muito desejo, não está muito excitada.
Todos esses temores e obrigações equivocadas não permitem que Janaina relaxe se entregue aos excitantes que estão presentes no encontro.

Maneiras de combater as interferências negativas na sexualidade
As interferências negativas na hora do sexo não deixam muito espaço para a ação dos excitantes sexuais. Por exemplo, ficar com medo do julgamento do parceiro sobre algum detalhe do corpo ou sobre o desempenho sexual não é nada excitante e atrapalha a entrega ao clima erótico e acontecimentos sexuais.
Três ótimas maneiras de combater as interferências negativas na sexualidade são as seguintes:
- Tomar conhecimento delas e admitir que elas estão presentes.
- Corrigir as distorções das percepções das importâncias dos fatos que geram temores, preocupações e expectativas distorcidas.
- Conversar com o parceiro sobre as práticas sexuais que acontecem entre eles, suas fantasias, temores e inibições. Vamos abordar agora, um pouco mais, esse tipo de conversa.
Muita gente não consegue conversar sobre sexo com o parceiro
Raros casais conversam minuciosa e frequentemente sobre as seus desejos e fantasias sexuais, sobre suas inibições e sobre o que se passa em seus relacionamentos sexuais.  Conversar sobre “sexo em geral” ajuda, mas não substitui conversar minuciosamente sobre o que está se passando no momento das relações sexuais.

É mais fácil fazer do que conversar sobre sexo
Conheço muita gente casada há muito tempo e que praticamente nunca conversou detalhadamente sobre sexo com o parceiro. Conversar frequentemente com ele sobre isso é muito mais raro ainda. Essas pessoas não sabem o que estão perdendo!

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ailtonamelio@uol.com.br