sábado, dezembro 19, 2015

Você é realmente um bom ouvinte? Confira!

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"VOCÊ É REALMENTE UM BOM OUVINTE? CONFIRA!"

Ouvir bem é muito mais do que ser capaz repetir o que o interlocutor disse, embora esta capacidade já seja um bom passo. Vamos examinar aqui as principais tarefas que um bom ouvinte desempenha na conversa.



Funções das ações de um bom ouvinte

Para funcionar como bom ouvinte é necessário:

1- Apresentar sinais que está disponível e disposto para conversar

São sinais que indicam que tem tempo e está motivado para conversar. Por exemplo:

- Dizer que tem tempo para conversar

- Convidar o interlocutor para conversar

- Acomodar-se para conversar por longo tempo: encostar-se a uma superfície, convidar para sentar, colocar a pasta ou a bolsa que está portando sobre a mesa.

- Interromper claramente o que estiver fazendo para dar atenção ao interlocutor (desligar a tevê, desligar o computador);

- Preparar o ambiente para garantir uma boa conversa: fechar a porta para evitar interrupções; pedir para secretária não interromper.

2- Posicionar-se corporalmente para conversar

Este tipo de posicionamento proporciona as condições para que a conversa físicas aconteça de forma eficiente.

Os principais posicionamentos corporais apropriados para conversar são os seguintes:

- Assumir distância propícia para conversar.

Não ficar nem muito longe nem muito perto do seu interlocutor. Quando ambos estão em pé, deixar o interlocutor estabelecer a distância entre vocês que ele prefere. Depois que ele fizer isso, caso você queira “esquentar” um pouco a conversa, se aproxime dele mais um pouquinho (puxe a sua cadeira para mais perto ou dê um passinho na sua direção, mas não exagere). Caso queira “esfriar” um pouco a conversa, se afaste um pouquinho dele.

- Evitar barreiras físicas ente si e o interlocutor.

Barreira física é a presença de um obstáculo físico entre os interlocutores.

Evitar barreiras físicas contribui para que a conversa fique mais pessoal e calorosa.

Existem dois tipos de barreiras:

(1) Corporal. Uma ou mais partes do corpo é interposta entre os interlocutores. Por exemplo, as pernas cruzadas de um interlocutor estão interpostas entre ele e o outro.

(2) Material: interposição de um objeto entre os interlocutores. Por exemplo, interpor uma mesa ou um balcão entre os interlocutores. É comum colocar uma pasta ou bolsa entre si e outra pessoa, quando ambas sentam-se em um mesmo sofá. Também é comum segurar uma pasta ou uma bolsa contra o peito, de modo que ela fique entre si e o interlocutor.

- Assumir posições semelhantes às do interlocutor.

Exemplos:

- Os dois interlocutores permanecem sentados ou os dois ficam em pé. Assumir posições diferentes daquela adotada pelo interlocutor contribui para quebrar o clima positivo da conversa. Por exemplo, quando um está sentado e o outro em pé, isso contribui para esfriar a conversa. É importante manter os olhos na mesma altura dos olhos do interlocutor.

- Ambos encostam-se a uma parede.

- Orientar a frente do corpo na direção do interlocutor

Voltar toda a frente do corpo (rosto, peito, púbis, joelhos e ponta dos pés) na direção do interlocutor.

A orientação totalmente frontal de todas as partes do corpo pode ser desconfortável devido ao excesso de intimidade que ela produz. Caso a orientação totalmente frontal fique desconfortável, mantenha um pequeno ângulo entre a frente das partes do seu corpo e o interlocutor.

- Olhar atentamente para o rosto do interlocutor. Por exemplo, olhar para seus olhos, testa ou boca enquanto ele fala ou para observar como ele está reagindo ao que você está falando. O ouvinte geralmente olha mais para o falante do que vice versa.

- Não dar muita atenção a outros acontecimentos que estão ocorrendo ao redor. Por exemplo, não ficar olhando demais para outras pessoas que estão passando próximo do local onde você está conversando. Quando a conversa absorve a nossa atenção, deixamos de prestar atenção ao que está acontecendo ao redor.

- Inclinar o tronco na direção do interlocutor

Quando os interlocutores estão sentados, o tronco do bom ouvinte deve ser ligeiramente inclinado na direção do interlocutor (inclinado para frente ou para a lateral, quando o interlocutor está ao lado ou à frente, respectivamente).

3- Ajudar a administrar o fluxo da fala

Apresentar sinais que contribuam para regular o fluxo da fala. Por exemplo:

- Apresentar sinais que indicam que está acompanhando a comunicação do interlocutor: anuir com a cabeça nas horas certas; emitir vocalizações que indicam que está acompanhando o que está sendo dito (hã!, hã!,)

- Apresentar sinais de compreensão/incompreensão daquilo que o interlocutor está dizendo: anuir com a cabeça, emitir vocalizações breves e condizentes com o que ele disse.

- Ajudar o falante a gerenciar a sua fala. Apresentar mensagens do tipo: fale mais, fale menos, apresente mais detalhe, explique melhor.

 Neste aspecto, muitas vezes, o ouvinte é mais ativo/dominante do que o falante. O ouvinte pode funcionar como uma espécie de regente de orquestra: o regente não toca nenhum instrumento enquanto rege, mas determina o que os músicos estão tocando. O ouvinte ativo influencia os comportamentos dos falantes.

- Indicar que quer continuar a ouvir ou que quer a palavra

4- Ajudar o falante a desenvolver a sua comunicação

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