sábado, abril 25, 2015

Autocontrole: você consegue atingir seus objetivos? (Self control: can you achieve your goals?)

"AUTOCONTROLE: VOCÊ CONSEGUE ATINGIR SEUS OBJETIVOS?"

Autocontrole: você consegue atingir seus objetivos?

Por que é difícil:
- Parar de fumar?
- Perder peso?
- Fazer ginástica?
- Fazer regime?
- Estudar para passar em um concurso?
- Se esforçar para ser promovido em um emprego?   
- Economizar para se prevenir contra tempos difíceis?
            Duas das principais respostas para todas essas perguntas são as seguintes:
1- “As consequências imediatas controlam mais nossos comportamentos do que as consequências mais distantes”. Quanto mais imediata é uma consequência, maior o seu poder de controle sobre o comportamento que a produz.
2- Certas pessoas têm mais “resistência à frustração” do que outras. Ou seja, certas pessoas toleram um grau maior do desconforto do que outras para fazer esforços para atingir seus objetivos. Em outras palavras, certas pessoas conseguem tolerar melhor o desconforto que é provocado por fazer coisas desagradáveis para obter benefícios futuros (trabalhar duro, fazer ginástica, estudar arduamente, etc.) ou conseguem se abster de benefícios imediatos para obter uma quantidade maior de benefícios no futuro (por exemplo, se abstêm do prazer imediato de fumar para terem mais saúde no futuro; renunciam ao prazer imediato do descanso e fazem regime e ginástica para ficarem mais saudáveis e bonitas no futuro, etc.).
Neste artigo vamos examinar esses dois fatores que controlam os nossos comportamentos.

“Força de vontade”

Vontade férrea para cumprir promessas
Carmem tinha uma vontade férrea! Nas festas de fim de ano ela sempre engordava um pouquinho. Mas, logo em seguida, dizia: “Em poucos dias voltarei à forma”. Dito e feito! Poucos dias depois, lá estava ela com aquele corpinho de sempre. Mas, a sua força de vontade também aparecia em outras áreas: estudou sozinha durante dois anos para um concurso público muito concorrido. E passou! Para conseguir passar, ela, todos os dias, seis dias por semana, estudava três horas aquelas malditas apostilas que havia comprado pela internet. Durante todo esse tempo não quebrou esse hábito nenhuma vez. Quando tentavam convencê-la para abrir uma exceção, ela sempre dizia “Primeiro o dever e, depois, o prazer”. Vá ser determinada assim naquele lugar.
Pouca determinação para cumprir promessas
Davi não conseguia largar o cigarro e agora estava ficando obeso. Já havia tentado várias vezes largar o cigarro e perder peso. No começo, ia bem. Logo em seguida, admitia uma exceção, depois mais outra...mais algumas e ...pronto: os maus hábitos haviam voltados e os bons, interrompidos! Em outras épocas da sua vida, Davi já havia conseguido parar de fumar e perder muitos quilos. Esses sucessos, no entanto, só foram conseguidos à base de remédios. Ele não conseguia fazer esses tipos de mudanças só com base na sua força de vontade.

As consequências imediatas controlam mais nossos comportamentos do que as consequências distantes

Nós, como todos os outros animais, somos mais controlados pelas consequências imediatas de nossos comportamentos do que pelas suas consequências mais distantes. Quando ambas essas consequências são convergentes, tudo certo, o útil se junta ao agradável. No entanto uma grande quantidade de problemas surge quando as consequências em curto prazo são más conselheiras, ou seja, elas influenciam os nossos comportamentos em uma direção que produzirá males em médio e longo prazo. Isso acontece com todos os vícios, preguiça, protelações, falta de persistência. Por exemplo, fumamos e comemos demais porque o prazer imediato é um mau conselheiro e produz grandes problemas estéticos e de saúde em médio e longo prazo.
Com a faca nos dentes
Recentemente assisti um filme na televisão apresenta a história de sobreviventes de um acidente de avião no Alasca (“A Perseguição”, dirigido por Joe Carnahan). Mais no final desse filme, alguns dos sobreviventes saem à procura de ajuda. O que interessa aqui é a persistência deles para lutar contra aquela situação bastante desesperadora: continuavam a caminhar na neve, embora sentissem fome, dor, cansaço, sono e medo. Todos esses sentimentos e sensações pressionavam para que desistissem da caminhada. A área racional de seus cérebros, no entanto, havia concluido, clara e acertadamente, que se pararem morreriam em pouco tempo: como já haviam se afastado do local da queda do avião, provavelmente não seriam localizados com vida e sobreviveriam por pouco tempo naquelas condições hostis. As consequências imediatas mandavam que parassem de caminhar, mas as consequências mais distantes eram mais sofrimento e a morte! (Não vou contar o final. Caso você se interesse, assista o filme! Rs).
Ter força para agir contra aquilo que é indicado por sentimentos e sensações negativas não ocorre apenas em situações dramáticas como estas mostradas no filme. Essa motivação para agir está presente no nosso dia a dia: levantamos da cama quando o sono ainda nos diz para ficar; enfrentamos o trânsito para encarar um trabalho pouco atraente, quando gostaríamos de ficar em casa ou de passear; comemos aquela saladinha meio sem sabor, quando o nosso apetite nos faz sonhar com aquela comida gordurosa e altamente calórica; corremos em uma esteira para ficar no mesmo lugar só para fazer ginástica, etc.
Muitas vezes, no entanto, nos rendemos e abandonamos muitas batalhas que poderiam, perfeitamente, serem ganhas. Neste caso, agimos assim porque as recompensas pelos maus comportamentos são imediatas e certas (mas danosas em médio e longo prazo) e as recompensas pelos bons comportamentos são apenas prováveis e só virão em médio e longo prazo.

Resistência à frustração

Um estudo americano mostrou que aos quatro anos de idade, as crianças já são bastante diferentes entre si na capacidade de adiar um prazer imediato para ganhar outro maior, mais tarde. Neste estudo, os experimentadores colocaram cada uma dessas crianças sentadas em uma cadeira em frente a uma mesa. Na mesa havia um marshmallow dentro de um prato.  Os experimentadores informaram essas crianças que, se não comessem aquele marshmallow até eles voltarem, elas ganhariam mais um e, ai, poderiam comer os dois. Em seguida eles saiam da sala. As crianças eram filmadas o tempo todo. Esse estudo mostrou que algumas crianças conseguiram adiar o prazer imediato de comer o marshmallow que já estava ali na sua frente para conseguir ganhar dois algum tempo depois.

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